quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus.

Eu não quero fazer retrospectiva, eu não quero lembrar de nada desse ano. E, por favor, que dê logo meia noite e 2009 evapore.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Texto argumentativo, explicativo, descritivo - que não quer dizer nada.

Não é de birra, não. Eu juro que não. Você bem pode achar que é, me conhece igual a palma da sua mão, não é mesmo? E sabe que eu sou de vingancinha mesmo. Mas dessa vez, pelo menos dessa, não é birra, não! A falta de notícias, a falta de consideração, a falta de você... Me fizeram inteira pra mim. Me deixaram lotada - ainda que sempre vá existir esse buraco incapaz de ser preenchido. Não é pra provar superioridade, muito menos por chatagem. Não é por nada. Simplesmente, é. Isso tudo que tá acontecendo, esse monte de mudanças de dentro pra fora, da mente pro corpo... É só meu organismo me defendendo de mais um ano em agonia. E quem pode nos culpar? Outro desse, ninguém aguenta. Ninguém foi feito pra aguentar. Nem aquele clichê sobre cada um receber uma cruz que possa aguentar, sustenta outro ano desse. E pode ser que melhore, a vontade é sempre uma das condições para que as coisas aconteçam. E eu sei que ainda falta muito pra eu ser a pessoa que eu pretendo ser. Mas eu sei também que hoje falta - muito - menos do que ontem, e que amanhã eu vou estar um pouquinho mais perto de chegar lá. Basta não regredir. Basta não ter vontade, nem saudade... Basta continuar evoluindo de dentro pra fora. Basta continuar rezando e querendo e pensando e, principalmente, ignorando. Basta. Nos basta. Chega! Ainda falta uma estrada inteira, também, pra eu conseguir pensar em ser feliz, de novo. Mas se em cada dia que vier, eu der um passo a frente, ninguém tem o direito de me empurrar para tras. Não você. Nem mesmo eu. Não é birra, não, tá?! A falta de noticias, a falta de consideração... Nada disso é pensado, proposital. É só consequência, e quem pode me culpar? Nem mesmo você....

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Pedido.

Você foi minha primeira grande decepção, sabia?! Eu acreditava em você de olhos fechados, acreditava nos seus poderes, no seu amor desmedido, e até na sua cara de bonzinho. Eu amava você, amava essa época do ano e amava tudo que vinha de você. Eu sempre colocava uma roupa linda e ficava comportadinha, quietinha, toda inha te esperando chegar. E quando você chegava, aaaah, que alegria! Era só festa, só sorrisos, só magía. Depois você ia embora, a mágica acabava, mas eu sempre tinha a certeza que logo, logo você tava de volta. É, Papai Noel, o senhor foi o primeiro a me dar indícios de que não se deve confiar em homem nenhum. Nem mesmo em um senhor, de barba e cabelos brancos! No ano em que eu já tinha revelado o mistério, nada foi igual. Aquela mentira toda não fazia sentido nenhum. E todos os outros natais perderam a graça. E então, quando eu já era grandinha o suficiente pra não emburrar mais a cara pelo fato do senhor ser uma mentira, eis que recebo o maior e mais significativo presente de natal da minha vida. Mas acabou também. Agora, Papai Noel, estou dando ao senhor mais uma chance de se acertar comigo. Quero ser feliz. Só isso. Esquecer essa dor, apagar as mágoas. Ser feliz. Não fui uma santa esse ano, mas não dei tanto trabalho como nos outros. E se serve como argumento a meu favor, tenho planos de ser ainda melhor ano que vem. Tá na sua mão, Papai Noel, por favor, por favorzinho - como eu escrevia quando era criança - me ajuda nessa, vai!

Eterno retorno.

- Por que a gente briga tanto?
- Porque a gente se ama.
- Ah é, você me ama?
- Amo.
- É, eu também te amo. Que saco!
- Que saco???
- É, a gente tem tudo pra dar certo, mas esse amor todo só faz a gente brigar.
- Que saco...
- E agora, como fica?
- Acabou aqui de novo?
- Até algum dia?

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- É, é melhor assim.
- Tá bom.
- Não vai chorar?
- Não. Eu já sei que toda vez que você aparece, não é pra sempre.
- Quando for pra ser pra sempre, você vai achar que eu quero ir embora, como vai ser?
- Quando você vier pra ficar, pra sempre, eu vou saber.
- A gente se ama muito, né?
- É.
- Amor não é suficiente?
- Parece que pra gente não.
- Então tá. Te amo, não esquece.
- Eu também, por favor, por favor, por favor, não esquece disso e aparece de novo, logo!
- Tá.

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domingo, 20 de dezembro de 2009

tê érre i ene tê a

Tá chegando. Tá logo ali, daqui exatos dez dias. E eu tremo só de pensar. Me falta o ar só de pensar. São (ou seriam?) cinco anos, afinal. De coisa concreta, de relacionamento assumido, cristalino, claro e fácil. Porque sempre foi fácil. Ficou difícil depois. Quando uma parte desistiu. Mas aí, também deixou de ser relacionamento. E o tempo parou de ter importância. E só eu continuei contando. Só eu continuei vivendo. Só eu esperei, e sim, ainda espero. Deus ganhou múltiplos significados ao longo disso. Foi vilão e foi mocinho inúmeras vezes em um único dia. Deus não deve me aguentar mais!
Agora eu peço desculpa por tudo, até pelo que nem tenho culpa. Deixo a outra me dominar na maior parte do dia, porque enquanto eu tô escondida dentro dela, ele tá morto dentro de mim. Mas entregar a minha vida na mão dessa maluca é uma maluquisse que nem ela cometeria. E sempre sobra pra mim limpar a sujeira que ela deixa. E sentir o remorso de mais uma vez ela ter me espalhado no mundo, me deixando ainda menor pra ele. Ainda que ele nunca vá voltar, eu odeio quando ela me espalha por ai. Porque ficar inteira, presa em mim e na minha saudade é a única (e nem tão segura) garantia. Acordar sendo eu, e não ela, é cada dia mais complicado e dolorido. O estômago embrulha, o coração quase para. O pulmão nem dá sinal de que quer funcionar. Acordar sendo eu é um verdadeiro desafio. Porque ela sabe conviver com a solidão, eu não.
Só que a situação é tão critica que nem ela quer acordar daqui dez dias. Esse amor é tão grande que nenhuma que existe dentro de mim quer abrir o olho. Mais fácil aguentar uma faca enfiada no coração. Mas fácil encarar um leão, sozinha. Acordar todo dia já é suficientemente ruim. Acordar daqui dez dias vai ser prova de resistência. E dezembro passado também foi. Será que o próximo ainda vai ser? Dá vontade de jogar todas que eu tenho da janela cada vez que eu lembro que todo dezembro tem um dia trinta. E que até o fim da minha vida os dezembros e seus dias trinta vão existir. Mas nem disso eu sou capaz. Nem pra ter coragem de acabar, de uma vez por todas, com essa dor insuportável eu sirvo.
Mas se meu pulmão pegar - sempre no ultimo minuto, quando eu já acho que tô vendo a luz - de novo e eu sair dessa inteira, eu juro que posso tentar. Posso tentar ser sempre a outra. Posso fingir que esse amor nem existe e que essa dor nem me atingiu. Posso tentar ser quem eu nasci pra ser e não essa que eu virei depois dele. Mas jurar e tentar são palavras de efeito, sem efeito. E então, me restam sempre aqueles quatro finais pros meus textos: Por que não eu? Por que desse jeito? Volta? E eu te amo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Insônia.

A ultima coisa que você escreveu pra mim, sobre nós dois, foi: "vou deixar você bem quieta na minha historia e bola pra frente". Mais de seis meses depois, eu ainda fico remoendo essa frase e me perguntando como você conseguiu. Uma hora eu era tão necessária pra você, como você é pra mim... E na outra, eu já tinha passado a ser ninguém. Depois que a gente se encontrou, um dia, aqui por perto, tudo de que eu tinha medo aconteceu. Vi você assim, do jeito que você é agora... Tão seu, tão solto, nada do meu você. Nadinha. Nem o jeito de falar é mais igual. E eu tremendo só de te ver! Já não era mais o menino por quem eu me apaixonei, mas ainda assim era você e doeu. Vai doer pra sempre, entendi e aceitei isso. A ferida vai desinflamar, um dia, mas nunca, nunca vai cicatrizar. Eu vou sorrir, muitas vezes, só que nunca mais vai ser aqueeeele sorriso. E eu sei que vai chegar alguém, um dia. Sempre chega, sempre tem alguém pra gente. Mas eu nunca vou ser inteira de novo. Porque eu fui inteira com você, com todos meus defeitos, sem maquiagem, sem escova, com todas as manias insuportáveis. E ser inteira me trouxe pra onde eu tô agora, pro fundo do poço. Ser inteira foi o meu pseudo-suicidio, afinal. Então, mesmo que aquela máxima de que "eu ainda sou muito nova e tenho muita vida pela frente" seja verdadeira, eu sei que nunca mais, nada que eu viver vai ser igual. E cada vez que eu eu rezo, eu peço só pra te tirarem de dentro de mim. Pra você foi tão fácil, porque comigo todo drama toma esteróides e fica cinco vezes maior do que já é? E porque cada dia fica pior? Não era pra ser ao contrario? Alguém me disse que quanto mais tempo tivesse, menos ia doer. E agora, tá doendo muito mais que a seis meses atras. E amanhã vai doer mais que hoje... Eu queria que isso aqui fosse um conto de fadas, e que logo ali na frente, você tivesse me esperando pra gente ser feliz. Não é. Você nem tá mais no meu caminho. A unica coisa que eu tenho de você agora, são essas madrugadas de saudade, que me tiram o sono na véspera da prova que era pra ser a coisa mais importante da minha vida. E eu falei tanto, pra não falar nada, pra não contar nenhuma novidade. Sinto sua falta, todo dia, cada dia mais. Desculpa por isso.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O quão difícil pode ser.

Talvez seja essa cara de menina mimada - que faz bico quando não consegue o que quer-, talvez sejam meus pensamentos sempre tão infantis pra minha maioridade, talvez seja só paranóia ou mais um pouco da proteção exagerada que sempre me cercou. Talvez seja por carinho, por amor, por adimiração, vai saber... O fato, o unico e incontestável fato, é que as pessoas tendem a fantasiar a realidade pra que ela chegue até mim um pouco menos bruta e, em algumas vezes, até mesmo suave. O que implica que meus choques de realidade sejam sempre, realmente, choques. Coisas de tirar o ar, o chão. É difícil não perceber a corrente forte em minha volta, o escudo humano que os meus criaram pra filtrar sempre tudo que me chega. Meu pai tem sempre medo da próxima crise de asma, meus amigos sentem sempre medo da minha próxima queda. E isso faz com que cada um se desgaste um pouco, todo dia, pra colorir - mesmo que seja de nude - o que nem sempre tem cor. Só tem uma coisa que ninguém alivia: essa pedra gigante e cinza no meio do meu caminho. Isso sou eu quem disfarço pra eles, apesar de quase sempre meu trabalho ser em vão. Isso sou eu quem tento amenizar ao máximo, diminuir até que quase pareça nada. Mas tá aqui, tá sempre aqui. Entalado na garganta, empacando meu caminho, quebrando meu salto, me jogando no chão sem pena, sem sentimento, sem compaixão. Quantas já tiveram? Até ontem éramos duas, hoje eu já me perdi nas contas. Tanto julgamento errado quanto a mim, tantas farpas sobre minhas atitudes e então, quanta hipocrisia, fez muito pior! Uma, duas, três... E eu sempre entre elas. Difícil largar o osso, deixar pro próximo. Mais fácil enrolar a apaixonadinha de sempre, junto com a bobinha da vez. Mais fácil ter uma do lado e outra na reserva. Mais cômodo saber que sempre vai ter um poço de amor em algum lugar da cidade que vai te receber de qualquer jeito, a qualquer hora. Passaram-se dias, semanas, meses... Esperei tanto, rezei mais do que em dezoito anos de vida. Fiz até promessa!!! Acreditei em vidas passadas, amor incondicional, força do pensamento, conspiração do universo. E apesar de todos meus apegos, continuo parada exatamente no mesmo lugar que eu estava na ultima vez. Desisti, voltei atras. Desisti de mim, da minha alma, da minha dignidade. Tentei voltar e dei de cara com meus erros. Todos, absolutamente todos, refletidos em você. Talvez sim, talvez não. Eterna falta de respostas. Esperando sempre o que não vem. Romance épico e sem final. Tanto faz. A parte boa disso tudo? É o que o daqui pra frente vai me ensinar. A ruim? Todo o resto. Engolir e seguir, sem chorar, sem tropeçar, sem dar - mais uma vez - vinte passos pra tras. Seguir, seguir, seguir...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sobre natal, formigas, conformismo e mais amor.

