domingo, 27 de junho de 2010

A senha é...

Eu sinto falta do nariz arrastando no rosto, de uma mão apertando a do outro, do abraço sem motivo, da voz rouca no ouvido, da força que se faz só porque é com força que a gente é feliz. Sinto falta da não-solidão e depois da solidão a dois. Do pé esquentando, dos dentes mordendo, do carinho bruto. Do sorriso eu sinto falta, mas não gosto de lembrar porque dói. Tanto quanto doía quando se ia fundo demais. Eu sinto falta das dores físicas que nosso amor-demais causava. Mas não sinto nenhuma saudade da dor emocional que seu desamor trouxe. Seu cheiro se faz presente em cada momento desnecessário que até parece piada de alguém lá no Céu e, as vezes, olha que loucura, eu deito pra dormir e sinto você exatamente atras de mim, colado, encaixado… Como se nunca tivesse saído. De vez em quando, só porque ser louca não me assusta mais, eu escuto a sua voz. Eu sinto falta de fazer graça sem graça e de você achando graça, sinto saudade de você rindo da minha cara porque eu sou cega assim mesmo e me recuso a andar na rua de óculos. Falta virou palavra chave na minha vida. A senha pro melhor passado que já existiu. E quando eu tô andando na rua, sempre tenho a impressão de que vou te encontrar. Treino na minha cabeça o que vou dizer, a cara que vou fazer… Mas a verdade é que pouco importa, não vai ser você e mesmo que eu aperte o olho, não vai ter graça. Nem piada sobre índio, pipoca…. Nada, nada, nada.
Eu sinto falta de amar alguém, porque amar você é não-amar nada, nem a mim mesma.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Carma.

Aparece, enlouquece, me deixa paranóica, pirada, em surto. E some. Porque esse é você. E a louca sou eu.
Aparece, quer me beijar, quer voltar, quer outra chance. Me deixa na duvida, com medo da minha frieza. E some. Na próxima esquina beija uma qualquer pra provar que não fiquei seca por nada. E a sem coração sou eu. Esse é você.
Tantos loucos que eu não tenho nem mais reação. Tantas doideiras que eu me rendo ao mundo paralelo e esqueço da realidade. Tão viciados em briga, sexo, mais briga e um pouquinho de mentiras que eu desisti de todos os homens do mundo e sou feliz assim, sendo quem nunca fui. Já estou chegando nos sete meses e nem sinto mais falta. Porque quando dói demais a gente desmaia pra não sentir dor.
É muita loucura junta pra uma pessoa sair disso tudo ilesa, sem nenhum machucado. Mas sigo seca. E sem medo de pensar as piores coisas do mundo. Porque você me fez assim.
Não presta, não vale um centavo, não se apaixona.
Eu avisei. Todo mundo avisou.
Caiu na conversa, agora a vaga é sua.
Essa sou eu abrindo mão do carma.
Tem quase um mês que eu decidi que tava na hora de parar com o blog. Polêmica demais, gente demais se metendo onde não foi chamada e, principalmente, o povo achando que sabia tudo de mim! OI? Nem eu sei, queridos leitores, nem eu sei... Acontece que turrona que só eu, eu repensei essa história de me privar de uma coisa, que eu gosto tanto, por causa de gente que eu nunca vi.
Então, ficamos assim: estou de volta! Enquanto minha criatividade permitir e meu coração aguentar.
E vocês, claro, são sempre bem-vindos! :)