sábado, 27 de junho de 2009

Como vai você?

Senta ai, fala um pouquinho. Tô com tanta saudade de ficar horas ouvindo a sua voz.. Tô com saudade da sua voz. Tão bonitinha, tão rouquinha, tão de menino virando homem! Conta como tá sua vida, o que tá acontecendo na faculdade, em casa.. Conta qualquer coisa, mas fala bastante. Pra eu guardar bem na minha memória esse som. Tem tanto tempo! Nunca fiquei tanto tempo assim sem ouvir sua voz. Sem ver seu rosto. Sem um abraço seu. Eu sei, deu tudo errado. Deu mesmo e eu nunca vou entender o porquê. Então, diminui um pouco a dor, fala comigo! Conta uma história, fala dos filmes que você gosta, do futebol dessa semana, de como você odeia o inverno porque não dá pra pegar onda sempre. Fala do capitalismo, de como o governo atual é absurdo e de como o próximo também vai ser. Reclama da vida, de mim.. Eu só quero passar essa noite inteira te ouvindo falar. Vem, fica aqui perto, deixa eu sentir seu perfume também.. sinto tanta saudade de chegar em casa impregnada de você. Eu sei, nunca mais vai ser nada. Mas eu ainda posso ser eu e você ainda pode ser você e mesmo que não dê pra sermos nós dois, eu posso ficar perto de você, não posso? Só um pouquinho. É que eu sinto tanta saudade que chego a acordar de noite com a garganta fechada, sufocada.. Não dá pra gente ser a gente, mas ninguém nunca disse que a gente não pode ser eu e você, pessoas diferentes, que as vezes, só pra matar a saudade de uma outra vida, se encontram. Olha pra mim, fica me olhando no olho uns três minutos. Só pra eu ver, mais uma vez, que apesar de tudo, eu ainda tô no fundo de você. E pra você ter certeza, de novo, que eu respiro você. Eu sei, é uma merda, as vezes eu quero esconder as coisas, mas meu olho me entrega. Ou meu bico. Fazer bico pra segurar o choro é um problema. Porque acaba que se eu chorasse teria o mesmo efeito. Eu juro, juro que não queria ficar com esse olhar quando a gente se encontra, nem queria ficar a maior parte do tempo prendendo o choro, mas é que eu te amo tanto, tanto, tanto.. eu nem sabia que amor podia fazer doer, mas dói. E ai, meu coração molenga, que não aguenta muita dor, me faz chorar. Mas a gente não tá aqui pra falar de mim, alias, eu tô aqui, só pra te ouvir falar e ficar perto de você o suficiente pra sentir seu cheiro. Então, vai, fala.. conta as novidades. Só não me conta, por favor, não me conta nada do seu coração. Conta das suas aulas, da sua mãe, do seu pai.. do seu cachorro novo. Mas não me conta nada de ninguém que esteja no meu lugar. Porque ai não vai ter bico que prenda meu choro. E eu jurei, que não ia chorar hoje. Então, vai, relaxa aqui do meu lado, me olha no olho e fala tudo.. Amanhã é outro dia. Igual a todos os outros que passamos, e eu quero saber que aproveitei essa chance.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Coisas de que falar - só mais um pouco do de sempre.

Acontece o tempo todo, todos os dias, com milhares de pessoas no mundo. Relacionamentos começam e acabam o tempo inteiro. Quem nunca passou por isso, desculpe a sinceridade, vai passar. Minuto após minuto o pra sempre de alguém chega ao fim. De forma trágica ou simplesmente porque o encanto se perdeu no meio do caminho. O problema é quando não há tragédia no terminar e, sim, ainda resta muito encantamento de ambas as partes. É sobre isso que venho falar. O que acontece quando termina-se por terminar? Quando ainda existe amor, existe desejo, existe saudade, vontade de estar junto, de abraçar, de beijar cada parte do corpo, de ouvir a risada, as reclamações? Como explica-se algo sem explicação? E como responde-se ao 'o que ele é seu'? Quando o ele em questão é tudo, mas tende a ser nada? Quando final de semana após final de semana cria-se expectativas que são desfeitas ao final do domingo, pra retornarem ainda mais fortes na próxima sexta-feira? O que fazer com o coração que insiste em acreditar na continuação do que pra todos já é caso encerrado? Quando sorrir é apenar mostrar os dentes e não a alegria. Quando fazer piada é só um jeito de não cair no choro em qualquer lugar, a qualquer hora. E se envolver com qualquer outra pessoa é algo fora de cogitação, mas a solidão já corrói o coração e machuca a alma. É sobre perguntas sem respostas que venho falar. Sobre a injustiça do destino de separar pessoas sem motivo pra tal. É só sobre dor que venho falar. Dor de ver o querer ser não poder. Dor da distância, da saudade, do medo do futuro e da esperança que por mais que ameaçe nunca vai embora. Não há resposta pra nenhuma pergunta, não há esperança pra nenhum fio da mesma que ainda exista. Mas há amor. E isso faz doer ainda mais.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje eu acordei meio Bridget Jones.

