domingo, 4 de janeiro de 2009

Vento, ventania...

Madrugada de ventania, meu pavor. E tinha que ser logo agora, que eu tô sem você. Que eu não posso mais te ligar as quatro da manhã pedindo uma palavra de segurança, que eu não posso esperar de você mais nada, nada além de uma carinha sorrindo. Que raiva dessa carinha! Se você soubesse o que eu sinto quando você me manda uma dessas, nunca mais mandaria. Não enquanto estivermos nessa. E a pergunta que não quer calar...vamos sair dessa? A noite foi horrivel, minhas olheiras tão piores do que nunca, e eu nem vejo mais tanta graça do meu cabelo estar super lindo, pra quem eu vou exibi-los?! Você não me olha mais. Ai, eu mais uma vez, perdi metade do meu dia dormindo, porque enquanto eu durmo, pelo menos eu esqueço toda essa tristeza esmagando meu coração, e quando eu acordei, depois de um pesadelo horroroso, não resisti a tentação de te ligar. Lá estava sua vozinha de quem tá sempre com sono, e meu coração veio na boca só de ouvir. Mas dessa vez, você estava realmente dormindo, e eu me envergonhei de por ter ligado. Espero que você não retorne a ligação, porque eu liguei pra falar que isso tudo é absurdo demais pra continuar como tá, e que eu vou me arrumar e sair daqui na hora, e você vai descer e ter uma conversa digna comigo. Demais pro meu orgulho de mulher leonina, então, não retorna. Porque se você retornar, eu juro, juro por tudo, que eu vou ai, e que você vai ter que olha no meu olho e dizer que acabou o amor, que acabaram as chances. Sabia que no dia que você foi embora, eu subi no elevador, entrei em casa, olhei pela janela e quando te vi descendo a rua, desci correndo a escada e a rua, porque eu queria te dar, pelo menos, o ultimo beijo, mas quando eu cheguei lá na esquina...você já tinha ido. Sabia? O que? Você não me imagina fazendo isso? Mas foi exatamente isso que eu fiz. Tá ventando de novo, ventado desse jeito que eu morro de medo, cade você?! Eu tô com medo, tô carente...preciso de carinho, do seu carinho. Porque carinho, se eu gritar que tô precisando, não é muito difícil arrumar, mas eu quero o seu carinho. Vamos fazer um acordo? Você me faz carinho e eu prometo, que não te beijo. Só quero encostar no seu peito, e sentir você passando a mão no meu cabelo. Dessa vez, eu juro, não vou reclamar que ele vai ficar feio, porque o calor da sua mão, faz ele ficar oleoso. Pode enrolar, desenrolar, bagunçar...hoje ele é todo seu, se você quiser. É que eu tô, realmente, precisando...precisando de você. Precisando saber da sua vida, saber se seu coração ainda é meu. Ah, que orgulho o que, liga logo, o celular tá do meu lado, e eu até já pensei na roupa que vou usar, se eu for mesmo ai. Então, liga logo! Tô esperando, tá?! Porque pra te ver, e acabar de vez com essa tristeza, eu encaro até esse medo ridiculo que eu tenho do vento.

Um comentário:

  1. Deixei a caixa de comentário aberta por alguns minutos, pensando, tentando escrever algum comentário sobre esse último texto, e é complicado.
    Complicado por ser complexo, como o amor é; mas só sabe disso que sente, pra quem não sente é fácil falar, julgar, esquecer. Pra quem não sente tudo é mais fácil. Mas quem sente sabe o quanto é dificil, o quanto é impossível. A gente finge, mente e não é pros outros não.. é pra gente, tentando fazer as coisas ficarem mais fáceis, e às vezes dá certo, por pouco tempo, é verdade.
    Mas uma hora passa e a gente aprende a se virar sozinha, a enfrentar sozinha, talvez até dê pra dormir apesar do vento uivando forte na janela.

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