domingo, 25 de outubro de 2009
Pra quando você voltar.
O vinho, que tinha virado água, volta as origens. O coração, que tinha virado paciente terminal, volta a funcionar. O cinza, volta a ser colorido. A dor para de doer. A lágrima de cair. O sono de sumir. Nem parece que atravessou-se uma tempestade. Nem parece que o barco quase virou centenas de vezes. Olhando-se de fora, só se vê amor, carinho, respeito e cuidado. EU e VOCÊ. Nem parece. Mas foi. Foi triste, foi caótico, foi de querer tomar chumbinho e nunca mais acordar. Porque sem você, tudo é qualquer coisa, menos viver. Sem você nenhum orgão trabalha, nenhum músculo se meche, nada acontece sem você. Quer casar? Eu caso. Entro na igreja vestida de branco e sem medo nenhum. Quer um filho? Te dou dez, só pra começar. Quer o que mais? Eu dou, dou tudo, qualquer coisa. Em troca, você só tem que jurar nunca mais ir. Porque ainda que seja tão, tão, tão bom parar de inventar remedio pras minha solidões e te abraçar, eu sinto tanto medo de acordar. Não quero viver ligada no automático nunca mais. Não quero viver robóticamente. Não quero ser sozinha. Fica, tá?! Fica pra sempre.
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