quarta-feira, 22 de abril de 2009

De repente, até parece.

E de repente (antes tarde do que nunca!) o peso da vida cai sobre meus ombros. Eu que sempre encarei tudo com uma grande preguiça do mundo, me vejo querendo agir, querendo resultados, querendo respostas pra tudo. De repente eu quero aprender tudo que não aprendi, ler tudo que não li, malhar tudo que não malhei e viver tudo que não vivi. É verdade. Vocês aí, que me acompanham por esses textos malucos que eu vomito no meio de muita felicidade ou de profunda tristeza, devem achar que eu sou supervivida. Até parece. Muuuuuitos até parece! Eu tenho sim uns porres aqui, umas paixões falidas ali, uma grande história de amor longa e conturbada. Tenho sim uns três ou quatro traumas de infância, umas sete manias irreparáveis e amigos que mais parecem super heróis de besteirol de cinema americano. Mas essas coisas me parecem muito, muito poucas agora. Eu quero maaaaaaaaais, muuuuuuuuuuuuito mais. Eu quero acabar com os problemas da tal história de amor e viver, enfim, o sossego de um relacionamento tranquilo. Eu quero estudar moda, direito, jornalismo. Eu quero viajar pra Espanha, pra Fernando de Noronha, pro Havaí. Eu quero tudo. E o que é pior, a menina mimada pelo pai e pelo tio lutadores de boxe, grita dentro de mim que quer tudo agora. Quero fazer logo a prova do vestibular e ter certeza que passei, apesar de no fundo não ter decidido o que fazer. Quero, já essa noite, dormir com a perna enrolada na perna do cara que eu SEI que é o homem da minha vida, quero amanhã embarcar em um avião e esquecer do Brasil e de todos meus amigos-furada por um booooom tempo. Quero tomar porre de tequila lá no México e não na Praça Vanhargem ou em frente ao Circo Voador. Quero mergulhar nas águas de Noronha e não torrar nas areias de Geribá, parece que o mundo descobriu Búzios e aquilo lá tá cada vez mais lotado. Eu quero o diploma de inglês, de espanhol e de outra língua que seja sexy de se falar. Quero apagar de vez esse meu passado burro. Engraçado como aquele clichê "depois que passa a gente ri" cai bem em quase todas as minhas situações passadas. Eu do tanta risada da pessoa que eu era há alguns meses atras. E só o que me vem na cabeça quando eu tento entender o que eu tava pensando quando achei que estava totalmente apaixonada e escrevi aquele bando de textos dramáticos e inconsequentes, é um grande ponto de interrogação e outro até pareeeeeeeeeeceeee, Jéssica. Isso tudo deve ser influência dessa tal 'idade adulta' chegando de mansinho em mim. Se é bom ou ruim, e se todas essas vontades vão durar tempo suficiente pra eu realiza-las, só o tempo vai dizer. Mas ia ser bem bom dormir sendo aquecida por um corpo grande e quentinho essa noite, aaaah como ia!

Um comentário:

  1. a gente quer maaaaaaaaaais, sempre mais.
    Algo que chegue e mude tudo. É o que eu quero, mas depois de cinco minutos eu não quero mais. Assim é mais fácil, é menos trabalhoso. por isso espero, espero, e espero!

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