terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Despedida sem drama. (Pela Rainha do Drama)

Toda noite você aparece falando bem baixinho: "relaxa, Jéssica, relaxa e deixa pra lá. Um dia eu volto". E então, aos poucos, eu vou relaxando. Porque não tem muita escolha e porque você toda noite volta aqui pra reforçar a idéia.
O fim do ano chegou, as promessas pro próximo ano chegaram e as previsões astrológicas também. Ninguém tira minha esperança morta e ninguém me faz ser, ainda, apegada nela. As coisas só têm seguido o curso natural delas. Nenhuma grande transformação, nada que tenha abalado o meu mundo, ou o seu, a ponto de virarmos tudo de cabeça pra baixo.
Do mesmo jeito que você aparece na minha cabeça, eu devo aparecer na sua. Somos muito importantes na vida um do outro. Você só enxergou o jeito certo de escapar da cilada. Eu mergulhei cega numa entrega que não tinha dono. Hoje é tão óbvio.
Mas eu te amo e foda-se. Amo porque você sempre vai ser você. Porque eu sempre vou sentir saudade. Sempre vou querer saber de você. E foda-se porque eu cansei de lutar contra o fato de você representar tudo que representa. Na minha vida, até hoje, cara nenhum chegou perto de alcançar o seu lugar. E é isso! Te amo exatamente com esse carinho. E com a gratidão enorme de ter sido você!
Mais um ano tá indo embora, e provavelmente, eu vou pensar em você em mais uma virada de ano. Porque enquanto não aparecer nada maior e mais avassalador que você, é em você que eu vou pensar quando o momento for grande e importante. É pra contar pra você que minha mente vai guardar os detalhes. É pensando no seu comentário que eu vou rir de alguma coisa.
Mas eu relaxei e foda-se. Do mesmo jeito que você é tudo que é pra mim, eu sou tudo que sou pra você. Até o ciclo se completar.
Relaxa, amor, relaxa e deixa pra lá.
Eu relaxei e tô deixando.
Um dia, eu volto.
Nós voltamos.











(Queridos, viajo amanhã de noite e, provavelmente, não volto aqui até janeiro. Queria desejar, do fundo do coração, que 2011 seja miiiiiiiiiiiiiiiiiiil vezes melhor pra TODOS nós. Que tenhamos muitas alegrias e vitórias. Obrigada a todos vocês que acompanharam mais um ano dos meus textos sem sentindo, dos meus surtos e do meu romantismo barato. rs Vocês são demais! Beeeeeeijos.)
Tá rolando uma brincadeira super bonitinha de uma blogueira enviar selinhos pra outra, e uma vez que você o recebe, deve responder a pergunta que vem com o mesmo.
Eu recebi esse da Carol Vasconcelos do http://elaseriasempretua.blogspot.com e resolvi brincar também! =)

Sete desejos pra 2011:

1) Keep holding on!
2) Definitivamente: conhecer gente nova.
3) Manter as minhas unhas.
4) Cinquenta e oito quilos em julho. (vou em arrepender amargamente de ter registrado isso aqui, tenho certeza)
5) Aprender mais sobre tudo.
6) Me interessar pelo mundo que existe fora do meu mundo.
7) Aquele desejo de sempre.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer.

"2 anos.
24 meses.
730 dias.
17520 horas.