É impressionante como em cada ano que passa o natal chega mais cedo. Li, outro dia, em algum lugar, que em alguns anos o coelhinho da páscoa e o papai noel vão se encontrar no meio do shopping, a mais pura verdade. Mas o pior não é essa coisa desesperada do comercio de ganhar mais dinheiro e logo, essa compulsão por ser cada vez maior, cada vez mais lider, cada vez mais o cérebro das pessoas. O pior é que a ganancia dos outros tras a tona, sempre mais cedo do que no ano anterior, todas as depressões que eu desenvolvi especialmente pros finais de ano. Faltam exatos 29 dias pro natal e eu já tô sofrendo por mais uma virada de ano triste, sem graça e sem ele. São exatamente uma da manhã e eu me peguei enrolando na cama, sem conseguir pregar o olho, pensando na porra da maldita virada do ano. Mais uma, e essa pra selar de vez a catastrofe que é estar sozinha. Passei o ano inteiro fazendo planos e promessas: no reveillon tudo vai estar bem. Esse reveillon vai ser ultra-mega-super-plus foda pra compensar o do ano passado que foi um lixo. E então, surpresa, surpresa: um lixo maior ainda me espera logo ali, dia 31 de dezembro. Porque não importa, sabe, que eu vá pra aquela porra de festa que o convite é 390 reais, não importa que eu vá pra Búzios, não importa nada. Vai dar meia noite, os fogos vão estourar e o unico lugar que eu vou desejar estar, mais que tudo, é no colo dele. Mas eu não vou estar, então, eu posso pagar cinco mil reais em qualquer lugar, mas afirmo: o reveillon vai ser uma merda! O mais triste de tudo isso é sabe o que? Eu me conformei. Me conformei com reveillons ruins, me conformei com natais de querer cortar os pulsos, com os aniversários vazios, com os 28 de setembro sufocantes, os 30 de dezembro chorados na cama. Me conformei que vai ser assim. Até que um dia não vai ser mais. Só que eu não sei quando vai ser esse dia, a unica coisa que eu sinto é que ainda vai demorar tanto! Não são dois meses brincando de gostar do menino mais bonito do colégio, não é um amor que nasceu do nada pelo melhor amigo, não é uma paixão bobinha... É a minha adolescência inteira, são cinco (ou seis, vocês escolhem) anos com o coração parado no mesmo cara. E aí agora, assim, de tanto errar, tenho que apagar tudo? Esquecer tudo? Outro dia tentei essa coisa de pensar em tudo de ruim que eu passei, pra ver se o amor diminuia. Aumentou. Se é que isso é possível, ficar maior do que já é. Mas é que pra cada lembrança ruim, vinha a carinha do depois, do arrependimento, os olhinhos que não queriam me perder, o abraço mais apertado do mundo querendo me segurar ali pra sempre. Me diz agora, que data comemorativa vai ser feliz, sem ele?! Me diz se tem motivo pra comemorar?! Eu sei: você tem as pernas, os braços, os olhos, menina, para de tanto drama! Mas pra que? Me diz, pra que? Pra abraçar quem? Pra olhar quem? Drama demais pra 1,63m de gente, eu sei disso também. As vezes, eu me sinto uma gigante por ter todo esse sentimento cabendo dentro de mim. Mas então eu lembro que ele é, todo dia, toda hora, esmagado ou ignorado, logo vem a sensação de ser pequenininha, quase uma formiga insignificante. Conformação nunca foi a minha praia, mas parafraseando um cliche: foi o conformismo quem tomou conta do lugar dele. Não quero outro amor. Sou a prova viva de que 'só um amor cura o outro' é a maior mentira do mundo. Não quero, eu gosto desse amor. Gosto das minhas ilusões, das minhas lembranças, da minha saudade. E se solidão e dor são os preços pra ter ele presente na minha vida, de algum jeito, é isso que eu vou pagar. Que venha o natal com o coelhinho da páscoa, que venha o reveillon e um possível e (por todos) esperado como alcoolico, que venha o ano que vem com todas as melecas de datas que me jogam pra baixo do fundo do poço. Que venham os próximos dez, vinte, trinta anos. Mas, por favor, Deus - se é que Você ainda para pra escutar meus pedidos - por favor, que isso tudo, um dia, valha a pena.
E só pra constar e pra esse texto ter a mesma moral que todos os outros: EU TE AMO!

sábado, 14 de novembro de 2009

Do latin, Fodere...

Voltar pra vida de antes é quase tão estranho como ficar parada entre as duas vidas. Dar um passo pra tras, pra tentar seguir em frente, não faz sentido nenhum. Marcos, João, Lucas, Daniel, Diego, Diogo... Tanto faz, são tantos e eu não me interesso por nenhum. É como diz a letra dessa música melada que não sai da minha cabeça "comparações são facilmente feitas, uma vez que se prova a perfeição". Como vou gostar de outro abraço se eu já tive o seu que me acolheu como se fosse feito pra mim? Como vou gostar de outro beijo? Insensato e facilmente comparável. A vontade que dá depois de beijar, só pra ver se finalmente chegou o cara que vai tirar você de todas as partes de mim, é sair correndo, me lavar inteira e me manter assim intocada, limpa, empalhada no lugar de sempre, esperando. Não é possível, Deus, não é possível que você não vá voltar. Um dia. Daqui quinze, vinte anos Tanto faz. Um dia você tem que voltar. Se não, eu vou ser incompleta pra sempre. Vou sair correndo e chorando sempre que acabar de dar o primeiro beijo em alguém. Vou ser sempre a menina meio bonitinha que o cara conheceu na night, mas depois que beijou, virou uma esquisitona. Vou ser pra sempre a esquisitona que espera o ex namorado. Se o cara consegue o milagre de passar dos três dias comigo - milagre mesmo - vem aquela etapa onde se quer saber porque os relacionamentos antigos deram errado. Ai, meu amigo, ai fodeu. Posso resumir em dez palavras a história da gente, posso encurtar, embelezar, deixar mais leve... Não tem jeito, quando o assunto chega em você, o cara pula fora. Sensato, devo adimitr. Mas triste. Que sentimento tão na cara é esse? Todos com o mesmo discurso sobre não ter superado o passado. Pois é. Ou então, que pérola, deixa gata, eu te faço esquecer esse mané. Mané?! O unico mané aqui é você, nem sabe sorrir, nem sabe falar, conhece três palavras dificeis e vai as empregando no meio de vinte mil girias, achando que tá arrasando, ralaaaaa. E ai, fico eu sozinha, mais uma vez. Não que a companhia de nenhum deles tenha realmente feito eu me sentir inteira, mas o contexto é esse: sozinha. Sempre sozinha. Empalhada, esperando. Comparações são facilmente feitas, uma vez que se prova a perfeição. Fui provar cedo demais, deu nisso. Me fodi.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

É isso.

A dor agora é diferente. É um luto cheio de saudade, mas conformado. Como se você tivesse ficado doente por muito tempo e já ausente da nossa vida. O sofrimento era meu, que parmaneci ao lado do seu corpo, já sem cosciência, em todos os minutos desde o dia que você se afundou no seu mundo e por lá ficou. A morte, por mais que tenha sido uma medida dolorosa e drástica, aliviou o sofrimento. Você está melhor onde está, e eu tratarei de ficar melhor aqui, onde estou e sem você. Lembranças traidoras me ameaçam todos os dias, mas eu resolvi não lembrar de você com rancor por ter me deixado, e sim com alegria por ter feito tão bem a minha vida no tempo que esteve presente nela. O que veio depois foi culpa só minha, que guardei seu lugar mesmo sabendo que você não voltaria. E eu apaguei todas essas más memórias. Você morreu e isso é triste. Porém, não é mais triste do que ter te transformado no vilão da história. Agora acabou. Acabou o drama, acabaram os apelos, o tanto implorar. É só seguir em frente, seja lá o que isso quer dizer. Cada dia que passa eu consigo te transformar mais em um, dois ou três capitulos lindos do meu livro da vida, e cada dia mais eu entendo que vai ser só isso. Nesse livro não tem espaço pra outro capitulo inteiro dedicado a você. Vai ser pra sempre a minha referência de que amor pode dar certo, mas não adianta insistir. Amor dura sim, e porque não pra sempre?! Mas muda. E quando chega a fase de amar à distância, como lembrança e não como presente, é isso que deve ser feito. Matei você pro bem de nós dois. É mais fácil conviver com você morto dentro de mim, do que com você tão ausente. A dor ainda dói sem parar, mas entre a dor de poder lembrar de você sem culpa e a dor de me obrigar a não lembrar, escolhi a primeira. Sua vida-após-o-dia-que-eu-te matei-em-mim não me interessa. Não muda o fato de que você se foi. Nos coloquei em planos espirituais diferentes. Tudo que acontecer com você, daqui pra frente, não me cabe. Eu sei que você vai olhar por mim de vez em quando. Eu vou continuar rezando por você todos os dias. E pronto, é esse o limite. Do fundo do coração: felicidades. Pra você e, principalmente, e sem me preocupar em soar egoísta, pra mim. Sinto muito pela sua morte, mas é só isso que eu posso fazer: sentir e te deixar ir. Talvez pra todo o sempre.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Só enquanto eu respirar.

Eu tentei. Tentei mesmo, de verdade e com todas as forças que eu sou capaz de ter, quando você não tá aqui, te fazer voltar. Fui legal, mostrei pra você, e pro mundo, o quato eu ainda sou apaixonada, fui atras, sumi. Virei especialista no jogo de frio e quente. Apesar do meu coração ter me traído inumeras vezes e eu ter sido muito mais presente do que ausente. Implorei atenção, implorei amor, implorei perdão, calor... Virei uma pessoa, verdadeiramente, digna de pena. Tudo isso por te amar demais. Não adiantou. Nem nada que eu faça vai adiantar, porque seu coração já não tem mais lugar pra mim. E agora, é tão triste te ver com uma em cada semana. Tão triste rezar pra você ter intervalos pra mim. Bom, eu sei, sempre vou ser parte de você. Mas eu no passado. No presente, o lugar vazio, ao seu lado, não é e nem tem chance de poder ser meu. Passou, né?! Meu coração só sente que tem chance porque é burro, não é mesmo?! Entendi. Tá doendo, pra ser muito sincera, tá doendo mais do que qualquer dor que eu já senti na vida. Mas eu entendi. Acabou. Dessa vez, quem sabe, pra sempre. Te esquecer vai ser a coisa mais triste que eu vou fazer em dezoito anos de vida. Pior do que ter passado tanto tempo fingindo amar outros, pior do que viver tanto tempo sem você... Te esquecer vai levar embora a melhor parte de mim. O daqui pra frente é incerto demais e machuca sem nem ter acontecido ainda. Mas você, que irônia, logo você que causa todo esse vazio, nada tem haver com isso. Alias, quem eu penso que em engano?! Te esquecer nunca vai acontecer. Só tenho que lembrar como consegui te esconder dentro do meu coração naquela outra vez. E voltar a viver inventando mil maneiras diferentes de não pensar. Voltar a viver fingindo. Voltar a não viver.

domingo, 25 de outubro de 2009

Pra quando você voltar.

O vinho, que tinha virado água, volta as origens. O coração, que tinha virado paciente terminal, volta a funcionar. O cinza, volta a ser colorido. A dor para de doer. A lágrima de cair. O sono de sumir. Nem parece que atravessou-se uma tempestade. Nem parece que o barco quase virou centenas de vezes. Olhando-se de fora, só se vê amor, carinho, respeito e cuidado. EU e VOCÊ. Nem parece. Mas foi. Foi triste, foi caótico, foi de querer tomar chumbinho e nunca mais acordar. Porque sem você, tudo é qualquer coisa, menos viver. Sem você nenhum orgão trabalha, nenhum músculo se meche, nada acontece sem você. Quer casar? Eu caso. Entro na igreja vestida de branco e sem medo nenhum. Quer um filho? Te dou dez, só pra começar. Quer o que mais? Eu dou, dou tudo, qualquer coisa. Em troca, você só tem que jurar nunca mais ir. Porque ainda que seja tão, tão, tão bom parar de inventar remedio pras minha solidões e te abraçar, eu sinto tanto medo de acordar. Não quero viver ligada no automático nunca mais. Não quero viver robóticamente. Não quero ser sozinha. Fica, tá?! Fica pra sempre.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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Para, pelo amor de Deus. Para o mundo, para a vida, para tudo.... Do jeito que tá, eu não consigo respirar e aí me tiraram a única coisa que eu tenho que ainda me ligava em você, o Christopher. Porque, segundo eles, meu filho peludo que causa todas as crises... Mal sabem eles que ele que me mantém sã. Para, dá meia volta e volta pra onde você nunca deveria ter saido... Te ver indo embora assim, tão seu, acaba comigo de vez....

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mais uma sobre o de sempre

Conheci umas dúzias de homens na vida. Talvez pelo fato de ser leonina sempre andei cercada deles. Meus melhores amigos sempre foram melhores e mais próximos que as amigas, moro com meu pai e não com a minha mãe... Enfim, apesar de ter namorado muito tempo e isso ter 'limitado' o número de cara com quem eu saí, nunca estive muito longe do universo masculino. E dessa experiência, eu tirei as conclusões mais dolorosas da minha vida:

1) Homem não amadurece em todos os sentidos, geralmente eles escolhem uma ou duas vertentes pra serem maduros, no resto, dos 12 aos 80, nada muda muito.
2) Homem não presta. Não é por querer, de sacanagem ou por implicância. Eles só foram feitos pra serem assim.
3) Homem não dá valor pras coisas pequenas. Cortou a franja? Ele não vai reparar. Pintou a unha de pérola e não de branco? Ele não vai reparar. Enfim, você liga? Faça pra você, ele não liga.
4) Homem, quando tá apaixonado, tenta ser o contrário dos itens acima, mas isso dura um ano, no máximo, depois mesmo ainda te amando, ele vai voltar a ser homem.

