domingo, 14 de março de 2010

Pesadelo.

Tá tudo bem, logo de manhã minha irmã tá sentada na mesa, falando mais que o homem do gás - como sempre - e o dia segue normal. Academia, casa da minha vó.... Eis que não sei de onde, nem atraves de quem, surge a notícia: você (sempre você) tava numa casa em uma cidadezinha que eu nunca ouvi falar, e nem sei se existe, e buuum! A casa pegou fogo.
Só o que eu consigo me lembrar é de muuuuuito desespero e de acordar milhares de vezes com o meu próprio choro. E, em todas as vezes, voltar pro mesmo pesadelo. Agonia, agonia. Como você tá? Com quem você tá andando? Se você for pra uma casa, numa cidadezinha que ninguém conhece, toma cuidado. Por favor, por favor... Cuida de você. E dor, quanta dor. Te perder pro resto já é ruim. Imagina te perder pra vida.
Era tão real, e a dor tão forte, que no meio do 'sonho' eu tava abraçada com a sua mãe. Que apesar de todos os pesares e milhares de argumentos contra mim, com certeza é a pessoa que ia sentir toda aquela minha dor, multiplicada por mil. Por favor, por favor, se não é por mim, toma conta de você por ela. E por favor, cuidado com fogo. E com cidadezinhas desconhecidas. Mas o pesadelo só ia ficando pior, e quando chegou a hora de te dizer tchau, a sua namorada aparecia. E eu tinha que sofrer queitinha, num canto, calada e esquecida. Porque eu nem deveria tá ali, quem era eu??? Nenhum dos seus amigos sabia, ninguém ali me conhecia. Era só eu e muita dor.
E que desespero me dá, agora, só de lembrar. Que caroço na garganta de não poder te ligar e ver se tá tudo bem. Que falta de ar só de pensar em nunca mais na vida, ver você. Nem que seja de longe, igual aquele dia que eu passei por você e não pude falar.
Eu não vou mais ficar triste pela sua ausência na minha vida. Mas, por favor, se tem alguém aí em cima que não queira me ver louca, faz esses sonhos pararem. Faz essa simulação da total ausência dele acabar. Eu não quero, não preciso e dói. Muito. Muito mesmo.
Cuida de você, não morre. O resto, eu aguento. Mas cuida de você.

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