segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Amorzinho.

Verdade é pra falar. E são tantas. Eu não esperava esse sentimento de novo. Não mesmo. Alias, eu queria me trancar pra ele. Mas é o que dizem "vem quando a gente menos espera", bom, eu até esperei, esperei muito. E aí, logo quando tudo o que eu queria era night, bebedeira e aproveitar minha tão esperada identidade verdadeira... aconteceu. Quer dizer, aconteceu de aparecer uma possibilidade dele nascer de novo. Ele ri das minhas piores piadas, e olha que eu contei umas bens ruins pra ver se ele ia rir de qualquer uma mesmo. Tá sempre tão cheiroso, tão atento. Cada ligação faz o ar sumir, e pela primeira vez depois de anos, isso significa felicidade. Ele chega e buzina e só isso, que ridiculo, faz eu me sentir tão especial. Sorri tão lindo quando eu entro no carro que meu coração quase esquece de bater. Enrola tanto pra ir embora, que se a gente pudesse não ia embora nunca. Nossos perfumes, só Deus sabe quantas vezes eu sonhei com isso no passado, misturados formam um outro perfume tão bom quanto. E o apelido? Coisa mais linda ele falando com aquela vozinha de homem o apelido que ele me deu. Coisa mais linda ele me dar um apelido! Parece que a gente se conhece desde que eu nasci. Parece que ele me conhece desde antes de eu nascer. Coisas que eu sempre sonhei em ter, em viver... de repente, me parece tão irreal não te-las vivido. Afinal, eu já namorei, não é?! É tudo tão diferente. Pequenos detalhes, bobos até, que fazem uma diferença gigante, pra mim, que pretendia fugir de qualquer começo durante um bom tempo. Eu aviso o tempo todo "você não vai gostar quando eu me apaixonar" mas cada atitude, cada carinho, cada piscada de olho me leva pra esse caminho. E aquele sorriso? Impressionante como qualquer coisa fica ofuscada quando ele sorri. E ai, sair depois dele, que descoberta, perdeu a graça! A prova de que basta a gente se abrir pro Universo, que ele conspira por nós. Verdade é pra falar. E a maior delas é que o plano inicial era evitar o amor até ter uns trinta anos. Mas a vida prega peças bem grandes na gente, e quase sem eu perceber ou querer, em pouco mais de uma semana, alguém apareceu me oferecendo numa bandeja a oportunidade que, durante anos, eu esperei e não tive. Então, como o combinado: sem planos, só momentos. E seja o que Dues quiser.


(Baby love, rs, eu sei que você vem aqui o tempo todo, toda hora. Dois em sete dias. Esteja preparado pro pior. rs)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Malemolência.