Ando numa instabilidade absurda e todo esse contato gigante com você afeta mais ainda meus hormonios. De repente eu quero rir, pra chorar logo depois. De repente quero ouvir sua voz, pra daqui a pouco não querer nunca mais olha na sua cara. Quero matar todo esse amor que não merece viver tão dentro de mim, mas quero deixa-lo aqui guardadinho pra você. É tanta loucura junta, tanta indefinição em meia duzia de frases que eu chego a ter medo de mim. Olha, tudo bem que nada saiu como a gente planejou quando era criança, mas podemos fazer diferente. Ou não podemos, tanto faz, seu idiota. Já reparou quantas vezes por dia eu te chamo de idiota? São os hormonios, me desculpa? É que você me desestabiliza indo e vindo tanto assim, mas eu entendo e nem tô escrevendo pra pedir pra você parar. Eu entendo de verdade, mas olha, um dia eu vou cansar e você vai dar de cara na porta. Não, por favor, não é uma ameaça, é só uma constatação. Eu também não sei qual vai ser o dia que vou cansar, pode apostar que eu espero ele muito mais do que você, mas pode ir e vir sempre que quiser, na hora que tiver que acontecer, acontecerá. E nós seremos mais um casal lindo, que tinha tudo pra dar certo, mas não soube lidar com as mudanças da vida. Você quer que eu seja, de novo, aquela garotinha que você salvou de um mundo ridiculo. Eu quero que você seja, de novo, o cara que me salvou de ser ridicula. Mas ambos nos achamos pessoas melhores agora, e apesar de um querer a mudança do outro, a gente não move nem um centímetro pra mudarmos a nós mesmos. Se fossemos pra um terapeuta de casais de filme americano, aposto que ele nos acharia um casal muito louco. Porque como você mesmo disse, eu sempre vou ser sua namorada, e como eu não te disse porque sou orgulhosa demais pra dizer, você sempre vai ser o meu amor... e a gente adimite isso um pro outro, a gente só não adimite isso pro mundo. Alias, você não. Seu problema é o resto do mundo, meu problema é você. É como quando você coloca na sua exibição a foto que eu tô refletida no seu óculos: você quer que eu, que sei como a foto foi tirada, entenda que aquilo é um gesto de amor, mas quem tá na de fora acha que é só mais uma foto sua e não entende o significado daquilo. Minhas amigas acham ridicula a felicidade que me toma quando aquela foto tá ali, mas nenhuma delas entende que qualquer carinho seu é válido pra mim, que passo dias carente de você. E a nossa relação segue assim, até quando Deus, você e eu quisermos. Até quando nossos corações aguentarem. Até quando todo o amor, toda a magia de estarmos juntos por um momentinho muito breve, seja maior e mais importante do que os dias que passamos separados.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Doze de Junho.

Nunca tivemos um dia dos namorados perfeito. Alias, não tivemos uma relação perfeita. Então, não sei porque diabos cismei de sentir sua falta hoje. Que que tem hoje? É só dia doze de junho. E daí? E daí, nada. Acho isso de menosprezar o dia dos namorados maior papo de bicho-grilo recalcado. Adoro dia dos namorados e tô, sim, chateadíssima de não ter você comigo esse ano pra mais um dia dos namorados não-perfeito. O problema de amar você é esse, eu não sinto falta das coisas normais. Sinto falta justamente dos seus defeitos. Da sua cara amassada quando acorda, de como você ficava chato quando eu te contrariava, do seu ciumes exagerado, das suas manias porcas, do seu mau-humor instantaneo. Você é um grande defeito em forma humana, e eu sinto falta disso. E hoje, confesso, sinto mais do que nos outros dias. Pra piorar minha situação, passei a noite de ontem no show daquele grupo que tava no palco quando começamos a namorar. E eles cantaram todas as musicas-tema do namoro da gente. Senti mais ainda a sua falta. Tô sentindo, pra dizer a verdade. E cada minuto que passa essa coisa aumenta. É triste confessar isso publicamente, mas eu já não me importo. Porque eu sei, e no fundo você sabe também, que o fim dessa falta toda, dessa angustia toda, desse esperar interminável... somos nós dois, de novo. Você sabe que em alguma doze de junho do futuro estaremos juntos tendo, quem sabe, o dia dos namorados perfeito. Você sabe que eu não desisto fácil, e eu sei que você me ama. Pode fingir o quanto for, minha vida ainda tem muitos doze de junho pela frente e eu ainda tenho muito amor pra aguentar essa espera.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Só mais uma de amor.