E mesmo sabendo disso tudo, eu endeusei você. Mesmo tendo provado, gostado, comprovado, tocado, sentido no fundo de mim e visto o quanto você é homem, eu te endeusei. Claro, só Deus seria contrário a esses quatro itens. Só Deus seria perfeito. E eu te botei nesse patamar. Sempre foi, desde o dia que eu te beijei pela primeira vez, sabendo que aquela era a maior burrada que eu podia cometer naquela noite, sempre foi Você aqui e Deus lá. Você sempre foi o meu sub-Deus. Perfeito, lindo, cheiroso, com o sorriso aberto e as mãos grandes, quentes. Os braços sempre prontos pro melhor abraço do mundo. Onde eu tinha certeza que poderia me segurar se o mundo tremesse. Nunca vou esquecer de um dia na casa de praia que depois de uma briga terrível minha com a minha mãe, você sentou na cadeira da varanda, me botou no colo e me deixou ficar ali chorando, reclamando do mundo, da vida... Fazendo carinho no meu cabelo e só. Você não falou nada, eu não falei nada... Mas naquele dia, bem naquele maldito dia, você virou a base de tudo que eu seria dali pra frente. Me aninhei no seu colo pra chorar tantas vezes, que nunca pensei que um dia seu colo me seria ausente. Eu gostava quando chegava chorando e você não perguntava nada, só me abraçava. E mesmo sem você falar nada, aquele abraço era a maior fonte de paz que eu tinha. Agora virou tudo caos, e nem Deus parece me escutar. Tem sido terrível encarar meus medos sem você por perto, tem sido terrível sentir saudade sem poder nem te ligar, tem sido enlouquecedor chorar e não poder correr pra você, passar o final de semana com você, as noites com você... Saber que a vida não vai mais ter você. Eu te endeusei e esqueci que você é humano. Você foi atras de alguém menos complicada. Atras de mais sorrisos e menos lágrimas, atras de qualquer coisa que não fosse eu. E eu fiquei aqui te amando Deus, te amando homem, te amando, te amando, te amando...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Um milhão e meio de quilos estupidez.

Pra você que foi embora e quis voltar tantas vezes. Pra você que não foi embora, mas nunca quis fazer parte. Você que só veio porque o destino quis que viesse e tenta a todo custo ir embora, mas não consegue. Pra você que mente tanto, engana tanto e me faz mentir tanto e enganar tanto. É, você me faz. Só dá pra viver nesse seu mundo, se for assim: inventando remédio pra solidão. De todas as coisas que você me tirou, a pior delas foi a minha sensatez. Me ensinou a solidão de ser dois. Ser par e me sentir mais sozinha que nunca. De todas as coisas boas que você me trouxe, a maior delas foi a Marcela. De volta. Na hora certa. Porque é ela que segura meu mundo quando você derruba ele de novo e denovo e de novo... Faz e vai embora. Deixa a merda toda pra ela e ela aguenta. No saldo final, coisas positivas tem muito mais peso, mais ainda assim esse milhão e meio de porcarias que você me deixou pesam nas minhas costas, no meu coração. E eu, bobinha, grito pro mundo que voltaria. Voltaria sim. Na hora que você chamasse, na hora que o vento me levasse que o destino te fizesse me querer. Tanta estupidez! Mas são lembranças demais, saudades demais... Tudo demais e eu só sei chorar e vomitar esse bolo de angustia que atinge meu estômago. Até pra isso eu dependo da sua força. E fica cada dia mais impossível negar essa doença, esse vicio, essa mania chata de vomitar o mundo pra ver se você volta. Um milhão e meio de quilos que te afastam. Só que você nunca volta. Ameaça, mas nunca volta. E eu enlouqueço e me tranco no banheiro mais e mais e mais vezes. Nada muda, nada sai do lugar. E ainda que tudo esteja igual, nada, nadinha mesmo, me parece certo. Aquela ali, refletida no espelho, não sou eu. Eu sem você é quase que o rascunho de uma coisa que deveria ser alguém... Dói, já falei tantas vezes de dor. A garganta também dói, implora pra eu parar, mas alguma coisa aqui dentro se recusa a funcionar sem o combustível que você sempre me foi. Não quero sumir do mundo, de novo. Não quero virar, mais uma vez, uma lembrança e depois reaparecer. Não quero ilusões. Quero a cura, quero jogar fora tudo que pesa e ser leve novamente. Você, você, você: todos os meus problemas se resumem em quatro letras.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A saudade é que nem maré.

Ela se enche de si e me deixa quase louca, querendo gritar, esperniar, implorar pro mundo mais cinco minutinhos de chance. Depois esvazia, me deixa em paz, gostando de mim e do meu tempo. De repente, do mesmo jeito que foi, ela volta, só que ainda mais cheia. Me entorpecendo mais e quase me deixando sem saida. Quando tá assim é difícil manter o telefone quieto, o e-mail intocável. E é tudo de propósito. E virou uma rotina. Picos de maré cheia, dias tranquilos de maré baixa. Enche e esvazia, mas nunca vai embora. Tá sempre ali, pairando junto a minha sanidade, pronta pra me mandar pra um hospício quando quiser. A dor é quase física e nem Einstein explica. Dói em algum lugar abstrato, mas eu quase sinto meu corpo todo se contorcer. Pra piorar, o objeto dela não ajuda. Só piora. Deveria ser proibido esse tipo de mistério. Tantas perguntas. Nenhuma resposta e uma crise incrível de falta. Não é orgulho. É, também, orgulho. É tudo misturado e, no fim, é uma coisa só: amor demais. Deveria ser proibido, também, esse amor todo. E se eu não do jeito, quem vai dar? Quase desisto, mas não posso. E a maré enche, esvazia, vem e vai... Quase me afoga, quase me mata, quase me leva. Tanto quase que enlouquece. O que deveria mesmo, mais que tudo, ser proibido, é existir toda essa saudade.

sábado, 3 de outubro de 2009

Nada

Tentando descontroladamente desatar os nós, os laços, as ligações... Três passos pra frente, um de volta pra tras. Lutar, lutar e não sair do lugar. Frustração e raiva. Qual a dificuldade em entender que o que passou, passou? Por que gritar tanto assim pro mundo que se não for um, não vai ser ninguém? Chegou no fundo do poço e ainda tá cavando mais pra baixo. Choro preso, medo do nunca mais, do talvez, do acabou e do pra sempre. Duas dentro de uma só. Completamente avesas, diferentes. Uma grita por aquele amor, outra grita por liberdade. Receio do que vem, saudade do que foi. Sentimentos opostos, dispostos a confundir e deixar pior quem já tá no chão. Nada é fácil. Caroços na garganta, coração em agonia. Palavras que não se encaixam mas, ainda assim, fazem sentido. Nada faz sentido. Triste conclusão: tá tudo errado. Precisa de força pra continuar, os outros dizem. Mas essa acabou. Se perdeu na gigante estrada que foi o até agora. Deixar passar, deixar correr, mudar de foco. Fácil pra quem fala, impossível pra quem se emudece diante dessa constatação. Não é querer ser assim, é não conseguir não ser. E diante disso, ser cada vez pior e se levar pra cada vez mais longe...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

8 gotas

Chapada, dopada, caindo pelas beiradas, anestesiada. Viveria toda a vida assim, no estado em que me encontro agora. Sem dores, com ar cedido por um aparelho metido a pulmão e sem amores. Desconheço essa palavra, esse sentimento. Deixo passar, deixo sair, respiro forte e me sinto vazia. É assim que tem que ser. Esvaziar pra encher de novo. NÃO. Encher de novo nem tão cedo. Quero isso, ser vazia. Ser oca. Ser ninguém pra ser alguém. Minhas mãos tremem anunciando que, mais uma vez, exagerei nas gotas. Não tem problema, não. Me sinto bem assim, tremendo dos pés a cabeça, suando frio. Esquecendo de mim... Daqui a pouco passa o efeito, o ar volta a circular normal e eu volto a sentir meu coração sangrar. Prefiro tremer, puxar o ar não dói. Dói é não te jeito de curar essa ferida. Respirar essa fumaça toda não dói. Dói é respirar e ter que viver em um mundo danificado pela ausência de quem nunca deveria ter ido embora. Que vontade me dá de implorar mais um pouco, chorar mais um pouco... Mas de alguma forma eu sei, eu sei que não adiantaria. Então eu deixo ir, vai, some de vista, leva meu ar... Tira meu chão. Me deixa sozinha mesmo nunca tendo se feito muito presente. Me deixa louca. Não tem problema. Amanhã ou depois aparece mais um. Já foram tantos. Mais um pra me dar a certeza de que o seu melhor substituto é esse aparelho maldito. Os dois me devolvem a vida, o ar, a energia pra seguir em frente. É isso, talvez o final feliz seja seguir em frente. Por que não? Respiro, inspiro. Ar, ar, ar. Volta a ser fácil. Volto a ser eu. Não tenho você, mas tenho a vida. Não posso desistir dela. Por mais que seja difícil continuar, você não merece tamanho sacríficio.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobre os contos de fadas.

Eu me enganei. Me enganei feio, dessa vez. De todos os meus erros o pior não foi o que cometi com você, o pior foi ter te deixado entrar na minha vida. Se seu sorriso tão bobo e sua cara de menino atrapalhado não tivessem me ganhado na primeira vez que você respirou no meu pescoço, eu não conheceria nada dessa dor. E ainda seria eu. Agora eu sou eternamente limitada a ser só metade de alguma coisa que nunca mais vai ser completa, porque eu fui burra a ponto de te deixar virar metade de mim. E aí, sem nem pensar direito, você foi embora. Quantas broncas você me deu pelos erros bobos, de menina insegura, que eu cometia. Quantas vezes eu quis que você me protegesse e você fechou os olhos pros meus problemas. Eu não amo você, não esse aí que eu tenho que encarar agora. Eu amo o que você me fez acreditar que você era. Amo o que idealizei de você. Fiz de você um principe encantado, e agora só consigo te ver como o aliado da madrasta má. Ou talvez eu não seja a princesa. Só acreditei que era porque tava tonta com seu sorriso.
É, isso mesmo, talvez eu seja a boba do reino. Então, acreditem: as bobas também sofrem. Por mais que a realidade tenha caido no meu colo, dói aceitar que foi tudo ilusão. Dói olhar no espelho mágico e ver o principe com a verdadeira princesa. Dói esse inferno de viver numa rotina desgastante de passar todos os segundos matando os quilos e litros e metros de esperança que existem dentro de mim. Pior que isso é ter que matar as esperanças que as pessoas tem na gente. Além do fato de ter que ser pra sempre algo incompleto, ainda tenho que convencer as pessoas disso. É sempre a mesma ladainha: "vocês ainda vão casar, isso é só uma fase". NÃO PORRA! Não é. Tá doendo, tá sangrando e quando sarar, se é que vai sarar, eu nunca mais vou querer arriscar a abrir esse machucado de novo. Acabou, porra. Parem com essas frases de efeito bregas e chatas que me dão falsas esperanças enquanto a realidade é uma só: ele tá pouco se fudendo.
Falem que eu vou encontrar outro, me aconselhem a entrar pro convento, se juntem comigo pra falar mal dele, mas POR FAVOR parem de se/me iludir. O final dessa história já aconteceu e só eu ainda tô aqui, parada na última página desse livro, esperando uma continuação que nunca vai existir. Não virou best-seller, meu bem, acabou no primeiro da saga e pronto. Acompanhem as novas aventuras do principe encantado, porém acostumem-se que, nessa história, a princesa de antigamente não passa de uma feinha qualquer, fazendo figuração.
Quer saber? Foda-se, nunca gostei da perfeição mesmo.
E é o que dizem: "o lobo mau te come melhor"

domingo, 27 de setembro de 2009

(In) Feliz seu dia.