Senhoras e senhores, queridos (ou não) leitores, eis que hoje farei diferente, assim como tenho feito na vida desde a última semana. É, eu sei, pra você ai sentando na sua cadeira, com sua vida confortável, uma semana não é nada. Acredite, querido amigo, pra mim uma semana foi tudo! Hoje vou falar de mim, na primeira pessoa mesmo, e direto pra vocês, pessoas iluminadas que vem aqui de vez em quando, nem que seja pra dar uma espiadinha. Nada de texto "pra ele" ou "sobre ele". Hoje somos nós: eu, vocês e a história da minha mudança de vida. É como dizem os sábios: as vezes você precisa de um grande choque pra acordar pra vida! Bom, na verdade, eu não sei de nenhum sábio que tenha falado isso, mas falando que foi um sábio fica mais inteligente, enfim, tomei um choque daqueles bem ruins, do tipo tô passando na rua, cai um raio, arrebenta o fio de luz e ele cai na poça que eu tô passando perto e ai, puuum! O maior choque do mundo. Foi assim... Acordei, né?! Afinal, tudo que acontece, acontece por alguma razão. E alguém lá em cima, mais dia menos dia, vai ter que me dar uma explicação bem boa sobre essa onda de acontecimentos inesperados na minha vida, mas enquanto esse dia não chega, eu resolvi acatar a lição e acordar da ilusão. Fala sério, eu achei mesmo que ia casar, ter filhos e morrer do lado do meu namorado do ginásio? Jura que eu perdi noites sonhando com isso? Em que mundo eu vivo? Alou, sua louca, aqui nesse mundo, nesse planeta, amores eternos duram três meses e olhe lá! Aqui onde você vive, seu namorado, melhor amigo e melhor coisa que já te aconteceu de hoje, amanhã é a pessoa que mais te odeia na vida! Voltando ao ponto (minha mudança, caso você não se lembre), o primeiro passo pra minha grande virada foi decretado pelas minhas amigas: uma grande balada! Mas pera aí, balada? Eu sei, você tá ai pensando balada ela vai todo final de semana! Não, amigos, elas tavam falando de uma BALADA dessas com copo de vidro e tudo. Fui eu pra tal balada "de verdade". Me sentindo linda, vale ressaltar. E aí, chegamos ao segundo passo da minha mudança, acreditem, eu resolvi, sozinha, que naquela noite não cairia. Nada de chão sujo de banheiro, nada de acordar com dor de cabeça e morta de vergonha de mim: pouco álcool e muita dança, disso que eu precisava! Quanto mais eu dançava, mais eu queria dançar. O problema é que homem na night só pode ter um dispositivo que indica qual mulher tá se achando mais, e vai direto nela. Nunca sacudi tanto a cabeça negativamente na minha vida! Oi, eu só quero dançar, beijos não me liga! O segundo problema é que sempre tem um filho da puta bom de papo que te convence a dar pelo menos uma conversadinha no canto. Não é que o filho da puta era bom mesmo? Tão fofo, um sorriso tão de criancinha (não sei explicar esse meu fraco por homem com cara de criança, deve ser algum problema mental, trauma de infância, sei lá...) , tão simpático e uma voz tão de meiguinho! Então, chegou a hora do terceiro passo: ele pediu meu telefone e, pela primeira vez na vida (!!!), eu dei o número certo pra alguém que acabei de conhecer. De novo você está se perguntando de que mundo sou eu que nunca tinha dado telefone pra ninguém, né?! Bom, quando não pediam meu orkut, msn, icq e sei lá mais quais tecnologias, eu achava (continuo achando) que era/é intimidade demais dar meu telefone de cara. Sem contar, claro, na fase que minhas amigas davam telefone por aí, eu namorava e namorava sério. Com um cara só. E que já era meu amigo antes, ou seja, já tinha meu telefone quando resolveu me desenrolar. Logo, tive pouco tempo (quase nenhum) pra esse tipo de experiência. Só que o mais incrível, querido amigo, é o que está por vir: ELE LIGOU!!!!!! Nossa, anos ouvindo que caras não ligavam, que fulana esperou o ciclano ligar, esperou tanto que virou múmia e ele nunca ligou... Não imaginei que daria essa sorte logo de primeira. Mas, como eu já disse nesse blog, Deus apronta poucas e boas comigo, mas também é bom em me recompensar. A voz meiguinha, no telefone, é ainda mais meiguinha, daquelas que dá vontande de ficar junto embaixo do cobertor, vendo filme e comendo pipoca num dia frio. O papo, que na noite anterior foi brutamente atrapalhado pela música alta, pelos amigos bebados e pela hora de ir embora, fluiu leve... o que me impressionou mais ainda, levando em conta que a última coisa que eu tive nos últimos seis anos de vida foi leveza. E a vontade de conhecer mais, inteiro, de cabo a rabo, que já era uma coisa curiosa dentro de mim, virou quase uma obsessão, se não fosse tão leve, tão natural... Loucura, eu sei. Vieram as concidências: surf music, Bones, batata do Outback sem bacon, Coca-zero, não enxergar sem os óculos e ainda assim sair sem eles, praia, mar, Lua, lasanha de quatro queijos, acreditar em Deus e não em uma ou outra religião. Muita informação pra primeira ligação, falaram minhas amigas, mas era uma sede tão grande de um conhecer o outro... Então, veio o a quarta e, até agora, última mudança: sabe aquela pergunta que vocês se fizeram ali de cima "em que mundo ela vive?", pessoas assim me fazem gostar de acreditar que ruim não é o mundo, ruim são os corações de algumas pessoas que vivem nele. E, a partir de agora, enquanto eu for presenteada no meio de uma "night de verdade" com bons corações, vou sempre acreditar que se não deu certo com o namorado do ginásio, talvez dê certo com o próximo. Seja ele quem for.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aos que já se foram.