Nesse tempo todo...
Você foi minha maior alegria e minha pior tristeza..
Foi o unico motivo pelo qual eu acordei e dormi feliz , a unica pessoa capaz de fazer nascer dentro de mim um sentimento tão inexplicável quanto esse que eu tenho aqui agora.
Você foi quem me fez chorar e sorrir em questão de minutos durantes várias vezes.
Você é e sempre vai ser o meu maior amor, o meu amor gigante, e o meu ódio insuportável. É você quem faz eu querer ser uma pessoa melhor cada manhã.
Por você eu faria a maior loucura do mundo, por você eu seria capaz de ser quem eu não sou.
Você pode não perceber, nem reparar, mas cada dia que passa eu me inspiro mais em você pra hoje, ser quem eu sou.
Cada briga me fez crescer, cada carinho segurou meu mundo.
Cada sorriso seu me deu força pra continuar e cada reclamação me fez querer mudar.
Hoje, sem nem pensar, eu posso dizer que sou uma pessoa completamente diferente da que eu era dois anos atras e metade da culpa disso é sua.
Eu te amo, eu sempre vou te amar, mesmo que nossos caminhos sejam diferentes daqui pra frente.
Não vou te agradecer por nada, porque eu SEI o quanto foi difícil pra gente todo esse tempo que ficamos juntos tendo tudo pra dar errado.
As reclamações nunca vão acabar, a insatisfação nunca vai sumir... Mas o amor vai ser, como sempre foi, maior que qualquer outra coisa.
Hoje são 2 anos e, se papai do céu quiser, ainda virão muiiiiiiiiiiiiiitos porque eu fui feita pra você e você feito pra mim.
Te amo, te amo, te amo (...)"



6 anos.
72 meses.
2066 dias.
29584 horas.

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sábado, 4 de dezembro de 2010

Resignada.

Houve muita vida depois do nosso amor. Porque se a gente tá acordando, tá escovando o dente, tá respirando.... A gente tá vivendo. Por mais que doa - e como dói! - e por maior que seja o querer pelo estado contrário, ninguém morre de coração partido. Não do jeito romântico e poético da frase. Enfim, houve vida. Agora eu sei. Agora eu enxergo. E houve aprendizado também. Sem um milímetro de dúvida eu sou, agora, uma pessoa muito melhor do que eu era quando você foi embora. Porque te perder me fez querer tanto virar o mundo de cabeça pra baixo que eu aprendi muito mais sobre o mundo do que teria aprendido em alguma outra situação. Machucou te ver indo embora e saber que a suua ida era a colheita do que nós plantamos. Depois doeu muito ter que ir embora de você também. E esse foi um sofrimento solitário, escuro, amargo, doentio. Mas todas as coisas ruins passaram. O que eu carrego comigo agora é a resignação. A sabedoria dos que já cansaram de bater cabeça. Não é não ligar, é simplesmente não aguentar ligar. A consciência de quem aprendeu que o futuro é amanhã e não daqui quinze anos. E quando não se pode fazer nada, o que nos resta é esperar. Mas não é preciso - surpresa, surpresa! - passar pela espera sofrendo.
Amanhã, talvez, você encontre seu novo grande amor. Amanhã, talvez, você tenha certeza de que nunca foi louca e sempre esteve certa. Talvez amanhã você tenha que invadir um casamento e sequestrar o noivo. Mas o amanhã é amanhã. E se você não pode planejar nem uma coisa que já batendo na porta, imagina viver seus quase vinte anos planejando e sonhando com os quarenta? É tortura.
Aprendi que amar tanto, amar tão forte, tão pura, tão embabacada me fez crescer. Me fez saber ser quem eu quero ser, na hora que eu precisar ser. Amor não traz desvantagem, o desamor que traz. E dele a gente esquece na primeira semana. Amar você assim me colocou no limite entre o Céu e o Inferno. O tempo todo sem saber se você havia sido mandado por Deus ou pelo Diabo. E sempre pensando em como seria a vida se você não tivesse acontecido nela.
Não sei, não faço idéia e, confesso, as vezes tenho a curiosidade de saber. Ao mesmo tempo sinto que a mulher que eu virei deve metade de tudo a você. A você e a falta de você. É sempre paradoxal tentar explicar. Mas eu sei que se você quiser, você entende.
E você sabe que se você quiser, você volta. Na hora que tiver que ser, no momento que precisar ser, passem quantas vidas necessárias sejam. Se você quiser, um dia, você volta. E porque você quis voltar. Minha resignação me deixa esperar, mas não mais ficar parada no mesmo ponto.
Vive daí, eu vivo de cá.
Uma hora, se for pra ser, a gente se encontra.
E se não for, que seja eternizado na lembrança lindo e com o gosto mais doce do que a gente consegue imaginar que possa ser agora.





(Esse texto todo é baseado em dias de conversas infinitas e intermináveis com alguém que acredita mais em mim do que eu mesma. Ray, ainda bem que você apareceu, Anjo.)