Eu pensei: "é, segunda o dia vai ser triste e vazio. Tenho que distrair minha cabeça, se eu passar o dia todo trancada naquela porra daquele curso, estudando, não vou parar de pensar em que porra de dia é segunda". Fiz um milhão de planos pra não sentir sua falta amanhã. E aí? Tô sentindo ela toda hoje... Tanta, tanta, tanta que nem essa cor de gente saudavel, que o dia na praia me deu, tá tendo graça. Nem passar o dia na praia me animou! Tô um saco, falo de você o tempo inteiro, penso em você mais tempo que o tempo inteiro, não paro de cantarolar aquela música velha e brega que diz "espero que você esteja muito felliz, que pena amor, eu não posso fazer o que eu sempre fiz..." E desde que cheguei da praia tô postando só frases depressivas no twitter. Nego já não me aguenta mais. Daqui a pouco todo mundo me larga, igualzinho você fez. Me explica essa agonia de você? Desejo tanto que ano que vem tudo esteja diferente, melhor pra nós dois. Porque não é possível, meu Deus, não é possível que tenha acabado assim. Não acabou!! Então vai, passa seu dia com todos seus novos milhões de amigos, recebe todo carinho de todo mundo que pode te dar carinho e não esquece, por favor, não esquece que eu tô aqui. Posso não ser um belo presente, mas meu coração era a maior e mais valiosa coisa que eu tinha e, há muito tempo atras, em um dia que nem era seu aniversário, te dei e você nunca mais me devolveu.(Feliz seu dia, meu bem. Feliz pra você, pra mim tá ruim desde antes de começar.)

sábado, 26 de setembro de 2009

Surtando parte II

Quero te socar, te abraçar, te machucar muito, fazer carinho no seu cabelo, te matar, te encher de beijo, te ver sangrando, ver aquela cara de safado que só você sabe fazer, te chutar, te cheirar, nunca mais te ver, te ver toda hora. Quero que você sofra, que você me ame, que você nunca mais apareça, que você volte, que você pare de tanta complicação. Posso morrer amahã sabia? E aí, sabe o que vai acontecer? Você vai sentir minha falta! É, vai mesmo. Você sabe tanto quanto eu e as pessoas que dizem que a gente ainda vai casar que você vai sentir minha falta. Não quero só voltar a te ver daqui a quarenta anos quando eu tiver no mercado comprando o cereal dos meus filhos e você passar,´não quero trair meu marido com você e nem que você seja o padrasto dos meus filhos. Quero que você seja o meu marido e o pai deles. Deles todos. Quero todos meus filhos com cara de urso e cor da pele favorecida ate no inverno. Quero você logo, quero você nunca mais. Te quero e não te quero na mesma proporção. Duas partes do meu corpo pulsam e queimam implorando por você, meu cérebro quer te evitar até meus oitenta anos. Não quero te reencontrar só no asilo e viver com você um ano, até que eu morra e você fique sozinho de novo. Quero você amannhã. Ninguém entende nós dois separados, nem eu entendo. Duvido que você se reconheça com essa ai do lado. Você é você quando tá comigo! SÓ COMIGO. Eu sou metade de você, sou quase toda você e tenho que ser nada.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Para de complicar tudo, pelo amor de Deus e pelo bem da minha sanidade!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Seja o que Deus quiser.

Aconteceu exatamente como todo mundo disse que aconteceria. Não foi nenhuma surpresa quando as lágrimas deixaram de cair e eu me senti pronta pra levantar do tombo. Não foi surpresa também quando, em uma noite com um pouco mais de alcool, elas voltaram só pra me lembrar que tá passando, sim. Mas que eu ainda não tô boa. Tudo bem, aceito as condições e as regras desse jogo. A idéia é que tudo passe aos poucos e é aos poucos que tenho levado. Me entupi de outros no começo, agora me encho de mim e continuo seguindo. Já faz mais de um mês que eu sei de tudo. Mais de um mês que eu entendi que você levou a sério cada uma das vezes que eu te mandei ir ser do mundo e disse que ficaria aqui esperando. Quer saber? Aconteceu muita coisa. Senti tanta raiva de você! Mas aí, do mesmo jeito que a raiva veio, ela foi. Ficou só a sensação de que você foi, é e durante muito tempo vai continuar sendo a melhor e a pior coisa que já me aconteceu. Como eu disse naquele depoimento fofo que te mandei quando nossa história tinha dois anos e uma bagagem muito mais feliz do que complicada, você sempre vai ser o lugar onde eu encontro paraiso e inferno juntos! E aí, agora, em mim, a pergunta que não me deixa dormir e não cala aqui dentro: será eu continuo te esperando? Minha alma solta grita que não! Olha quanta vida eu tô vivendo desde que você partiu de forma oficial... Olha quanta história eu tenho pra contar desde o dia que minhas histórias não podem mais te dar o direito de me colocar pra baixo. Encontrei o mundo ou ele me encontrou, como quiser, mas fui acolhida por essa atmosfera boa de viver bem sem precisar prestar contas! Olha a vida aí, me gritando pra viver. Mas meu coração (sempre ele), burro que só, cochicha baixinho, só pra uma parte bem pequena de mim ouvir que atras dessa máscara de mulher que quer viver, de menina que quer crescer, de gente que tem sede de se descobrir, continuo sendo a sua garota. Continuo sendo a mesma boba que se arrepiava e sentia uma pontada de alegria no estomago quando você me apresentava como sua "mina". Coisa idiota, meu Deus! Mas que alegria me dava. Quando a história da gente saiu dos cantos escondidos da última quadra do colégio e foi parar na boca de todo mundo e você me dava a mão, sentindo orgulho de me ter do lado, eu mantinha minha pose de gatinha-super-segura-de-si mas soltava fogos por dentro. Quase a mesma sensação que me atingiu lá no fundo quando eu te vi chegar, lindo, pra comemorar comigo meu aniversário. Depois eu entendi, essa data não faz bem pra gente. Talvez tenha sido o último em que você apareceu, talvez não. Mas enquanto minha alma solta e meu coração burro travam uma guerra sem tamanho, eu apenas sigo com a maré. As lágrimas já não caem, mas acabaram de invadir meus olhos quando pensei na possibilidade do "nunca mais". É mais que certo que nem tão cedo, porém "nunca mais" é tempo demais até pro meu espirito que não anda gostando muito de prazos determinados, planos com data certa e sonhos interrompidos.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vinte e quatro coisas pra fazer antes de namorar outra vez.

Não, meu bem, eu não vou te namorar. Além de você ser um louco, ciumento que pensa que é meu dono. Eu ainda tenho que:

1) Dançar em cima de um balcão de boate - Aaah, gente, aquela dancinha na minha festa de quinze anos não contou. Meu sangue piriguete me pede uma cena dessas.
2) Tomar outra garrafa de tequila - (dessa vez sem a ajuda da Carina) Foi a pior ressaca da minha vida, mas os flashs de lembrança que eu tenho são as minhas melhores memórias.
3) Beijar o maior número possível de caras numa noite só. - E não pensar em nenhum ex enquanto faço isso.
4) Voltar a ser a boa e velha rata de academia.
5) Achar por aí e colar cada pedacinho do meu coração que eu fui deixando pra tras.
6) Cortar o cabelo igual o da Alinne Moraes - Tá lindo, não tá?
7) Perdoar as vinte sete pessoas com quem estou brigada - Ou pelo menos uma parte importante delas.
8) Pedir desculpa pra mais aproximadamente vinte e sete pessoas com quem briguei - Ou pelo menos pros que mereçam.
9) Arrumar um melhor amigo ou muito gay, ou muito galinha - (o Gustavo não conta, ele é só meio gay e no momento tá namorando, então ele fica só no posto de melhor amigo sem adjetivos) Eu sempre quis ter um melhor amigo gay pra me dar conselhos de maquiagem e falar mal de homem comigo, ou ter um amigo tão galinha que não ligue pra ter que curar minhas secas de vez em quando, mas no dia seguinte volte a ser só o meu melhor amigo galinha.
10) Perdoar de coração todos meus ex's. - Sejam eles casinhos de infância, ficantes só de curtição ou os dois namorados mais sérios que eu tive. Perdoar por me usarem pra aparecer. Perdoar por terem sido cachorros e me feito chorar. Perdoar por acreditarem em alguém que não seja eu, perdoar por tentarem me enganar e manterem vidas duplas. Perdoar por me perderem.
11) Me desculpar sinceramente com alguns dos meus ex's. - Sejam eles casinhos de infância, ficantes só de curtição ou os dois namorados mais sérios que eu tive. Me desculpar pelas vezes que os machuquei, pela rapidez que fui de um pro outro, me desculpar por sempre estar com um e voltar correndo assim que o de sempre me chamava. Me desculpar por ser fraca e por apesar de ter gostado muito de alguns, ter sido completamente apaixonada por outro, só ter amado, de verdade, um deles.
12) Virar três noites seguidas. - De toda a lista, até agora, essa me parece a missão mais impossível.
13) Arrumar uma melhor amiga completamente maluca - Que me enfie em buracos que eu nunca imaginei pisar, onde tenha cerveja barata e música boa e quando o dia tiver amanhecendo me leve pra praia e me mostre que a vida não é nada desse drama que eu faço parecer.
14) Entrar pra faculdade - Ou fazer alguma coisa que seja tão adulta quanto isso.
15) Rir da cara dele, quando vier arrependido me pedir desculpa e falar que o destino da gente é ficar junto. - Percebeu isso agora, benzinho? Bom, o destino da gente ERA ficar junto. Quem foi que disse que a gente não manda nele?
16) Comprar um vestido de trezentos reais - E não pensar que poderia estar comprando, pelo menos, três outros vestidos no lugar desse.
17) Virar uma profissonal da moda - Finalmente!
18) Criar coragem e cortar a franja do tamanho que ela era quando eu tinha quinze anos - E usa-la de novo daquele jeito.
19) Ir pra um bar cheio de gringo e fingir que falo a língua de todos eles - E ter a língua de alguns enfiada na minha boca.
20) Dar um churrasco de onde ninguém saia sóbrio. - E nele mesmo dar um porre na Amanda e convencer a Carol Magoga a chegar em algum garoto.
21) Nadar pelada.
22) Não me sentir culpada por querer outros caras.
23) Fazer uma tatuagem. - Que tenha um significado lindo e me dê forças pra uma vida totalmente nova.
24) E, finalmente, me apaixonar, de novo, a ponto de ficar burra, cega, boba, tonta, sem ar. Achar catarro lindo, arroto fofo, cara amassada de sono perfeita, frases mongoloides o ato mais romântico que tem, sonhar acordada, dormir e sonhar mais. Sentir frio na barriga, perna bamba, pulmão perdendo a força. Me apaixonar a ponto de querer que o cara seja o pai dos meus filhos e montar com ele o apartamento onde criaremos nossa família. - HAHAHAHA, tá aí, uma coisa que me parece mais difícil do que passar três noites acordada.

Se quiser esperar, eu tenho seu telefone, fica com ele por perto. Mas vai demoraaaaaaar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um salto 13 e, finalmente, uma dose de mim, por favor!

Minha infância foi regada de muita CarlaPerez, muito "segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan, tchan, tchan, tchan, tchan" e essas coisas. Não sei ao certo que idade eu tinha quando ganhei meu primeiro tamanco assinado pela loira bunduda que era a inspiração da minha pouca idade, o que eu sei é que aqueles saltinhos de nada, mais o fato de ter um salto nos pés do que o salto em si, fizeram eu me sentir mais mulher. Ou menos pirralha. Não foram poucas as noites que reunia todo mundo na sala, botava meu menor short, as luvas até o cutuvelo que vieram junto com a boneca que era do meu tamanho e fazia todos passarem looongas horas me vendo dançar "igualzinho a Carla Perez". Uma vez meu pai querendo dar exemplo de como era importante estudar me mostrou algo na televisão e eu disse que não corria risco daquilo acontecer comigo, afinal de contas, se tudo desse errado, eu sabia rebolar igualzinho aquela gostosona e ainda por cima de salto alto! Também não foram raras as tardes que me infurnava no armário da minha mãe e saia martelando o chão de casa com aqueles saltos enormes dela. Sonhava com o dia que poderia ter tantos sapatos altos como a minha mãe tinha. Cresci e na flor dos doze anos (com cara de quinze) era a rainha do salto alto. Nas já primeiras festinhas pré-adolescentes onde quase todas as garotas ainda usavam suas sandalhas da Sandy, lá estava eu arrasando no salto de madeira, de cerâmica, de qualquer coisa, desde que fosse alto. Não que minha mãe fosse uma sem noção que deixa a filha sair igual uma maluca de novela pela rua, claro que não, muito pelo contrário. Minha mãe e todo mundo tinha plena consciência de que A) meu gênio leonino não me deixaria por nada ceder aos apelos de todos, uma vez que, eu com meu corpo super-desenvolvido pela puberdade, eu tinha tamanho/curvas o suficiente pra bancar aquele tipo de sapato. B) não é que eu ficava bem naquele negócio? O tempo foi passando, as que antes me invejavam, porque a mãe não deixava usar nem plataforma, foram ganhando os primeiros saltos 4 e eu lá, no topo do mundo. Até que conheci e fiquei com ele. No começo eu abusei mais ainda dos meus bons e velhos companheiros. Acreditava que ficava mais bonita com eles, mas no fundo só me sentia mais dona do mundo. No nosso primeiro beijo, eu tava com o sapato que eu mais gostava. E ele era bem alto. Porém a vontade de só ficar do inicio, virou um encantamento absurdo. De repente, eu não queria mais ser a mulher-fatal-que-passa-e-deixa-todo-mundo-babando, eu só queria ser a mulher feita pra ele. Entende a diferença entre mulher suficiente pra ser dele e mulher feita exatamente pra ele? Eu queria que ele me olhasse e pensasse "essa foi feita sob medida pra mim". E vamos combinar, o garoto que olha pra uma menina com dois metros de perna, numa mini-saia e o cabelo arrastando na cintura não, exatamente, pensa que ela vai ser a mãe dos seus filhos. Então, veio a grande tranformação. Enquanto as outras iam cada vez mais pras alturas, eu desci e assumi meus humildes 1,57m. Mas assumi também, aos poucos, o posto de namorada do gato da escola. Percebi que ainda que meu posto de gostosona tivesse sido tomado pelas minhas amigas usei-sandalha-da-Sandy-até-a-sexta-série, eu era a feliz do grupo. E durante anos eu fui mesmo. Só que tudo na vida acaba. O mar de rosas virou um mar numa puta de uma ressaca e ai então...secou. Juntei s pedaços de mim com o resto de dignidade que me restava, e empinando o nariz mais do que sempre, pra parecer mais gente do que uma simples garotinha de rasteirinha e calça jeans, pulei fora. Logo na primeira night veio o susto, eu tinha desacostumado a ser a garota-fatal. Uma sensalçao gigante de que eu não deveria estar ali, em cima daquele salto bizarro, naquele lugar cheio de fumaça e gente feliz, me invadiu. Mas ela só ficou em mim tempo suficiente pro meu cérebro resgatar memórias que o namoro longo tinha excluído de mim. Eu era aquela. Não a louca que sobe em mesas e toma porres apavorantes, não a namorada submissa que se esconde atras do namorado e vive a vida dele até ser dipensada e virar a melo-dramática que se tranca no quarto e chora até ter crise de asma e parar no hospital, não a esculhambada que vai pra qualquer lugar de all star e não vê problemas nisso. Eu sou uma garota que tem dentro de si vários jeitos, várias personalidades. E enquanto, no dia seguinte, eu entrava na terceira loja em busca do quinto par de saltos, eu soube: a maior herança de um grande amor que acaba é sempre aprender mais um pouco sobre você mesmo. E claro, aconteça o que for e seja por quem for, nunca deixe de lado o seu salto alto, ou qualquer que seja a coisa que te faça se sentir bem. Nada ameniza a sensação de estar perdida em um mundo que sempre foi o seu.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mensagem direta.

