quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Longa estrada. Ou sobre 2012.


Como eu fui feliz em 2012! COMO!!!!!!!
Não daquela felicidade que aos dez anos a gente sonha que vai ter quando tiver vinte e um. Tô longe demais de ser a mulher que a Jéssica criança sonhou que eu seria, mas sinto que cada dia eu tô um passo mais perto de chegar em alguma coisa parecida com ela. Falta muito, tanto que eu nem consigo ver o final da estrada, mas nesse fim de ano eu tô tão mais perto de chegar lá do que eu estava nessa época do ano passado. E é essa a proposta da vida, né... Evoluir?
Aprendi coisas demais sobre mim nesses últimos 12 meses. Comecei a perceber melhor o que me faz bem e o que não faz. Tô trilhando uma estrada cheia de obstáculos pra conseguir me dar mais valor. Comecei a perceber que se eu não der valor pra quem eu sou, nenhuma outra pessoa vai fazer isso e reconheci que pra começar essa viagem eu precisava deixar pra tras bagagens que já não me perteciam mais. Foi difícil. É difícil... Quando você sente que não pode fazer mais nada por algo ou alguém, quando você percebe que o pouco que ganhava em troca virou nada. Mas a gente tem que cuidar de quem cuida da gente e deixar quem não cuida pra lá! É complicado pra mim colocar isso em prática, mas depois que eu comecei a tentar, minha vida passou a ter 85% mais de sentido.
Fui feliz me reaproximando de pessoas que o tempo havia me afastado, fui feliz conhecendo melhor pessoas que sempre estiveram do meu lado e eu não dava muita bola, fui feliz com os meus amigos de sempre. Mas o momento que eu fui mais feliz foi quando eu me encontrei comigo mesma em algum momento lá pela metade do ano. Quando eu reencontrei a menina feliz e festeira que eu costumava ser e ela se deu maravilhosamente bem com a adulta que eu sou agora. Fui as duas, em momentos separados e entre elas ainda consegui ser mais uma, mas a verdade é que agora, com as duas juntas e sem nenhuma sombra da psicopata que tomou meu corpo no meio do caminho, sou a melhor versão de mim. A verdadeira. Cheia de defeitos, sim. Cheia de manias. Cheia de paranóias. Com frustrações e cicatrizes expostas pra quem quiser ver. Mas completamente convencida de que tudo que eu preciso fazer pra melhorar tá dentro de mim e em mais lugar nenhum. Meu 2012 se resume bem nisso, alias: Descobrir que dentro de mim tem tudo que eu preciso pra chegar lá um dia, sejá esse lá onde for.
Quem me conhece sabe que já haviam uns bons anos que eu não chegava em dezembro tão entusiasmada. Mas 2012 valeu a pena do comecinho ao fim. Da balada perrengue embaixo da chuva em que ele começou, passando pelas voltas no passado que eu resolvi dar antes de julho e terminando sentada aqui, escrevendo esse texto. 2012 valeu de cabo a rabo! Até quando eu achei que tivesse errando, tava fazendo coisas boas por mim. E olha que eu achei que errei bastante!!! Mas errar também é parte da "melhor versão de mim". E agora eu sei dar risada dos meus erros. Sem noites sem dormir revivendo cada segundo e me culpando mais e mais. Agora eu sei filtrar o que merece tirar meu sono.
E em 2013 tudo que eu quero é continuar esse caminho. Continuar me conhecendo, me reconhecendo, me convencendo de que eu sou boa o suficiente pra mim e pro mundo. Sem essa de descontar minhas culpas e frustrações no meu corpo, ao longo dos últimos anos abusei demais e isso só fez mal pra mim mesma, correr atras do prejuizo que eu me causei é outra luta que eu quero vencer no novo ano. Tenho muitas batalhas até chegar no fim, mas hoje mais do que nunca sei que posso! E, graças a Deus, agora estou cercada de pessoas que além de torcerem pelo meu sucesso, fazem questão de me lembrar que eu sou capaz de realizar qualquer coisa que eu me propuser a fazer.
Um 2013 lindo pra todos nós, viu? Pros amigos, pros inimigos, pra quem não gosta de mim sem me conhecer, pra quem me conhece e não gosta de mim, pra quem gosta de mim mesmo me conhecendo! Muita paz, muitos sorrisos e principalmente muito amor. Amor de todos os tipos, alias!!! Amor do principe encantado, amor do lobo mau, amor de pai, de mãe, de família que berra e faz escandalo mas não vive separada. Que os amores platônicos parem de ser vividos só na imaginação e virem amores reais, que os amores não correspondidos passem a ser reciprocos e quando não tiver jeito, que só passem. Que as feridas de amor se curem, que as alegrias de amor se multipliquem e que todo mundo no mundo se ame mais. Que 2013 seja o ano do amor, principalmente do nosso amor por nós mesmos!!



Eu queria colocar um por um, cada momento e cada pessoa que fez do meu ano um ano feliz. Mas não dá, não tem como. Resumi nessas seis pessoas agradecimentos que são estendidos a todo e qualquer ser humano que me arrancou um sorriso nos últimos doze meses. 
Thaís, Nanda, Irmã, Larissa e Rayra: obrigada por tudo, sempre. A importância de vocês é absurda na Jéssica que eu (re)descobri que sou. E que esse tenha sido só mais um dos anos maravilhosos que passaremos juntas. 
A sexta foto é boba, uma palhaçada minha num dos muitos feriados felizes que eu tive, mas eu olho pra ela e sinto vontade de gargalhar do tanto que ela (cês sabem quem, começa com "Car" e termina com "men") aprontou e me fez passar vergonha. Mas mesmo me constrangendo por ai, essa também é uma parte gigante de quem eu sou e eu amo amo amo aaaaamo essa louca que dança, fala alto, gargalha quando não pode, fala o que quer na hora que quer e me dá tanta história pra contar.