Se ele não tivesse brigado com a mãe, se ele tivesse se cuidado, se o remedio fizesse efeito... A dor de todos eles ao perde-lo seria menor. Se elas tivessem atravessado no sinal, se ele não perdesse o controle do carro, se todas elas conseguissem subir na calçada de novo, perde-las não seria tão dolorido. Se eu não tivesse passado ali, se não tivesse resolvido voltar pra fazer o caminho contrário, se eu não tivesse ligado, convidado, comprimentado... A dor de perder você seria menor. Vidas que dependem do "se..." pra continuarem presentes em mim. Se o cancer que foi amar durante uma vida inteira uma mesma pessoa, por mais que Deus tenha colocado outras no meu caminho, não tivesse me corroído até a alma, hoje eu não seria madura e tranquila pra encarar tantas surpresas da vida. Se o vazio que foi perder tanta gente querida não tivesse me invadido em momentos diferentes da vida, pra me lembrar que essa é curta demais, hoje eu poderia ser de novo a garotinha esperniando e fazendo pirraça pro mundo. O fato é que ninguém acredita nessa evolução. De uma semana pra outra, foram tantos choques e acontecimentos, que se falassem que anos se passaram, eu acreditaria. Amadurecer. Deixar de ser o que era pra se transformar em quem deseja ser. Simples assim, sem dor, leve... Porque é assim que a vida deve ser! Morrer não é o difícil da vida, pior que morrer é matar dentro de si quem está muito vivo do lado de fora, ou aceitar a morte de quem deveria estar vivo. Fatalidades pelas quais se tem que passar pra crescer. Tem gente que foi embora da minha vida muito cedo, e de verdade, deveria estar por aqui ainda. E essa dor é daquelas que ninguém pode me tirar. Quanto aos outros tipos de 'morte' que tive que encarar, sinceramente, não vale a pena sofrer. E nos dois casos o principio é o mesmo "foi tudo bom demais, mas seja pelo motivo que for, acabou". Aos que já se foram fica aqui a homenagem mais que merecida e o agradecimento por terem feito parte da minha vida. Elas, você e todos os que passaram por mim e deixaram esse lugar. Seguir em frente, não necessariamente significa superar, mas é só o rumo certo a ser tomado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Não quero armas.

É assim mesmo, a gente se decepciona com as pessoas. Se decepciona com a gente mesmo e com o mundo. Até com Deus quando é muito grave. O que salva em meio a tantas decepções são as lições que aprendemos e o quanto somos capazes de amadurecer com isso. Hoje eu me tranquei no banheiro, liguei o chuveiro pra ninguém me escutar e chorei a minha alma. Chorei até me sentir vazia. Até o aperto no meu peito virar nada, até sentir meu coração dormente. Chorei muito mesmo, logo eu que já me machuquei tanto na vida, chorei tanto quanto nem sabia que dava. Mas me prometi que seria a única vez que eu ia chorar por essa história. Quando não tinha mais lágrimas, eu entrei no banho, lavei meu rosto, meu cabelo, e sai de lá a mesma de antes, sem coração partido, sem tristeza entalada na garganta, sem agonia no peito, porque por mais que meu coração tenha se despedaçado, por um breve momento, a vida continua e eu me recuso a parar de viver, mais uma vez. Talvez essa seja a minha herança de tantos anos numa mesma história sem fundamento: aprender que sou forte, sou capaz e que posso comigo mesma. Não sei se ainda é o estado de choque que me faz ser tão madura como estou sendo, ou se eu, realmente, aprendi alguma coisa nessa vida. O que sei, hoje, é que eu queria sim a chance de reescrever uma história que ficou com final mal contado, e acreditei mesmo que teria a oportunidade, mas felizmente, o mundo não é só o meu umbigo e enquanto eu me lamentava tanto por todas as coisas dessa vida, a vida do outro continuou. Por isso, agora, só o que eu quero é viver mais. Me prendi muito tempo na idéia de me mostrar melhor, fiquei presa em esperanças que, sinceramente, percebo que foram dadas por pura maldade, pura vingança, sentimento de superioridade, nunca poder sair mal de uma batalha. Mas e dai? Eu adimito, perdi a guerra e ela acaba aqui. O daqui pra frente depende, única e exclusivamente, de mim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A metade da minha barra de chocolate (Odeio laranja)