Vim, hoje, falar com você que é o reponsável por toda minha dor. Não é ele, não é ela, não são todos os outros que me dão ainda mais certeza do quanto sou dele. O culpado de tudo é você, Coração. Por que não se aquieta e deixa cessar meu luto? Por que não fica um pouco mais durão? Sossega, Coração, o que é teu lhe há de vir. Doeu ai, bem no fundo de você, ora, como eu não iria saber? Também senti essa dor, chorei as lágrimas que te faltaram e sofri a mesma perda que sofreste. Em horas assim, sei como é, o mundo nos parece sem vida e sem cor. Abra os olhos, meu Benzinho, a vida e as cores nos esperam. Acalma, Coração, o futuro não é tão ruim quanto estão pintando. Não nascemos grudados nele e não morremos com a separação. Não tem porque sofrer porque , novidade, agora ele pertence a outra! Já não era nosso, Coração, desde quando ainda devia ser. Se conseguimos seguir em frente, por qual motivo daríamos vinte passos pra tras? Sossega, Coração, que teu pranto só espanta quem tão bem quer lhe fazer. Além do mais, não o perdemos por inteiro, Coração, ele ainda nos quer bem. Então, nada de pirar agora e me fazer ficar tão vermelha por botar pra fora esse teu pranto entalado. Somos forte, Coração. O pulmão não é, mas você sim. Eu não, mas nós dois, juntos, sim. E ainda temos ajuda desse outro, já reparou, Coração em como você bate rápido quando esse outro sorri? E quando ele chega perto demais, respirando devagarzinho e fechando os olhos? Já reparou em como o pulmão quase para de funcionar? É disso, Coração, disso que a gente precisa. Novos ares, novos eles, novo motivo pra bater, novo inferno pra viver. Então, te aquieta, meu Querido, e vamos deixar acontecer. Só sossega, Coração, que foi melhor assim. Pra ele, pra você e pra mim.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Estrada de palavras.

Eu deixei avisado antes. Olha, eu tenho mania de escrever do passado, de curar frustração com texto. Não é nada com você, não. Olha, as vezes me bate uma crise de identidade braba e aí eu faço qualquer loucura pra voltar a ser quem costumo ser. Eu sou insegura, apesar dessa pose toda. Sou ciumenta, bipolar. E quando eu resolvo me dedicar, me dedico o máximo que eu posso, não que isso seja cem por cento, eu só fui cem por cento uma vez na vida, e deu errado. E é exatamente por esse fato que eu nunca mais consegui ser cem por cento em nada. Mas eu me esforço. Então, você está avisado, goste de mim pelo meu esforço de fazer dar certo e não pela minha total dedicação, porque por mais que eu queira, essa dor entalada na minha garganta não me deixa ser inteira. Eu listei quase todas minhas velhas manias antes. Colher no copo do Nescau e tomar banho de chinelo só são algumas. Só que eu sinto tanto medo de me entregar e dar de cara na parede de novo, que prefiro que você escute, por mim e logo, todas minhas esquisitisses. Escrever sobre o que deu errado e passou é outra delas. Eu não engano ninguém sobre o porquê dessa mania de escrever. Escrever é sim o jeito mais fácil de aliviar meu peito inquieto, seja a inquietação por ódio, amor, dor... O fato é que agora tá difícil segurar aqui dentro meus pensamentos, e antes de expor a todos, queria que você entendesse, tudo com você continua exatamente igual. Acontece que ele é um buraco na estrada da minha vida. Sabe, quando a gente vai fazer uma viagem longa e se informa antes sobre a estrada pra não ser pego de surpresa por nenhuma curva perigosa demais e coisas do tipo? A gente sabe que vai passar por dificuldades no caminho, curvas, subidas perigosas, descidas arriscadas, mas pelo menos as conhece superficialmente. Eu tinha a estrada da minha vida sob controle. Sempre tive, descia e subia com a mesma facilidade. Só que de repente não foi uma curva que me assutou, foi um buraco. Gigante. Que surgiu do nada. Não estava no planos. Me fez desviar do caminho certo e tirou meu rumo. Perdi a direção, o controle... Coisas assim deixam a gente com uma ferida eterna. Me desculpe se isso encomodar você tanto quanto encomodou o último cara importante que passou por mim, mas eu jurei que quem gostasse de mim, depois desse último, deveria gostar com meus defeitos, assumo ser um defeito essa mania de palavras, mas ainda assim é uma coisa minha, que eu não consigo largar. Em cada dose de você eu sou menos dele, mas ainda assim há tanto dele. Em cada tarde de você é menos uma saudade. Mas ainda assim há tanta saudade. E eu sei que não é legal ouvir isso. Mas eu sei que você também tem seus buracos passados e você sabe que as maiores culpadas por essa nossa sintonia toda são as nossas dores. Eu quero e repito pra mim, pra você e pro mundo que quero, cada dia ser menos dele e mais sua. O medo de tentar tenta me impedir de entrar nisso, mas tentar é meu único modo de continuar aqui, nessa vida. Anjos existem e você é a maior prova disso. Ele é e sempre vai ser o inferno do meu paraíso, a minha maior frustração e a pior dor que eu já senti. Você ainda vai ouvir falar muito disso. Não se assuste, essa sou eu. Cabe ao nosso futuro fechar esse ciclo vicioso de sofrer pra escrever.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Amorzinho.

Verdade é pra falar. E são tantas. Eu não esperava esse sentimento de novo. Não mesmo. Alias, eu queria me trancar pra ele. Mas é o que dizem "vem quando a gente menos espera", bom, eu até esperei, esperei muito. E aí, logo quando tudo o que eu queria era night, bebedeira e aproveitar minha tão esperada identidade verdadeira... aconteceu. Quer dizer, aconteceu de aparecer uma possibilidade dele nascer de novo. Ele ri das minhas piores piadas, e olha que eu contei umas bens ruins pra ver se ele ia rir de qualquer uma mesmo. Tá sempre tão cheiroso, tão atento. Cada ligação faz o ar sumir, e pela primeira vez depois de anos, isso significa felicidade. Ele chega e buzina e só isso, que ridiculo, faz eu me sentir tão especial. Sorri tão lindo quando eu entro no carro que meu coração quase esquece de bater. Enrola tanto pra ir embora, que se a gente pudesse não ia embora nunca. Nossos perfumes, só Deus sabe quantas vezes eu sonhei com isso no passado, misturados formam um outro perfume tão bom quanto. E o apelido? Coisa mais linda ele falando com aquela vozinha de homem o apelido que ele me deu. Coisa mais linda ele me dar um apelido! Parece que a gente se conhece desde que eu nasci. Parece que ele me conhece desde antes de eu nascer. Coisas que eu sempre sonhei em ter, em viver... de repente, me parece tão irreal não te-las vivido. Afinal, eu já namorei, não é?! É tudo tão diferente. Pequenos detalhes, bobos até, que fazem uma diferença gigante, pra mim, que pretendia fugir de qualquer começo durante um bom tempo. Eu aviso o tempo todo "você não vai gostar quando eu me apaixonar" mas cada atitude, cada carinho, cada piscada de olho me leva pra esse caminho. E aquele sorriso? Impressionante como qualquer coisa fica ofuscada quando ele sorri. E ai, sair depois dele, que descoberta, perdeu a graça! A prova de que basta a gente se abrir pro Universo, que ele conspira por nós. Verdade é pra falar. E a maior delas é que o plano inicial era evitar o amor até ter uns trinta anos. Mas a vida prega peças bem grandes na gente, e quase sem eu perceber ou querer, em pouco mais de uma semana, alguém apareceu me oferecendo numa bandeja a oportunidade que, durante anos, eu esperei e não tive. Então, como o combinado: sem planos, só momentos. E seja o que Dues quiser.


(Baby love, rs, eu sei que você vem aqui o tempo todo, toda hora. Dois em sete dias. Esteja preparado pro pior. rs)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Malemolência.

Senhoras e senhores, queridos (ou não) leitores, eis que hoje farei diferente, assim como tenho feito na vida desde a última semana. É, eu sei, pra você ai sentando na sua cadeira, com sua vida confortável, uma semana não é nada. Acredite, querido amigo, pra mim uma semana foi tudo! Hoje vou falar de mim, na primeira pessoa mesmo, e direto pra vocês, pessoas iluminadas que vem aqui de vez em quando, nem que seja pra dar uma espiadinha. Nada de texto "pra ele" ou "sobre ele". Hoje somos nós: eu, vocês e a história da minha mudança de vida. É como dizem os sábios: as vezes você precisa de um grande choque pra acordar pra vida! Bom, na verdade, eu não sei de nenhum sábio que tenha falado isso, mas falando que foi um sábio fica mais inteligente, enfim, tomei um choque daqueles bem ruins, do tipo tô passando na rua, cai um raio, arrebenta o fio de luz e ele cai na poça que eu tô passando perto e ai, puuum! O maior choque do mundo. Foi assim... Acordei, né?! Afinal, tudo que acontece, acontece por alguma razão. E alguém lá em cima, mais dia menos dia, vai ter que me dar uma explicação bem boa sobre essa onda de acontecimentos inesperados na minha vida, mas enquanto esse dia não chega, eu resolvi acatar a lição e acordar da ilusão. Fala sério, eu achei mesmo que ia casar, ter filhos e morrer do lado do meu namorado do ginásio? Jura que eu perdi noites sonhando com isso? Em que mundo eu vivo? Alou, sua louca, aqui nesse mundo, nesse planeta, amores eternos duram três meses e olhe lá! Aqui onde você vive, seu namorado, melhor amigo e melhor coisa que já te aconteceu de hoje, amanhã é a pessoa que mais te odeia na vida! Voltando ao ponto (minha mudança, caso você não se lembre), o primeiro passo pra minha grande virada foi decretado pelas minhas amigas: uma grande balada! Mas pera aí, balada? Eu sei, você tá ai pensando balada ela vai todo final de semana! Não, amigos, elas tavam falando de uma BALADA dessas com copo de vidro e tudo. Fui eu pra tal balada "de verdade". Me sentindo linda, vale ressaltar. E aí, chegamos ao segundo passo da minha mudança, acreditem, eu resolvi, sozinha, que naquela noite não cairia. Nada de chão sujo de banheiro, nada de acordar com dor de cabeça e morta de vergonha de mim: pouco álcool e muita dança, disso que eu precisava! Quanto mais eu dançava, mais eu queria dançar. O problema é que homem na night só pode ter um dispositivo que indica qual mulher tá se achando mais, e vai direto nela. Nunca sacudi tanto a cabeça negativamente na minha vida! Oi, eu só quero dançar, beijos não me liga! O segundo problema é que sempre tem um filho da puta bom de papo que te convence a dar pelo menos uma conversadinha no canto. Não é que o filho da puta era bom mesmo? Tão fofo, um sorriso tão de criancinha (não sei explicar esse meu fraco por homem com cara de criança, deve ser algum problema mental, trauma de infância, sei lá...) , tão simpático e uma voz tão de meiguinho! Então, chegou a hora do terceiro passo: ele pediu meu telefone e, pela primeira vez na vida (!!!), eu dei o número certo pra alguém que acabei de conhecer. De novo você está se perguntando de que mundo sou eu que nunca tinha dado telefone pra ninguém, né?! Bom, quando não pediam meu orkut, msn, icq e sei lá mais quais tecnologias, eu achava (continuo achando) que era/é intimidade demais dar meu telefone de cara. Sem contar, claro, na fase que minhas amigas davam telefone por aí, eu namorava e namorava sério. Com um cara só. E que já era meu amigo antes, ou seja, já tinha meu telefone quando resolveu me desenrolar. Logo, tive pouco tempo (quase nenhum) pra esse tipo de experiência. Só que o mais incrível, querido amigo, é o que está por vir: ELE LIGOU!!!!!! Nossa, anos ouvindo que caras não ligavam, que fulana esperou o ciclano ligar, esperou tanto que virou múmia e ele nunca ligou... Não imaginei que daria essa sorte logo de primeira. Mas, como eu já disse nesse blog, Deus apronta poucas e boas comigo, mas também é bom em me recompensar. A voz meiguinha, no telefone, é ainda mais meiguinha, daquelas que dá vontande de ficar junto embaixo do cobertor, vendo filme e comendo pipoca num dia frio. O papo, que na noite anterior foi brutamente atrapalhado pela música alta, pelos amigos bebados e pela hora de ir embora, fluiu leve... o que me impressionou mais ainda, levando em conta que a última coisa que eu tive nos últimos seis anos de vida foi leveza. E a vontade de conhecer mais, inteiro, de cabo a rabo, que já era uma coisa curiosa dentro de mim, virou quase uma obsessão, se não fosse tão leve, tão natural... Loucura, eu sei. Vieram as concidências: surf music, Bones, batata do Outback sem bacon, Coca-zero, não enxergar sem os óculos e ainda assim sair sem eles, praia, mar, Lua, lasanha de quatro queijos, acreditar em Deus e não em uma ou outra religião. Muita informação pra primeira ligação, falaram minhas amigas, mas era uma sede tão grande de um conhecer o outro... Então, veio o a quarta e, até agora, última mudança: sabe aquela pergunta que vocês se fizeram ali de cima "em que mundo ela vive?", pessoas assim me fazem gostar de acreditar que ruim não é o mundo, ruim são os corações de algumas pessoas que vivem nele. E, a partir de agora, enquanto eu for presenteada no meio de uma "night de verdade" com bons corações, vou sempre acreditar que se não deu certo com o namorado do ginásio, talvez dê certo com o próximo. Seja ele quem for.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aos que já se foram.

