quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Depoimento, Dele.

Eu gosto dela. Ela tem aquele jeito engraçado de falar, aquele olho sempre pintado e aquele humor engraçado. Ela entrou na minha vida devagarzinho, fazendo um carinho no cabelo aqui, dando um beijinho no pescoço ali...e olha que de todas, eu nem tinha reparado mais nela. Mas ela soube chegar, soube conversar. A gente ficou junto tanto tempo, meu eu levava na boa, na brincadeira, achei que ela também. Não era bem assim...Ela costuma dizer que eu nunca vou entender o quanto a machuquei, mas mesmo assim ela me desculpou. Ela nos permitiu viver uma história linda, porque ela, definitivamente, é bastante diferente das outras garotas com quem eu estive. Ela ama aquela banda mexicana meio brega, ela chora vendo novela, ela é viciada em baixar livros e passa a madrugada lendo. Ela quase nunca me deixou a ver sem maquiagem, e eu sempre dizendo que ela fica linda sem maquiagem, não tinha jeito, nada de rosto limpo. Mas ela também fica linda toda pintada. Eu gosto dela. Ela me fez sorrir todo esse tempo, ela me fez sentir completo, ela me amou incondicionalmente. Ela não teve medo de dizer o que sentia e, além do mais, ela me deu uma chance, mesmo depois de tudo que eu fiz. Ela ainda reconhece que eu não fiz nada daquilo de propósito, mas fiz. Ela tem aquela mão pequinininha, e aquela mania de arrumar o cabelo. Ela sabe fazer aquela cara, só dela, que me deixa maluco. Ela sabe provocar, mas também sabe ser criança. Ela faz uma voz de criança tão bonitinha. Mas ontem...ontem não foi a voz de criança que eu ouvi, o que eu ouvi ontem foi um susurro, um fiozinho de voz, voz de quem passou o dia chorando, naquele susurro ela me disse tchau. Nada de beijo, nada de te amo. Só um tchau. Um tchau que pra mim soou como um 'adeus'. Antes disso, ela tinha falado que nada restava a fazer se não me esquecer. Quando ela me deu aquele tchau, eu soube que era, realmente, isso que ela faria...me esquecer. Esquecer tudo? Partir pra outra? Ela não vai ficar sozinha muito tempo, não vai. Ela mesma já me disse que não consegue ficar muito tempo sozinha. E eu fico pensando: por que mesmo a gente terminou? Ela diz que os dois enlouqueceram, uma gosta tanto do outro que pirou na batatinha. Eu já não sabia o que fazer, tava mesmo me sentindo um louco, mas ela não ficava pra tras. Eu quero guardar em mim as coisas boas que passei com ela, o olho-no-olho intenso, os sorrisos sinceros, aquela risada gostosa, quero guardar em mim até aquele porre, que ela se envergonha tanto, em que ela disse que me amava e confiava mais em mim do que no resto. Eu quero guardar em mim os carinhos e não as brigas. Por isso eu terminei. Mas e ai, como vai ser quando ela aparecer com outro? Outro cara que não sou eu abraçando ela, recebendo os beijos dela? Aposto que ela também pensa isso quanto a mim. Isso é tão surreal, que eu quase pego o telefone e a proibo de arrumar outro. Mas eu não posso. Acabou, It's over, no nos queda nada de que hablar. Pois é, lá vou eu, pra mais um dia vazio, sem ela e toda aquela alegria que ela tras pras coisas. E sem muita pretensão, eu posso garantir que o dia dela não vai ser dos melhores. Só rezo pra que outro não apareça logo e pra que meu coração receba uma luz, que me indique a procura-la de vez, ou esquece-la pra sempre.

Um comentário:

  1. Quando é amor, não muda, não passa, não se altera. Não importa o tempo, o medo, as influências externas, ele fica e ponto.
    Porque amor é amor, e sempre vai ser amor!

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