quinta-feira, 6 de agosto de 2009

De-saba-fo. (Assim mesmo, sem separar o "saba")

Em cada decepção passa um pouquinho. Em cada dia sem notícias, em cada palavra de amor engolida.. aos poucos vai passando, e eu sabia que seria assim. Não faz diferença amar tanto ou quase nada, esse amor já não importa mais, e cada dia meu corpo tem mais conscinência disso. É como o principio dos alcoólicos anônimos: "mais 24 horas". Mais um dia sem aquela crise toda de abstinência que me dava de você, mais um dia sem pensar tanto, sem agir tanto de acordo com os seus limites. Menos um dia sendo mulher pra você, mais um dia tentando voltar a ser a mulher que eu sempre fui. Não tá sendo fácil, mais difícil que isso só te amar tanto em troca de nada. Em cada "outra", o coração ameaça sangrar de novo. Em cada carinho que o mundo ganha e eu não, a voz ameaça sumir, mas (bem) aos poucos eu consigo tomar as rédeas de mim mesma, num ritimo bem lento eu vou sentindo voltar aqui pra dentro a Jéssica de sempre... A auto-estima tá no chão, o coração tá aos pedaços, mas a vontade de ser feliz tá grande e vai superando cada obstáculo. Obrigada por me ensinar que entregar tanto o corpo, a alma e o coração pra alguém não termina em coisa boa. Obrigada por me preparar pro futuro. A gente nunca vai poder dizer que você não teve função nenhuma na minha vida..

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