Se ele não tivesse brigado com a mãe, se ele tivesse se cuidado, se o remedio fizesse efeito... A dor de todos eles ao perde-lo seria menor. Se elas tivessem atravessado no sinal, se ele não perdesse o controle do carro, se todas elas conseguissem subir na calçada de novo, perde-las não seria tão dolorido. Se eu não tivesse passado ali, se não tivesse resolvido voltar pra fazer o caminho contrário, se eu não tivesse ligado, convidado, comprimentado... A dor de perder você seria menor. Vidas que dependem do "se..." pra continuarem presentes em mim. Se o cancer que foi amar durante uma vida inteira uma mesma pessoa, por mais que Deus tenha colocado outras no meu caminho, não tivesse me corroído até a alma, hoje eu não seria madura e tranquila pra encarar tantas surpresas da vida. Se o vazio que foi perder tanta gente querida não tivesse me invadido em momentos diferentes da vida, pra me lembrar que essa é curta demais, hoje eu poderia ser de novo a garotinha esperniando e fazendo pirraça pro mundo. O fato é que ninguém acredita nessa evolução. De uma semana pra outra, foram tantos choques e acontecimentos, que se falassem que anos se passaram, eu acreditaria. Amadurecer. Deixar de ser o que era pra se transformar em quem deseja ser. Simples assim, sem dor, leve... Porque é assim que a vida deve ser! Morrer não é o difícil da vida, pior que morrer é matar dentro de si quem está muito vivo do lado de fora, ou aceitar a morte de quem deveria estar vivo. Fatalidades pelas quais se tem que passar pra crescer. Tem gente que foi embora da minha vida muito cedo, e de verdade, deveria estar por aqui ainda. E essa dor é daquelas que ninguém pode me tirar. Quanto aos outros tipos de 'morte' que tive que encarar, sinceramente, não vale a pena sofrer. E nos dois casos o principio é o mesmo "foi tudo bom demais, mas seja pelo motivo que for, acabou". Aos que já se foram fica aqui a homenagem mais que merecida e o agradecimento por terem feito parte da minha vida. Elas, você e todos os que passaram por mim e deixaram esse lugar. Seguir em frente, não necessariamente significa superar, mas é só o rumo certo a ser tomado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Não quero armas.

É assim mesmo, a gente se decepciona com as pessoas. Se decepciona com a gente mesmo e com o mundo. Até com Deus quando é muito grave. O que salva em meio a tantas decepções são as lições que aprendemos e o quanto somos capazes de amadurecer com isso. Hoje eu me tranquei no banheiro, liguei o chuveiro pra ninguém me escutar e chorei a minha alma. Chorei até me sentir vazia. Até o aperto no meu peito virar nada, até sentir meu coração dormente. Chorei muito mesmo, logo eu que já me machuquei tanto na vida, chorei tanto quanto nem sabia que dava. Mas me prometi que seria a única vez que eu ia chorar por essa história. Quando não tinha mais lágrimas, eu entrei no banho, lavei meu rosto, meu cabelo, e sai de lá a mesma de antes, sem coração partido, sem tristeza entalada na garganta, sem agonia no peito, porque por mais que meu coração tenha se despedaçado, por um breve momento, a vida continua e eu me recuso a parar de viver, mais uma vez. Talvez essa seja a minha herança de tantos anos numa mesma história sem fundamento: aprender que sou forte, sou capaz e que posso comigo mesma. Não sei se ainda é o estado de choque que me faz ser tão madura como estou sendo, ou se eu, realmente, aprendi alguma coisa nessa vida. O que sei, hoje, é que eu queria sim a chance de reescrever uma história que ficou com final mal contado, e acreditei mesmo que teria a oportunidade, mas felizmente, o mundo não é só o meu umbigo e enquanto eu me lamentava tanto por todas as coisas dessa vida, a vida do outro continuou. Por isso, agora, só o que eu quero é viver mais. Me prendi muito tempo na idéia de me mostrar melhor, fiquei presa em esperanças que, sinceramente, percebo que foram dadas por pura maldade, pura vingança, sentimento de superioridade, nunca poder sair mal de uma batalha. Mas e dai? Eu adimito, perdi a guerra e ela acaba aqui. O daqui pra frente depende, única e exclusivamente, de mim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A metade da minha barra de chocolate (Odeio laranja)

Eu senti essa crise de existência se aproximando. Bom, primeiro pelo óbvio: tenho o maior sentimento do mundo no peito, e contrariando tudo que empreguei durante dezoito anos de vida, preciso matar um pouquinho dele a cada dia pra continuar vivendo. Depois, e não tão óbvio assim: bem, todas, absolutamente todas as pessoas insensíveis-não-merecedoras-mesquinhas-e-babacas ou, simplesmente, feias que eu conheço estão namorando. É sério! Fulano traiu a ex-namorada com a fulaninha tal, com a outrinha, e a outrazina.. o estado civil dele hoje? Namorando. Fulana trai o pobre do namorado como se tivesse bebendo água, mas final de domingo, quando bate aquela depressão e peguete nenhum dá jeito, ela tá onde? Com o namorado. A outra, tadinha, nem pediu pra nascer feia, mas chega a doer a vista quando olham diretamente pra ela.. tá o que, o que, senhoras e senhores? Namorando. Encontrou alguém que valorizou a beleza interior dela (que vamos combinar, deve ser muuuuuito bonita mesmo, porque só assim..) Então, diante dessa chuva de amores repentinos, relacionamentos felizes, e feios se sentindo a última bolachinha do pacote, só me resta o triste e doloroso questionamento: e eu? Cadê o maldito do amor da minha vida, minha gente? O pior nem é essa pergunta, o pior mesmo é que eu sei a resposta. Tá bem ali, boba.. Tão perto e tão longe. Ele (porque, apesar de tudo, Deus tem algum amor a minha pessoa e sabe o ser depressivo que criou) não tá namorando, nem com ninguém muito sério. Pelo menos, não que a idiota aqui saiba. E graças a Deus (repetindo: Ele não é nem louco de aprontar uma dessas comigo) o amor da minha vida deixa bem claro, mais cristalino que a água da Lagoa Azul, que me ama. Mas tão claro quanto o fato de me amar, é também o fato de que além de indesejado, esse amor também é desprovido de planos futuros, ou seja, se eu quero entrar pra estatística e ser mais uma pessoa com um relacionamento sério assumido, devo escolher entre o amor da minha vida e... um namorado! Ok, eu explico o termo 'relacionamento sério assumido': relacionamento e sério a gente tem um com o outro já se vão uns bons anos aí. Já foi assumido, é verdade, mas a vida é feita de escolhas e no calor de momentos diferentes, cada um priorizou o que julgava ser importante, conclusão disso? Nós dois, aqui, com o maior sentimento do mundo no peito e uma barreira gigante de orgulho, medo e mais orgulho entre nós. Ou seja, a gente se relaciona, e por mais que a gente queria fingir que é leve, sem cobranças, sem comprimisso, só amizade... Não adianta, basta um pisar na bola pro outro ficar puto, basta um "tentar viver longe" pro outro parar a vida e esperar... E se isso pra vocês, não é coisa séria, perdoem minha ignorância. Fica faltando ai o termo 'assumido', que é todo o X da questão. Assumir nunca mais, né Sr. Amor da Minha Vida? Assumir pra que? Namorar pra que? O que vão falar de mim, de você? Dois idiotas que desculpam as maiores pisadas de bola do mundo. Nananinanão, se tem uma coisa que o amor da minha vida não suporta é ser chamado de idiota. E o amor é pra idiotas, né? Então, ele me ama secretamente. Se alguém pergunta, ele nega. Só pra mim ele fala, só eu sei que tudo que eu sinto é recíproco. E agora, José? Bom, nunca fiz muito parte da maioria, com treze todo mundo tava no primeiro beijo e eu já tava beeeem mais pra lá do assunto, com catorze todo mundo ia pra matinê e eu tava em casa curtindo namoro fofo e vendo filminho grudadinho, com quinze todo mundo dançava valsa com o amigo gato, o primo bonito e eu com meu namorado de longos anos... Porque logo agora, com dezoito, eu faria questão de me encaixar nos padrões de todo mundo? Tá namorando é, insensível-não-merecedor-mesquinho-e-babaca? Arrumou um São Jorge pra te aguentar é, Dragão? Foda-se, de todos esses relacionamentos-relâmpagos nem meia dúzia vão acabar em amores bonitos e duradouros, o que eu, que nem tenho namorado nem nada, com certeza possuo.
Te amo, Amor da Minha Vida, apesar de tudo e enquanto tiver que ser.

sábado, 8 de agosto de 2009

24 horas.

Acordei com o peito dolorido de tanto forçar pra conseguir respirar, acordei com a cabeça doendo de tanto fazer planos pra te ver voltar, acordei em mais um dia comum querendo ser toda você mais uma vez.. Vou dormir rezando pra me manter respirando e acordar cada dia menos e menos você. As coisas mudam, mesmo quando você não faz nada pra que isso aconteça.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

De-saba-fo. (Assim mesmo, sem separar o "saba")

Em cada decepção passa um pouquinho. Em cada dia sem notícias, em cada palavra de amor engolida.. aos poucos vai passando, e eu sabia que seria assim. Não faz diferença amar tanto ou quase nada, esse amor já não importa mais, e cada dia meu corpo tem mais conscinência disso. É como o principio dos alcoólicos anônimos: "mais 24 horas". Mais um dia sem aquela crise toda de abstinência que me dava de você, mais um dia sem pensar tanto, sem agir tanto de acordo com os seus limites. Menos um dia sendo mulher pra você, mais um dia tentando voltar a ser a mulher que eu sempre fui. Não tá sendo fácil, mais difícil que isso só te amar tanto em troca de nada. Em cada "outra", o coração ameaça sangrar de novo. Em cada carinho que o mundo ganha e eu não, a voz ameaça sumir, mas (bem) aos poucos eu consigo tomar as rédeas de mim mesma, num ritimo bem lento eu vou sentindo voltar aqui pra dentro a Jéssica de sempre... A auto-estima tá no chão, o coração tá aos pedaços, mas a vontade de ser feliz tá grande e vai superando cada obstáculo. Obrigada por me ensinar que entregar tanto o corpo, a alma e o coração pra alguém não termina em coisa boa. Obrigada por me preparar pro futuro. A gente nunca vai poder dizer que você não teve função nenhuma na minha vida..

domingo, 2 de agosto de 2009

Pra ninguém entender.