Eu sei, sua intensão nunca é me machucar. Nunca é me deixar em pedaços, com tanta dor na alma que chega doer o corpo. Sua intenção nunca é fazer meu ar não chegar, minha fome ir embora. Eu sei, você não quer me ver encolhida na cama. Nem com o rosto vermelho. Mas você nunca tá aqui mesmo pra ver. Você só fica sabendo, e ficar sabendo não faz diferença pra você. Eu sei, eu sei, você jamais me faria mal por querer. Você gosta de mim, no fundo, no fundo, você gosta. E quando você chega perto é só porque você sente que já pode estar, de novo, preparado pro nosso amor. Mas você nunca tá. E sempre vai embora. E eu sei, que por você essas despedidas não aconteceriam, mas você não pode mandar no coração. E seu coração ativa o sinal de alerta quando estamos perto. Eu fiz por merecer, eu sei. Me desculpe se eu não posso mandar no meu também, se quanto menos você merece, mais eu te amo. Se não posso controlar minha torneirinha de lágrimas e choro cada vez que você vai. Se não posso controlar meus hormonios na TPM e sempre volto a te procurar. Meus hormonios te chamam, meu coração te chama.. mesmo que eu não queira chamar. Acontece que você vai ser sempre o cara que me deu a bicicleta, mas não ficou comigo pra me ensinar a andar. Sempre o cara que me apresentou o maior sentimento do mundo, mas se afastou quando ele começou a amadurecer e virar algo com futuro. Você acabou com nosso futuro. Pensou só no seu e foi em busca dele. Eu ficaria com você na luta, estaria do seu lado nas derrotas e vitórias. Mas não pude. Fiquei com esse amor todo, como uma bicicleta encalhada num canto da caragem. De que me serve a bicicleta, se não me ensinaram a andar? De que me serve tanto amor, se não tenho quem amar? Solidão nunca me assustou, nunca a conheci direito. Sempre foi fácil desviar dela me entregando pra relações sem muito interesse. Só que depois de você, nenhuma pseudo-relação me satisfaz. Nenhum carinho de um dia me agrada. Nenhum beijo sem amanhã me entorpece de felicidade. E é por isso, e por tanto amor, que eu me jogo de cabeça quando você volta. Me entrego como se fosse ser pra sempre. Sabendo que amanhã ou depois essa dor toda volta, mas sempre existe a possibilidade do seu alarme não disparar. De, finalmente, você tirar a bicicleta da caragem, me segurar firme e me ensinar. Não devo me enganar, mas me engano. Não devo alimentar esperanças, mas alimento. E todos os dias serão assim. Por tanto amor, por tanto saber, por tanto querer .. nada passará.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Querer, querendo, queria, quero.

Muita coisa passa. O tempo, a vida, as pessoas, dor, calor, fome.. Se você esperar um pouquinho (ou não tão pouquinho assim) as coisas simplesmente passam. Fases ruins passam e, infelizmente, fases boas também. Aquela época boa do ginásio, aquela fase linda do namoro, aquela fossa ridicula por um namoro mais ridiculo ainda. Seja a fase encantadora ou desastrosa, relaxa e aproveita, porque ela vai passar. Ressaca passa no dia seguinte, se for muito braba, dois dias depois. Dor de cabeça passa quarenta minutos depois de tomar o remédio. Fome passa depois que o corpo se toca que nao vai receber comida. Tristeza passa, alegria também. Não tem jeito, você não pode congelar um momento, não pode pegar o grande controle remoto da vida e pausar sua existência toda naquele minuto, naquela fase. Não pode por inumeros motivos, mas pra mim, o maior deles é que você não sabe o que vem depois. E vai viver eternamente com o "e se..." na cabeça! Eu sempre fui mestra na arte de insistir. Não sei se é porque fui criada por dois lutadores de boxe de coração mole, e com o biquinho certo, quase sempre consegui o que queria, mas insistir tá definitivamente no meu DNA. Pode não ser nada, ou pode ser tudo. Se eu botar na cabeça que quero, pronto, não vou sossegar. O problema é que tenho canalizado esse lado pseudo-positivo pras coisas questionaveis. Como por exemplo, voltar o tempo e viver a vida que eu, por imaturidade, deixei passar. Não congelei o momento, porque como já disse não dá, mas também não o vivi intensamente. E então, desde que essa ficha caiu, meu único pensamento desde que eu acordo até a hora de dormir é "eu quero aquele tempo.." Mas pera aí, Jéssica, você só pode estar maluca, você começou esse texto dizendo que tudo passa, e agora diz que quer voltar no que passou? Pois é, se não isso, quero descobrir o porque de absolutamente tudo passar, e todo esse sentimento não dar nem sinais de que vai embora um dia.