quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Seja o que Deus quiser.
Aconteceu exatamente como todo mundo disse que aconteceria. Não foi nenhuma surpresa quando as lágrimas deixaram de cair e eu me senti pronta pra levantar do tombo. Não foi surpresa também quando, em uma noite com um pouco mais de alcool, elas voltaram só pra me lembrar que tá passando, sim. Mas que eu ainda não tô boa. Tudo bem, aceito as condições e as regras desse jogo. A idéia é que tudo passe aos poucos e é aos poucos que tenho levado. Me entupi de outros no começo, agora me encho de mim e continuo seguindo. Já faz mais de um mês que eu sei de tudo. Mais de um mês que eu entendi que você levou a sério cada uma das vezes que eu te mandei ir ser do mundo e disse que ficaria aqui esperando. Quer saber? Aconteceu muita coisa. Senti tanta raiva de você! Mas aí, do mesmo jeito que a raiva veio, ela foi. Ficou só a sensação de que você foi, é e durante muito tempo vai continuar sendo a melhor e a pior coisa que já me aconteceu. Como eu disse naquele depoimento fofo que te mandei quando nossa história tinha dois anos e uma bagagem muito mais feliz do que complicada, você sempre vai ser o lugar onde eu encontro paraiso e inferno juntos! E aí, agora, em mim, a pergunta que não me deixa dormir e não cala aqui dentro: será eu continuo te esperando? Minha alma solta grita que não! Olha quanta vida eu tô vivendo desde que você partiu de forma oficial... Olha quanta história eu tenho pra contar desde o dia que minhas histórias não podem mais te dar o direito de me colocar pra baixo. Encontrei o mundo ou ele me encontrou, como quiser, mas fui acolhida por essa atmosfera boa de viver bem sem precisar prestar contas! Olha a vida aí, me gritando pra viver. Mas meu coração (sempre ele), burro que só, cochicha baixinho, só pra uma parte bem pequena de mim ouvir que atras dessa máscara de mulher que quer viver, de menina que quer crescer, de gente que tem sede de se descobrir, continuo sendo a sua garota. Continuo sendo a mesma boba que se arrepiava e sentia uma pontada de alegria no estomago quando você me apresentava como sua "mina". Coisa idiota, meu Deus! Mas que alegria me dava. Quando a história da gente saiu dos cantos escondidos da última quadra do colégio e foi parar na boca de todo mundo e você me dava a mão, sentindo orgulho de me ter do lado, eu mantinha minha pose de gatinha-super-segura-de-si mas soltava fogos por dentro. Quase a mesma sensação que me atingiu lá no fundo quando eu te vi chegar, lindo, pra comemorar comigo meu aniversário. Depois eu entendi, essa data não faz bem pra gente. Talvez tenha sido o último em que você apareceu, talvez não. Mas enquanto minha alma solta e meu coração burro travam uma guerra sem tamanho, eu apenas sigo com a maré. As lágrimas já não caem, mas acabaram de invadir meus olhos quando pensei na possibilidade do "nunca mais". É mais que certo que nem tão cedo, porém "nunca mais" é tempo demais até pro meu espirito que não anda gostando muito de prazos determinados, planos com data certa e sonhos interrompidos.
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