Quanto tempo vai demorar pra gente entender que esse olhar todo, esse calor todo, esse querer todo que transparece toda vez que estamos perto, é mais que saudade? Vai demorar muito pra você aceitar, de vez, a realidade? Sabe, eu não gosto muito de esperar, é aquela boa e velha conversa sobre ser leonina, imediatista e sem saco. É tanto olhar que enudece, tanta palavra que arrepia, tanta garganta sem voz... É felicidade por amar, tristeza por amar, vontade de amar mais, menos, não amar. Eu aqui querendo brincar com o fogo e sair muito mais que queimada, e você ai se fingindo de gelo. Engane outra, não a mim. Você esquece que fui eu quem ascendi a fogueira. Esquece que essa brincadeira, pra mim, já é manjada. Eu querendo calor e você se esforçando pra emanar frio, eu querendo perigo e você fingido ser seguro. Esqueceu que nos apaixonamos por sermos extremamente iguais. E não, meu bem, eu não sou segurança, não sou gelo. Eu sou o perigo que te divertiu milhares de vezes onde quer que fosse o lugar, o calor que te esquentou nas noites frias, e mais ainda nas quentes. Você não engana nenhuma parte de mim quando aparece com essa cara ensaiada de amiguinho. Você não engana nem a você mesmo. Frieza e segurança são ótimos aliados quando se está numa guerra, só o que você não percebe é que o que está travado entre nós é o oposto da guerra. É só amor. Por mais destrutivo e suicida que isso possa parecer.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

A.I.M

Você não quer meu mal, eu sei. Mas acontece que eu não posso te querer perto, é errado. Você, mesmo sem perceber, só me faz mal. Eu sei, eu não sou essa, não sou assim.. E você só quer me ajudar a voltar aos bons e velhos tempos, mas você faz isso de um jeito rude, você me machuca, me prejudica, me deixa mal.. Olha, pode ir, eu juro que me viro sozinha. Você viu o que você fez aparecendo no meu aniversario? Quem percebeu que você tava lá, ficou tenso, nervoso por mim e me olhando com olhinhos de pena. Eu odeio que me olhem com pena, mas você causa esse efeito nas pessoas. A gente se conheceu quando eu era muito novinha, e você me proporcionou momentos de muita alegria, eu reconheço isso, tá? Mas agora os tempos são outros, e o que eu preciso é que você me dê espaço. Eu já fiquei boa de você outras vezes, mas dessa vez precisa ser definitivo. Meu corpo já não te sustenta mais. Grita que preciso escolher entre eu e você, e apesar da nossa separação ser difícil, entre ceder as suas chantagens emocionais e morrer, ou sofrer um pouco, mas permanecer viva, a vida ganha, meu bem. Vida essa que vai ser de sacrificios, dores e dias de luto, mas no fim das contas, é viver sem você, ou morrer sua amiga. Além do mais, quando nos conhecemos seu efeito sobre mim era bem melhor. Você me deixou tão fraca e sem defesa que nem o seu poder é tão poderoso assim comigo hoje em dia. Você precisa ir embora, por favor. Toda sexta eu vejo várias pessoas que te conheceram e sofrem até hoje, vinte, trinta anos depois da sua passagem, os estragos que você causou. Eu já tô machucada demais, doente demais.. vai embora, tô pedindo com carinho, grata pelas inumeras vezes que eu precisei e você não falhou. Eu vou alcanças meus objetivos, vou viver uma boa vida, eu juro.. mas pra isso eu precisava te mostrar que a venda que você me colocou caiu, e que agora só o que eu preciso de você é a sua ausência.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Only one wish..

Ela fugiu da realidade de estar ali. Fugiu do medo de ser sozinha, da insegurança de não ser nada pra ninguém. Fugiu do desprezo do cara que ela mais amou na vida. Fugiu do amor também, já que ele só trouxe dor. Deu ao mundo, o que julgava ser, o maior presente que poderia dar: sua ausencia. Não morreu porque, em sua visão deprimida, nem Deus a queria por perto. Mas estave ausente. Não mais se ouvia sua risada alta, não mais a escutavam cantar. Ela estava ali, mas era como se não estivesse. Vivia em seus livros. Romances, sempre. Já que não tinha o seu, se alimentava dos que saiam da imaginação dos outros. Deitada o dia todo na cama, lendo e sonhando com o dia que tudo voltaria a dar certo, com o dia que seria, de novo, a mesma de antes. Só que quanto mais o tempo passava, mais ela se afastava de si mesma. Um dia não aguentou mais. Se sentia vazia, sem vida. Resolveu arriscar, mas como já era de se imaginar, quebrou a cara. Logo depois, lá estava ela de novo, deitada, lendo e vivendo daquilo, se alimentando do amor de pessoas que nem eram reais. Sabia-se que se não a tirassem logo dali, ela acabaria morrendo sem sorrir, de verdade, novamente, mas era difícil convence-la de quem nem todos são ruins, nem todos querem fazer mal a ela. Ficou doente. Em meio a delirios de febre agradeceu a Deus por, finalmente, sua hora chegar, já não queria mais ser daqui e esperava o momento em que Ele a julgaria merecedora do Céu. Fechou os olhos com força e pediu pra ir embora de vez. Mas não foi. Agora, está mais uma vez esperando seu milagre. Ir embora de vez, ou um motivo pra voltar pro mundo. Só o que não entende é que o motivo está com ela, dentro dela, o tempo todo. O único motivo que uma pessoa tem pra se reerguer e ser feliz é o amor-próprio. Eu espero aqui, aonde ela mesma me trancou, num canto esquecido de si, a oportunidade de ser solta novamente, de sermos, mais uma vez, duas em uma só: a loucura e o equilibrio, a menina e a mulher. Eu espero o dia que juntas voltemos a sorrir, dançar e amar. Ela me chama de "A outra", eu a chamo de "A doida" e não é no sentido bom da palavra. Ela mesma confessa que se sente bem quando eu a domino, o problema é que deixou uma onda tão ruim de tristeza a pegar que me prendeu aqui nessa escuridão que virou sua alma. Esse é só mais um pedido de socorro, de nós duas pra ele, pro mundo, pra alguém... realizem meu unico desejo e a façam reaprender a sermos nós duas e não só ela com tantos livros, lágrimas e quartos escuros.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Assinado: Minina Mimada.

Eu sou muito injusta com você. Alias, sou injusta com todo mundo em volta de mim! Sou sim. Eu escrevo textos e textos reclamando da vida, passo noites rezando pra alguém lá em cima realizar um só desejo meu, enquanto ao me redor tenho realizados todos meus outros desejos, que eu minimizei diante de um orgulho ferido de menina mimada. Você só quer meu bem, faz de tudo pra me ver sorrir, me dá os porres mais incriveis e cuida de mim no final de cada um deles. Você não cansa nunca de me botar pra dormir, não cansa nunca de falar que a má fase vai passar e não cansa nunca de ficar do meu lado em qualquer situação. Eu só posso agradecer por você ter ser tornado o meu anjo da guarda e falar que, com certeza, nenhuma outra mimadinha no mundo tem alguém como você por perto. Quando eu preciso tomar uma bronca eu só deixo que você e mais uma ou duas pessoas façam isso, mas quando vem de você, realmente, dói o coração e eu percebo que tô fazendo tudo errado. Eu sei que já errei muito, sei que você nem deveria olhar pra minha cara, mas graças a Deus você é o oposto de mim e não tem orgulho nenhum nessa sua carinha linda. Eu não prometo mudar meu gênio forte, nem controlar meus instintos meio doidos, mas eu prometo que eu vou te valorizar cada dia mais e mais e que em cada porre nosso, em cada vez que você terminar a noite me botando pra dormir, em cada bombom que você me trouxer, em cada ligação pra saber como eu tô e em cada gesto seu eu vou gostar mais ainda de você e desejar menos ainda qualquer outra coisa. Com você do meu lado qualquer coisa vai dar certo.


(Foi mais um depoimento, desabafo, cartinha, pala descarada.. do que um texto mesmo. Mas meu chicletinho sempre reclamou que aqui não tinha nada pra ele. Então tá ai! Beijos)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Apelando.

Bom, parece que nem tudo é tão perfeito assim. Enfim descobri que o resto do mundo também sofre e por mais egoista que possa soar, me consola saber que existem mais corações acabados pelo mundo. Eu não sou a esquisita que sofre sozinha enquanto o mundo todo sorri, eu não sou a boba que chora pelos cantos enquanto o mundo todo celebra. Eu não sou a única que bebe pra esquecer!!! Alias, o meu time é bem maior que o outro. O que me levou a chegar numa só conclusão: a energia mais certa que a humanidade conhece, o poder mais poderoso desde que o mundo é mundo, a única pessoa cem por cento certa na face da Terra também já errou. Em algum momento Deus errou. Programando o homem, a mulher, ou inventando o amor.. em algum desses três momentos o telefone celestial tocou, Deus se distraiu e errou a fórmula. Escreveu no livro de regras do mundo que o amor era feito pra fazer sorrir, e sem saber do seu erro, nos enviou pra cá. Agora todos nós pagamos o pato. Quem ama sorri, mas inevitavelmente, e me desculpe o recalque, mas isso não passa da realidade de nove entre dez casais, quem ama sofre, e sofre muito, demais. Quem ama quase perde o coração, quase seca o corpo, quase acaba com a alma. Quem ama perde tempo inventando teorias sobre Deus e seu modo de comandar o mundo, só pra não pensar em quem se ama. Quem ama fica burro. E chora. Hoje se em falam em amor, eu penso em choro. E nem é aquela choradinha de emoção, não. É tristesa mesmo, agonia, dor aguda que nunca passa. É saudade, vontade, grito contido. É final de semana perdido, terminar a balada no banheiro abraçada com a pri. AMAR É TRISTE e tá na hora do mundo saber disso. Ou na hora de você voltar, e me fazer voltar a acreditar na felicidade e em todas essas coisas...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Dorflex.

meus músculos dizem e meu peito vazio confirma: o amor é capaz de destruir um ser humano. talvez eu não tenha vivido quase nada até hoje, talvez eu ainda vá viver coisas muito mais intensas que essas, e talvez essa dor toda seja apenas uma prévia de tudo que vou sentir quando finalmente for do mundo. mas dói e eu cansei de negar. dói sim, dói demais e já não me importa o que vão pensar. dói de acordar no meio da noite sentindo o peito apertar a procura do que deveria estar ali. dói do ar faltar, das pernas perderem a força, do sorriso perder a vontade de existir. dói de verdade, e cada dia dói demais. porque agora não é como antes. é diferente. e, na minha vida, as unicas mudanças bem-vindas são as do meu cabelo. talvez, logo ali na frente, tenha outro grande problema pra enfrentar, e talvez eu queira passar por ele com tanta vontade como eu quis passar por você, o problema é que eu não consigo seguir. o problema é que eu não me vejo chegando ali na frente. e dói. talvez tenha uma lição nisso tudo. essa coisa de final de filme americano: a gostosinha, bonitinha e meio vingativa que tinha quem queria, de repente é a feiosa, acabada que não tem ninguém e acaba o filme rejeitada ou sem final. talvez isso seja só o inferno astral, faltam menos de vinte dias pro meu aniversário e eu queria muito você comigo. talvez seja tpm mesmo. mas dói, e eu queria terminar esse texto dizendo que: doa o quanto doer, passe o tempo que passar e venham as datas importantes que passarem, eu vou estar no mesmo lugar, esperando você. e pior que assumir isso, é ter a certeza que farei isso alheia a minha própria vontade.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Questionário.

Que coisa é essa que sufoca? Faz perder tempo chorando metade de uma tarde que era pra ser feliz? Que sentimento é esse que te vê partir, mas se recusa a aceitar os fatos? Que isso de querer tanto alguém a ponto de fugir da realidade? Eu que sempre fui pé no chão e inteira comigo mesma, me encontro nas nuvens mais pesadas do céu, com um buraco gigante dentro de mim. Um copo com água pela metade pode ser meio cheio se você for otimista, mas um coração pela metade não é bom de ponto de vista nenhum. E isso dói. O que pode ser tão grande que seja capaz de tirar uma pessoa de si mesma? É como se alguém tivesse enfiado a mão aqui dentro e levado metade de mim, do que eu sempre fui. O que pode fazer uma pessoa gostar da outra mais do que de si mesma? Como explicar tanta vontade sem orgulho? Como entender o fato da pessoa mais orgulhosa de dois anos atras, hoje, se resumir em quem vai atras? Em quem engole sapo pra ter algum contato? Nunca fui contente com o pouco e agora acho lindo um simples oi. A falta de carinho quase me mata, já são uns bons cinco meses sem ninguém que não seja a esperança. Que espera sem chegada é essa? Por que, alguém pode me explicar, a gente tem que passar por coisas assim na vida? E quando os dias vão acabando, eu só consigo pensar que é um dia a menos nessa tristeza toda. Pessoas em volta vivem felizes, completas.. eu vivo porque simplesmente não me dão outra opção. É triste, eu sei. Mas é a minha verdade. E não pense que é falta de esforço, olha pra mim, eu passo metade do dia rindo pro mundo.. eu finjo bem, isso ninguém pode negar. Quem não me conhece, deve achar que eu sou mais uma metidinha contente com a sua vida. E é isso que eu quero aparentar ser, mas fingimento nenhum engana o coração, engana a parte da alma que sente falta. E isso que acaba comigo e com a pessoa que eu costumava ser. Então, só porque amanhã vai ser o começo de menos um dia de tristeza, eu durmo hoje com esperança de um futuro com mais alma, mais coração. Sendo eu e não essa que tomou meu lugar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pedra mole em água dura... não faz nada.

