quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Um breve adeus.

Aos poucos eu vou dando um fim as manias e dependências. Aos poucos eu vou me convencendo que ser feliz sem esse cara é totalmente possível. Eu, agora, já consigo acordar sorrindo, olha que avanço! E tem dias, como hoje, que consigo passar horas seguidas sem sequer um pensamento triste. Já consigo até pensar nele com um carinho neutro, uma saudadezinha leve. Daquele tipo que só o tempo pode trazer. Saber que teremos um encontro em breve não embrulha mais o meu estomago, nem faz meu pulmão parar. E eu também não sinto que só consigo encarar isso bebada. Eu posso muito bem estar sóbria e encarar aqueles olhos sem morrer um pouquinho. Não sei se é a proximidade do carnaval, uma época que eu nunca curti como os outros, ou se é mesmo o tempo fazendo efeito, mas eu sinto, lá no fundinho de mim, uma alegria boba de viver. Entrei numa fase de aceitação. Não tem que ser? Tudo bem, que não seja. Você quer assim? Tudo bem, assim vai ser. Não deu certo? Que pena, a vida segue. E nunca pensei que seria assim tão fácil. Posso estar me enganando, estar em um momento daqueles que todo mundo tem de iludir a si mesmo, mas eu tenho, realmente, passado os dias muito bem. Ontem eu fodi minha boca com sal e tequila, mas eu não bebi pra esquecer ninguem, bebi pelos mesmo motivos que todos em volta de mim, estava com vontade de curtir. E eu curti! Essa minha nova companheira é mesmo surreal, a tal da auto-estima. Eu tô tão queimadinha, e apesar de ter pintado o cabelo de escuro pra contrariar o gosto dele (que bobeira), o Sol fez o favor de clarea-lo, e ele tá tão bonito. Também emagreci alguma coisa. Eu tô, realmente, me sentindo mais bonita, e pela primeira vez, eu tô mais bonita pra mim mesma, e não pra outros. Não pra ele, não pro próximo, só pra mim. Eu tenho me bastado tanto nos últimos dias. E então, no meio desse mar de auto-confiança, decidi que apesar de ser difícil, só volto a escrever aqui quando o assunto não for esse que me tirou o chão dois meses atras. É como no AA, estabeleci que tenho que seguir 12 passos, o próximo é parar de escrever compulsivamente sobre minhas dores e desamores. Díficil, mas não impossível. E eu espero, em breve, voltar aqui com uma boa história pra contar. Torçam por mim e não deixem de me deixar scraps e essas coisinhas fofas que vocês, que sempre veem ler, fazem. Adoro cada umas das demosntrações de carinho e cada palavra de conforto que vocês mandam. Eu volto, juro que volto, e volto feliz. E quanto a ele...Ele quem mesmo?

Beijos.

Um comentário:

  1.   Aos poucos as coisas vão ficando mais faceis, a dor vai diminuindo, ou aprendemos a conviver com ela. Mas o que importa é que ela não fica tão intensa como antes.
      Acho que a gente cria anti-corpos, como aqueles que nossos corpos produzem quando a gente fica doente. Por mais que seja difícil, que esteja difícil, como você sempre diz: vai ficar tudo bem!

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