quarta-feira, 24 de junho de 2009

Coisas de que falar - só mais um pouco do de sempre.

Acontece o tempo todo, todos os dias, com milhares de pessoas no mundo. Relacionamentos começam e acabam o tempo inteiro. Quem nunca passou por isso, desculpe a sinceridade, vai passar. Minuto após minuto o pra sempre de alguém chega ao fim. De forma trágica ou simplesmente porque o encanto se perdeu no meio do caminho. O problema é quando não há tragédia no terminar e, sim, ainda resta muito encantamento de ambas as partes. É sobre isso que venho falar. O que acontece quando termina-se por terminar? Quando ainda existe amor, existe desejo, existe saudade, vontade de estar junto, de abraçar, de beijar cada parte do corpo, de ouvir a risada, as reclamações? Como explica-se algo sem explicação? E como responde-se ao 'o que ele é seu'? Quando o ele em questão é tudo, mas tende a ser nada? Quando final de semana após final de semana cria-se expectativas que são desfeitas ao final do domingo, pra retornarem ainda mais fortes na próxima sexta-feira? O que fazer com o coração que insiste em acreditar na continuação do que pra todos já é caso encerrado? Quando sorrir é apenar mostrar os dentes e não a alegria. Quando fazer piada é só um jeito de não cair no choro em qualquer lugar, a qualquer hora. E se envolver com qualquer outra pessoa é algo fora de cogitação, mas a solidão já corrói o coração e machuca a alma. É sobre perguntas sem respostas que venho falar. Sobre a injustiça do destino de separar pessoas sem motivo pra tal. É só sobre dor que venho falar. Dor de ver o querer ser não poder. Dor da distância, da saudade, do medo do futuro e da esperança que por mais que ameaçe nunca vai embora. Não há resposta pra nenhuma pergunta, não há esperança pra nenhum fio da mesma que ainda exista. Mas há amor. E isso faz doer ainda mais.

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