sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Mensagem direta.
Vim, hoje, falar com você que é o reponsável por toda minha dor. Não é ele, não é ela, não são todos os outros que me dão ainda mais certeza do quanto sou dele. O culpado de tudo é você, Coração. Por que não se aquieta e deixa cessar meu luto? Por que não fica um pouco mais durão? Sossega, Coração, o que é teu lhe há de vir. Doeu ai, bem no fundo de você, ora, como eu não iria saber? Também senti essa dor, chorei as lágrimas que te faltaram e sofri a mesma perda que sofreste. Em horas assim, sei como é, o mundo nos parece sem vida e sem cor. Abra os olhos, meu Benzinho, a vida e as cores nos esperam. Acalma, Coração, o futuro não é tão ruim quanto estão pintando. Não nascemos grudados nele e não morremos com a separação. Não tem porque sofrer porque , novidade, agora ele pertence a outra! Já não era nosso, Coração, desde quando ainda devia ser. Se conseguimos seguir em frente, por qual motivo daríamos vinte passos pra tras? Sossega, Coração, que teu pranto só espanta quem tão bem quer lhe fazer. Além do mais, não o perdemos por inteiro, Coração, ele ainda nos quer bem. Então, nada de pirar agora e me fazer ficar tão vermelha por botar pra fora esse teu pranto entalado. Somos forte, Coração. O pulmão não é, mas você sim. Eu não, mas nós dois, juntos, sim. E ainda temos ajuda desse outro, já reparou, Coração em como você bate rápido quando esse outro sorri? E quando ele chega perto demais, respirando devagarzinho e fechando os olhos? Já reparou em como o pulmão quase para de funcionar? É disso, Coração, disso que a gente precisa. Novos ares, novos eles, novo motivo pra bater, novo inferno pra viver. Então, te aquieta, meu Querido, e vamos deixar acontecer. Só sossega, Coração, que foi melhor assim. Pra ele, pra você e pra mim.
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