Eu senti essa crise de existência se aproximando. Bom, primeiro pelo óbvio: tenho o maior sentimento do mundo no peito, e contrariando tudo que empreguei durante dezoito anos de vida, preciso matar um pouquinho dele a cada dia pra continuar vivendo. Depois, e não tão óbvio assim: bem, todas, absolutamente todas as pessoas insensíveis-não-merecedoras-mesquinhas-e-babacas ou, simplesmente, feias que eu conheço estão namorando. É sério! Fulano traiu a ex-namorada com a fulaninha tal, com a outrinha, e a outrazina.. o estado civil dele hoje? Namorando. Fulana trai o pobre do namorado como se tivesse bebendo água, mas final de domingo, quando bate aquela depressão e peguete nenhum dá jeito, ela tá onde? Com o namorado. A outra, tadinha, nem pediu pra nascer feia, mas chega a doer a vista quando olham diretamente pra ela.. tá o que, o que, senhoras e senhores? Namorando. Encontrou alguém que valorizou a beleza interior dela (que vamos combinar, deve ser muuuuuito bonita mesmo, porque só assim..) Então, diante dessa chuva de amores repentinos, relacionamentos felizes, e feios se sentindo a última bolachinha do pacote, só me resta o triste e doloroso questionamento: e eu? Cadê o maldito do amor da minha vida, minha gente? O pior nem é essa pergunta, o pior mesmo é que eu sei a resposta. Tá bem ali, boba.. Tão perto e tão longe. Ele (porque, apesar de tudo, Deus tem algum amor a minha pessoa e sabe o ser depressivo que criou) não tá namorando, nem com ninguém muito sério. Pelo menos, não que a idiota aqui saiba. E graças a Deus (repetindo: Ele não é nem louco de aprontar uma dessas comigo) o amor da minha vida deixa bem claro, mais cristalino que a água da Lagoa Azul, que me ama. Mas tão claro quanto o fato de me amar, é também o fato de que além de indesejado, esse amor também é desprovido de planos futuros, ou seja, se eu quero entrar pra estatística e ser mais uma pessoa com um relacionamento sério assumido, devo escolher entre o amor da minha vida e... um namorado! Ok, eu explico o termo 'relacionamento sério assumido': relacionamento e sério a gente tem um com o outro já se vão uns bons anos aí. Já foi assumido, é verdade, mas a vida é feita de escolhas e no calor de momentos diferentes, cada um priorizou o que julgava ser importante, conclusão disso? Nós dois, aqui, com o maior sentimento do mundo no peito e uma barreira gigante de orgulho, medo e mais orgulho entre nós. Ou seja, a gente se relaciona, e por mais que a gente queria fingir que é leve, sem cobranças, sem comprimisso, só amizade... Não adianta, basta um pisar na bola pro outro ficar puto, basta um "tentar viver longe" pro outro parar a vida e esperar... E se isso pra vocês, não é coisa séria, perdoem minha ignorância. Fica faltando ai o termo 'assumido', que é todo o X da questão. Assumir nunca mais, né Sr. Amor da Minha Vida? Assumir pra que? Namorar pra que? O que vão falar de mim, de você? Dois idiotas que desculpam as maiores pisadas de bola do mundo. Nananinanão, se tem uma coisa que o amor da minha vida não suporta é ser chamado de idiota. E o amor é pra idiotas, né? Então, ele me ama secretamente. Se alguém pergunta, ele nega. Só pra mim ele fala, só eu sei que tudo que eu sinto é recíproco. E agora, José? Bom, nunca fiz muito parte da maioria, com treze todo mundo tava no primeiro beijo e eu já tava beeeem mais pra lá do assunto, com catorze todo mundo ia pra matinê e eu tava em casa curtindo namoro fofo e vendo filminho grudadinho, com quinze todo mundo dançava valsa com o amigo gato, o primo bonito e eu com meu namorado de longos anos... Porque logo agora, com dezoito, eu faria questão de me encaixar nos padrões de todo mundo? Tá namorando é, insensível-não-merecedor-mesquinho-e-babaca? Arrumou um São Jorge pra te aguentar é, Dragão? Foda-se, de todos esses relacionamentos-relâmpagos nem meia dúzia vão acabar em amores bonitos e duradouros, o que eu, que nem tenho namorado nem nada, com certeza possuo.
Te amo, Amor da Minha Vida, apesar de tudo e enquanto tiver que ser.

