domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ah se fosse verdade...

Eu não sinto sua falta na praia. Eu não sinto sua falta comendo cachorro quente de barraquinha. Eu não penso em você quando entro no meu quarto. Eu não lembro de você em nenhuma hora do dia. Eu não penso em você quando eu acordo, e nem é por sua causa que eu passo horas da madrugada, me revirando na cama, sem conseguir dormir. Eu não sinto vontade de te ligar a cada cinco minutos e eu não odeio ninguém que possa ter você. Eu não ligo se você já me parece, de novo, aquele estranho. Eu nunca gostei muito de você mesmo. E se você quiser engasgar e morrer com a bala Boelte da próxima pirralha que você pegar, sinta-se a vontade. Eu não do a mínima. Eu nem passo o dia vendo fotos nossas e nem fico tentando tirar da minha vista qualquer coisa que me lembre que você tá seguindo a vida. Você voltou a ser o babaca que eu não conheço e isso, definitivamente, não me afeta. Tá pensando o que? Que só porque você já esteve tão dentro de mim, e me fez sentir coisas que eu nunca tinha sentido, eu vou te desejar pra sempre? Pra falar a verdade, cada dia meu corpo te chama menos, daqui a pouco essa pseudo-abstinência passa e você vai ser só uma cosquinha no meu coração. Alias, você nem mora mais no meu coração. Você tinha uma cobertura vip lá, mas eu te taquei da varanda e você deu de cara no chão da rua, perto da barraquinha podre de cachorro quente. Eu juro, cada dia que eu abro os olhos, depois de uma tarde mal dormida, e vejo que ainda tenho o mesmo rosto cansado, a sua não-presença é menos notória. Eu adoro não poder ter você. Eu não penso em você pra me vestir, eu não ligo se você vai ou não gostar da cor nova do meu cabelo e eu tô cagando pra opnião que você teria sobre meus novos planos. Alias, eu espero que você fique feliz por mim e nunca, mesmo que a vontade seja muito grande, nunca me procure. Quer saber? Eu espero que você nunca se arrependa de ter me deixado por causa dos outros. Eu não fico me matando pra não ir atras de informações sobre você. Eu não quero saber de você. E, eu já disse que não sinto nem um pouquinho a sua falta? Mas é que eu não sinto mesmo. Nem mesmo hoje, quando eu vi na praia, aquele menininho fofo, todo loirinho e bronzeado, com os olhos verdinhos e cara de marrento e pensei que nosso filho seria igualzinho a ele, eu desejei te ter de volta. Eu não te quero de volta. E mais que tudo isso, mais do que qualquer coisa, eu não te amo nem mais um pouquinho. Não te amo nem do tamanho do meu dedo mindinho, que você sempre disse que é pequinininho demais. Não te amo absolutamente porra nenhuma.

Um comentário:

  1. Eu tava ouvindo uma música da Miley que diz "Maybe I will never be who I was before."... e acho que isso se encaixa tanto na minha vida. Porque depois dele eu realmente nunca mais fui quem eu era antes, e sei que nunca vou ser.
    Fiquei mais dificil de amar, não sei se é por medo, ou porque o sentimento que eu tenho é tão grande que supre todos os outros.
    Gosto de amar assim e sei que isso é puro egoísmo. Egoísmo comigo que não permito entregar meus sentimentos a mais ninguém por fidelidade a uma coisa que eu não sei nem se ainda existe; na verdade, existe sim, pelo menos dentro de mim isso é muito verdade. Mais verdade do que muitas outras coisas. Mais verdade do que o sentimento que muitas outras pessoas podem sentir. Sou tão egoísta que não imagino alguém o amando do jeito que eu amo, não que ele não mereça (talvez não mereça mesmo), só não sei se mais alguém é capaz de amar assim. Tá vendo como sou egoísta?! :(
    mas acho que quando a gente ama a gente fica assim, não é algo que se escolha, a gente vira e ponto. Faz parte do pacote!

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