quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Mil e noventa e cinco dias com (e sem) ele.
Sabe quantos anos fazem hoje que nós terminamos? Três. O que quer dizer que, hoje oficialmente, o meu luto pela sua ida tem o mesmo tempo da alegria da vida que vivemos juntos. Três anos... Sabe quantos dias são isso? Eu fiz as contas, são muitos. Nesse tempo, eu vi você se envolver com mais meninas do que eu gostaria. Quer dizer, vi não, porque (graças a Deus) você e o mundo sabem que eu não suportaria isso e me respeitaram. Te agradeço sem tamanho por isso. Mesmo! Mas mesmo sem ver, eu soube.E ainda tem as que eu nem ouvi dizer, as de uma noite só... Enfim, nesse tempo você viveu o certo, o que deveria ser vivido. Eu tentei, Deus e meus amigos são testemunhas de que eu tentei. Mas falhei brabo. Cada dia que eu saia na rua pra conhecer alguém novo, me apaixonar e viver uma história... Voltava pra casa querendo não ter esquecido o seu telefone pra poder te falar naquele momento que não me apaixonaria nunca mais. Cada noite que eu me forcei a ser "só uma noite", acabei me sentindo usada e suja... Porque eu era sua. Aceitei te esperar, mesmo sabendo do risco grande que eu corria de você não voltar nunca. Aceitei e a escolha foi minha. Esperei, esperei mesmo, com meu coração inteiro, minha alma toda, o quanto pude. Acontece que nem esse amor imenso aguenta os trancos do tempo sem ser alimentado. Você nunca matou o nosso amor, mas nesses anos todos você nunca deu uma migalha de volta pro amor tão grande que eu tenho aqui. Eu sei que outras vezes eu falei que tava indo... Mas, fala sério, quem acreditava naquilo? Eu, com certeza, não. Por isso, hoje eu não te chamei aqui pra falar que que cansei de esperar, que vou embora, que você que se exploda e sofra com a minha falta. Te chamei aqui pra você olhar no meu olho e ver o que tá acontecendo. Tô aqui na sua frente, sem máscara, sem fingir, sem pose de durona. Tô aqui, pela última vez, sendo a sua menina e pedindo pra você enxergar aqui dentro o que o tempo fez comigo. Tá vendo? Tá sentindo? Eu preciso de mais. E eu sei que você nem sabe o que "mais" quer dizer. Mas eu também sei que o mundo agora tem mais pra me oferecer do que a espera por você. Uma parte de mim, meu Deus quantas vezes eu já disse isso, sempre vai ser sua. E quando você quiser, sempre vai ter a certeza da menina que pra vida inteira, vai ser partezinha de você. Mas agora... Desse jeito... Não dá mais. Não acabou, entende? Não vai acabar nunca. Mas eu não consigo viver nem mais um segundo nessa espera. Nessa esperança. Nessa prece constante pra chegar logo o dia que você vai acordar querendo voltar pro nosso mundo feliz. Ele também murchou com o tempo. Sem você eu não conseguia entrar lá e ele ficou sem regar, sem pegar sol, sem ter luz... Esvaiou. Me desculpa por não ter conseguido manter a promessa por mais tempo. Me desculpa por não ter conseguido ser a menina pra quem você quisesse voltar. Eu tentei, mas você me conhece, eu faço tudo ao contrário. E se você algum dia também achou que eu fosse o amor da sua vida, me desculpa pelo tempo que perdemos um com o outro. Quero te ver mais feliz, mais bonito, mais alegre. Quero ouvir de você por ai, quero te vez fazendo história. Mas não quero mais querer fazer parte dela. Em partes, porque eu provavelmente nunca tenha conseguido ser. Tô quase acabando, não precisa me olhar assim. Dá aqui sua mão, sente meu coração... Tá batendo fraquinho, né? Tem anos que isso não acontece quando você tá perto. Acho que quer dizer que eu tô em paz, tô te deixando ir porque só o que posso fazer é isso. E ele tá batendo fraco porque acostumou a bater forte por te carregar nele, agora que tô esvaziando, o trabalho pode diminuir. Você sabe, eu tentei o quanto pude virar o mundo de cabeça pra baixo pra ter você, mas quem pode contra o destino? O nosso, na verdade não é nosso, é meu e seu. E eu te chamei aqui pra isso, pra falar isso tudo pra você olhando no seu olho, sem chorar e sem ter medo de me arrepender amanhã. Tô desistindo, tá? Pode rir ou ir embora agora.
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