quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um pouquinho de nunca pensei.

Quando você tem 5 anos é aceitável e até obvio que você se apaixone pelo principe encantado que chega de cavalo branco pra salvar a princesa. Com 12 é normal e 'da idade' que você seja louca pelo cantorzinho de pop, loiro, de olhos verdes e voz rouquinha. E é muito mais do que esperado que você se derreta com o fato de que ele saiba seu nome, quem é você e faça um show inteiro te olhando. Com 15, e já não tão normal assim, mas ainda dentro dos padrões, é permitido que você idolatre uma banda mexicana que saiu de uma novela. E aí, sabe-se lá porquê, se a vida te der a sorte de conhece-los e fazer (nem que seja bem pouco) parte de um pedaço deles, é esperado que você se deslumbre. Ainda mais quando é permitido que você beije, abrace, sinta o cheiro (...) do seu preferido entre os seis. Quando é permetido uma (mesmo que pequena) convivência, você tem sim, todo o direito de se sentir bem e sortuda. E tá absolutamente dentro do esperado que você goste dele (e da banda) cada dia mais.
O dilema tem sido outro. Se você tem 18 e, uma noite, em uma boate meio trash encontra alguém que lhe pareça uma mistura muito bem feita do principe encantado + o cantorzinho pop + o galã mexicano.... É normal que você se apaixone, né? Mas e se meia hora de papo depois, alguém chegar pra você e te contar que ele é aquele da tv? Você ainda pode nutrir sentimentos?
Amor platônico? "Mas eu conversei com ele...." Esse fato faz deixar de ser platônico? Alias, amor? Dá pra ser "encantamento platônico"?
Sempre tive essa tendências por encantamentos... Mas, geralmente, do mesmo jeito que encanto, desencanto e fim de papo. O problema é o-fulano-conhece-fulano-que-conhece-ele. Eu também conheço! Sei até a música preferida dele em boates (ahaha, não resisti!). Mas chegam sempre muitas novas informações... E o tal do encantamento vai crescendo, crescendo... Se tornando grande a ponto de ser comparado com uma coisa tão antiga e que sempre me foi tão grande. O encantamento vai tomando forma e o começo do horário nobre vira sagrado. E mil planos vão sendo feitos e o mundo vai girando, girando e sempre dando um jeito de nos colocar meio perto.
Talvez seja pra ser.



(Eu juro por Deus que esse é o texto mais "viagem" da minha vida. Mas precisava falar. rs Ninguém precisa entender, nem gostar. Sei que tá difícil de engolir mesmo.)

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