sábado, 8 de agosto de 2009

24 horas.

Acordei com o peito dolorido de tanto forçar pra conseguir respirar, acordei com a cabeça doendo de tanto fazer planos pra te ver voltar, acordei em mais um dia comum querendo ser toda você mais uma vez.. Vou dormir rezando pra me manter respirando e acordar cada dia menos e menos você. As coisas mudam, mesmo quando você não faz nada pra que isso aconteça.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

De-saba-fo. (Assim mesmo, sem separar o "saba")

Em cada decepção passa um pouquinho. Em cada dia sem notícias, em cada palavra de amor engolida.. aos poucos vai passando, e eu sabia que seria assim. Não faz diferença amar tanto ou quase nada, esse amor já não importa mais, e cada dia meu corpo tem mais conscinência disso. É como o principio dos alcoólicos anônimos: "mais 24 horas". Mais um dia sem aquela crise toda de abstinência que me dava de você, mais um dia sem pensar tanto, sem agir tanto de acordo com os seus limites. Menos um dia sendo mulher pra você, mais um dia tentando voltar a ser a mulher que eu sempre fui. Não tá sendo fácil, mais difícil que isso só te amar tanto em troca de nada. Em cada "outra", o coração ameaça sangrar de novo. Em cada carinho que o mundo ganha e eu não, a voz ameaça sumir, mas (bem) aos poucos eu consigo tomar as rédeas de mim mesma, num ritimo bem lento eu vou sentindo voltar aqui pra dentro a Jéssica de sempre... A auto-estima tá no chão, o coração tá aos pedaços, mas a vontade de ser feliz tá grande e vai superando cada obstáculo. Obrigada por me ensinar que entregar tanto o corpo, a alma e o coração pra alguém não termina em coisa boa. Obrigada por me preparar pro futuro. A gente nunca vai poder dizer que você não teve função nenhuma na minha vida..

domingo, 2 de agosto de 2009

Pra ninguém entender.

Quanto tempo vai demorar pra gente entender que esse olhar todo, esse calor todo, esse querer todo que transparece toda vez que estamos perto, é mais que saudade? Vai demorar muito pra você aceitar, de vez, a realidade? Sabe, eu não gosto muito de esperar, é aquela boa e velha conversa sobre ser leonina, imediatista e sem saco. É tanto olhar que enudece, tanta palavra que arrepia, tanta garganta sem voz... É felicidade por amar, tristeza por amar, vontade de amar mais, menos, não amar. Eu aqui querendo brincar com o fogo e sair muito mais que queimada, e você ai se fingindo de gelo. Engane outra, não a mim. Você esquece que fui eu quem ascendi a fogueira. Esquece que essa brincadeira, pra mim, já é manjada. Eu querendo calor e você se esforçando pra emanar frio, eu querendo perigo e você fingido ser seguro. Esqueceu que nos apaixonamos por sermos extremamente iguais. E não, meu bem, eu não sou segurança, não sou gelo. Eu sou o perigo que te divertiu milhares de vezes onde quer que fosse o lugar, o calor que te esquentou nas noites frias, e mais ainda nas quentes. Você não engana nenhuma parte de mim quando aparece com essa cara ensaiada de amiguinho. Você não engana nem a você mesmo. Frieza e segurança são ótimos aliados quando se está numa guerra, só o que você não percebe é que o que está travado entre nós é o oposto da guerra. É só amor. Por mais destrutivo e suicida que isso possa parecer.