Eu acordei atrasada, tive que me arrumar correndo e meu cabelo não fica muito bonito quando me arrumo correndo. Eu tive que comprar um Toddynho na padaria e eu odeio o atendente da manhã lá da padaria. Eu cheguei no cursinho atrasada e só tinha lugar lá atras, e mesmo de óculos, eu não enxergo nada lá de tras. Mas nada disso me deixou puta, nem triste. Na hora de pegar o onibus pra casa, eu esqueci de olhar pro lado e só quando entrei, vi que o Gustavo tava no ponto do meu lado, e eu ali, sem nem poder dar um abracinho nele. Eu fui depilar a perna e a mulher me queimou um pouco com a cera que tava mais quente do que qualquer coisa quente que eu já tenha sentido na vida, e tudo bem, talvez isso tenha me deixado um pouco puta, mas quando eu cheguei em casa, já tinha passado. A dor e a putisse. Assisti novela, ouvi música, estudei. E eu tava bem, me sentindo bonita e essas coisas.. Mas inventei de te deixar um recado, um oi qualquer, só pra fazer você pensar em mim um pouco. E aí, foi a vida que me lembrou que não sou mais porra nenhuma. O impressionante é a sua hipocrisia! Sabe, não que eu imaginasse que você tivesse concorrendo a uma vaga de santo, mas... sei lá, não existe um mas. A pessoa a mais aqui sou eu. O problema é que você mantem isso numa boa. Se fosse o contrário, se eu estivesse ai no seu confortável papel e você, no exato momento que eu vi as coisas que vi, estivesse no meu, a essa altura você já teria em chamado de todas aquelas coisas que você sempre chama e falado que nunca mais queria olhar pra mim. É fácil quando não é com a gente. Na hora eu só pensei em beber água. Bebi uns quatro copos d'água. Muita água pra ver se isso tudo desce mais fácil, e ai vim aqui escrever. É só o que eu faço, escrever que não quero mais, escrever que agora chega, escrever que você não é nada do que eu sonhei pra mim, escrever que com quase dezoito anos eu deveria parar de agir como a menina de doze que se apaixonou por você... e chorar. E aí, depois de uma manhã e de uma tarde me sentindo uma pessoa legal, eu vou passar a noite me odiando. E planejando o futuro, e querendo vingança. Porque, você e todos sabem, eu sou super orgulhosa, super vingativa, ninguém passa por cima de mim, ninguém me enrola e fica bem. Mas você vai aparecer e nada do que eu pensei vai fazer sentido. Porque, ah, a gente não tem nada mesmo. Só que alguma vozinha aqui dentro grita que se fosse o contrário nem toda água do mundo resolveria. Então eu juro, mais pra voz do que pra mim, que na próxima não tem jeito, acabou mesmo. Mas a próxima já veio tantas vezes..

sábado, 27 de junho de 2009

Como vai você?

Senta ai, fala um pouquinho. Tô com tanta saudade de ficar horas ouvindo a sua voz.. Tô com saudade da sua voz. Tão bonitinha, tão rouquinha, tão de menino virando homem! Conta como tá sua vida, o que tá acontecendo na faculdade, em casa.. Conta qualquer coisa, mas fala bastante. Pra eu guardar bem na minha memória esse som. Tem tanto tempo! Nunca fiquei tanto tempo assim sem ouvir sua voz. Sem ver seu rosto. Sem um abraço seu. Eu sei, deu tudo errado. Deu mesmo e eu nunca vou entender o porquê. Então, diminui um pouco a dor, fala comigo! Conta uma história, fala dos filmes que você gosta, do futebol dessa semana, de como você odeia o inverno porque não dá pra pegar onda sempre. Fala do capitalismo, de como o governo atual é absurdo e de como o próximo também vai ser. Reclama da vida, de mim.. Eu só quero passar essa noite inteira te ouvindo falar. Vem, fica aqui perto, deixa eu sentir seu perfume também.. sinto tanta saudade de chegar em casa impregnada de você. Eu sei, nunca mais vai ser nada. Mas eu ainda posso ser eu e você ainda pode ser você e mesmo que não dê pra sermos nós dois, eu posso ficar perto de você, não posso? Só um pouquinho. É que eu sinto tanta saudade que chego a acordar de noite com a garganta fechada, sufocada.. Não dá pra gente ser a gente, mas ninguém nunca disse que a gente não pode ser eu e você, pessoas diferentes, que as vezes, só pra matar a saudade de uma outra vida, se encontram. Olha pra mim, fica me olhando no olho uns três minutos. Só pra eu ver, mais uma vez, que apesar de tudo, eu ainda tô no fundo de você. E pra você ter certeza, de novo, que eu respiro você. Eu sei, é uma merda, as vezes eu quero esconder as coisas, mas meu olho me entrega. Ou meu bico. Fazer bico pra segurar o choro é um problema. Porque acaba que se eu chorasse teria o mesmo efeito. Eu juro, juro que não queria ficar com esse olhar quando a gente se encontra, nem queria ficar a maior parte do tempo prendendo o choro, mas é que eu te amo tanto, tanto, tanto.. eu nem sabia que amor podia fazer doer, mas dói. E ai, meu coração molenga, que não aguenta muita dor, me faz chorar. Mas a gente não tá aqui pra falar de mim, alias, eu tô aqui, só pra te ouvir falar e ficar perto de você o suficiente pra sentir seu cheiro. Então, vai, fala.. conta as novidades. Só não me conta, por favor, não me conta nada do seu coração. Conta das suas aulas, da sua mãe, do seu pai.. do seu cachorro novo. Mas não me conta nada de ninguém que esteja no meu lugar. Porque ai não vai ter bico que prenda meu choro. E eu jurei, que não ia chorar hoje. Então, vai, relaxa aqui do meu lado, me olha no olho e fala tudo.. Amanhã é outro dia. Igual a todos os outros que passamos, e eu quero saber que aproveitei essa chance.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Coisas de que falar - só mais um pouco do de sempre.

Acontece o tempo todo, todos os dias, com milhares de pessoas no mundo. Relacionamentos começam e acabam o tempo inteiro. Quem nunca passou por isso, desculpe a sinceridade, vai passar. Minuto após minuto o pra sempre de alguém chega ao fim. De forma trágica ou simplesmente porque o encanto se perdeu no meio do caminho. O problema é quando não há tragédia no terminar e, sim, ainda resta muito encantamento de ambas as partes. É sobre isso que venho falar. O que acontece quando termina-se por terminar? Quando ainda existe amor, existe desejo, existe saudade, vontade de estar junto, de abraçar, de beijar cada parte do corpo, de ouvir a risada, as reclamações? Como explica-se algo sem explicação? E como responde-se ao 'o que ele é seu'? Quando o ele em questão é tudo, mas tende a ser nada? Quando final de semana após final de semana cria-se expectativas que são desfeitas ao final do domingo, pra retornarem ainda mais fortes na próxima sexta-feira? O que fazer com o coração que insiste em acreditar na continuação do que pra todos já é caso encerrado? Quando sorrir é apenar mostrar os dentes e não a alegria. Quando fazer piada é só um jeito de não cair no choro em qualquer lugar, a qualquer hora. E se envolver com qualquer outra pessoa é algo fora de cogitação, mas a solidão já corrói o coração e machuca a alma. É sobre perguntas sem respostas que venho falar. Sobre a injustiça do destino de separar pessoas sem motivo pra tal. É só sobre dor que venho falar. Dor de ver o querer ser não poder. Dor da distância, da saudade, do medo do futuro e da esperança que por mais que ameaçe nunca vai embora. Não há resposta pra nenhuma pergunta, não há esperança pra nenhum fio da mesma que ainda exista. Mas há amor. E isso faz doer ainda mais.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Hoje eu acordei meio Bridget Jones.

Ando numa instabilidade absurda e todo esse contato gigante com você afeta mais ainda meus hormonios. De repente eu quero rir, pra chorar logo depois. De repente quero ouvir sua voz, pra daqui a pouco não querer nunca mais olha na sua cara. Quero matar todo esse amor que não merece viver tão dentro de mim, mas quero deixa-lo aqui guardadinho pra você. É tanta loucura junta, tanta indefinição em meia duzia de frases que eu chego a ter medo de mim. Olha, tudo bem que nada saiu como a gente planejou quando era criança, mas podemos fazer diferente. Ou não podemos, tanto faz, seu idiota. Já reparou quantas vezes por dia eu te chamo de idiota? São os hormonios, me desculpa? É que você me desestabiliza indo e vindo tanto assim, mas eu entendo e nem tô escrevendo pra pedir pra você parar. Eu entendo de verdade, mas olha, um dia eu vou cansar e você vai dar de cara na porta. Não, por favor, não é uma ameaça, é só uma constatação. Eu também não sei qual vai ser o dia que vou cansar, pode apostar que eu espero ele muito mais do que você, mas pode ir e vir sempre que quiser, na hora que tiver que acontecer, acontecerá. E nós seremos mais um casal lindo, que tinha tudo pra dar certo, mas não soube lidar com as mudanças da vida. Você quer que eu seja, de novo, aquela garotinha que você salvou de um mundo ridiculo. Eu quero que você seja, de novo, o cara que me salvou de ser ridicula. Mas ambos nos achamos pessoas melhores agora, e apesar de um querer a mudança do outro, a gente não move nem um centímetro pra mudarmos a nós mesmos. Se fossemos pra um terapeuta de casais de filme americano, aposto que ele nos acharia um casal muito louco. Porque como você mesmo disse, eu sempre vou ser sua namorada, e como eu não te disse porque sou orgulhosa demais pra dizer, você sempre vai ser o meu amor... e a gente adimite isso um pro outro, a gente só não adimite isso pro mundo. Alias, você não. Seu problema é o resto do mundo, meu problema é você. É como quando você coloca na sua exibição a foto que eu tô refletida no seu óculos: você quer que eu, que sei como a foto foi tirada, entenda que aquilo é um gesto de amor, mas quem tá na de fora acha que é só mais uma foto sua e não entende o significado daquilo. Minhas amigas acham ridicula a felicidade que me toma quando aquela foto tá ali, mas nenhuma delas entende que qualquer carinho seu é válido pra mim, que passo dias carente de você. E a nossa relação segue assim, até quando Deus, você e eu quisermos. Até quando nossos corações aguentarem. Até quando todo o amor, toda a magia de estarmos juntos por um momentinho muito breve, seja maior e mais importante do que os dias que passamos separados.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Doze de Junho.

Nunca tivemos um dia dos namorados perfeito. Alias, não tivemos uma relação perfeita. Então, não sei porque diabos cismei de sentir sua falta hoje. Que que tem hoje? É só dia doze de junho. E daí? E daí, nada. Acho isso de menosprezar o dia dos namorados maior papo de bicho-grilo recalcado. Adoro dia dos namorados e tô, sim, chateadíssima de não ter você comigo esse ano pra mais um dia dos namorados não-perfeito. O problema de amar você é esse, eu não sinto falta das coisas normais. Sinto falta justamente dos seus defeitos. Da sua cara amassada quando acorda, de como você ficava chato quando eu te contrariava, do seu ciumes exagerado, das suas manias porcas, do seu mau-humor instantaneo. Você é um grande defeito em forma humana, e eu sinto falta disso. E hoje, confesso, sinto mais do que nos outros dias. Pra piorar minha situação, passei a noite de ontem no show daquele grupo que tava no palco quando começamos a namorar. E eles cantaram todas as musicas-tema do namoro da gente. Senti mais ainda a sua falta. Tô sentindo, pra dizer a verdade. E cada minuto que passa essa coisa aumenta. É triste confessar isso publicamente, mas eu já não me importo. Porque eu sei, e no fundo você sabe também, que o fim dessa falta toda, dessa angustia toda, desse esperar interminável... somos nós dois, de novo. Você sabe que em alguma doze de junho do futuro estaremos juntos tendo, quem sabe, o dia dos namorados perfeito. Você sabe que eu não desisto fácil, e eu sei que você me ama. Pode fingir o quanto for, minha vida ainda tem muitos doze de junho pela frente e eu ainda tenho muito amor pra aguentar essa espera.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Só mais uma de amor.

Eu sei, sua intensão nunca é me machucar. Nunca é me deixar em pedaços, com tanta dor na alma que chega doer o corpo. Sua intenção nunca é fazer meu ar não chegar, minha fome ir embora. Eu sei, você não quer me ver encolhida na cama. Nem com o rosto vermelho. Mas você nunca tá aqui mesmo pra ver. Você só fica sabendo, e ficar sabendo não faz diferença pra você. Eu sei, eu sei, você jamais me faria mal por querer. Você gosta de mim, no fundo, no fundo, você gosta. E quando você chega perto é só porque você sente que já pode estar, de novo, preparado pro nosso amor. Mas você nunca tá. E sempre vai embora. E eu sei, que por você essas despedidas não aconteceriam, mas você não pode mandar no coração. E seu coração ativa o sinal de alerta quando estamos perto. Eu fiz por merecer, eu sei. Me desculpe se eu não posso mandar no meu também, se quanto menos você merece, mais eu te amo. Se não posso controlar minha torneirinha de lágrimas e choro cada vez que você vai. Se não posso controlar meus hormonios na TPM e sempre volto a te procurar. Meus hormonios te chamam, meu coração te chama.. mesmo que eu não queira chamar. Acontece que você vai ser sempre o cara que me deu a bicicleta, mas não ficou comigo pra me ensinar a andar. Sempre o cara que me apresentou o maior sentimento do mundo, mas se afastou quando ele começou a amadurecer e virar algo com futuro. Você acabou com nosso futuro. Pensou só no seu e foi em busca dele. Eu ficaria com você na luta, estaria do seu lado nas derrotas e vitórias. Mas não pude. Fiquei com esse amor todo, como uma bicicleta encalhada num canto da caragem. De que me serve a bicicleta, se não me ensinaram a andar? De que me serve tanto amor, se não tenho quem amar? Solidão nunca me assustou, nunca a conheci direito. Sempre foi fácil desviar dela me entregando pra relações sem muito interesse. Só que depois de você, nenhuma pseudo-relação me satisfaz. Nenhum carinho de um dia me agrada. Nenhum beijo sem amanhã me entorpece de felicidade. E é por isso, e por tanto amor, que eu me jogo de cabeça quando você volta. Me entrego como se fosse ser pra sempre. Sabendo que amanhã ou depois essa dor toda volta, mas sempre existe a possibilidade do seu alarme não disparar. De, finalmente, você tirar a bicicleta da caragem, me segurar firme e me ensinar. Não devo me enganar, mas me engano. Não devo alimentar esperanças, mas alimento. E todos os dias serão assim. Por tanto amor, por tanto saber, por tanto querer .. nada passará.