domingo, 25 de abril de 2010

A rotina da pele....

Tudo era pele, sempre.
Beijo, mãos, suor e pele.
Puxa pra si desesperado, pra ter certeza que ainda é sua.
Morde, assopra, arrepia e investe mais.
É minha, é minha. Pra sempre.
Pega pela nunca e machuca. Doeu? Nunca.
Marcas roxas, vermelhas... Sempre marcas.
É minha. Pra confirmar que é.
Arrepia até a alma.
Os dois juntos são bons.
Quer dor?
E vai, e faz, e fala e puxa o cabelo.
Quer que pare?
Pra que, pra ir embora?
Não, continua.
E mais suor.
É amor? É o que? É tudo junto.
O amor mais bonito que já se fez, a melhor qualquer coisa que já se provou.
E arranha, porque arranhar alivia tensão.
E grita sem poder e vem a sensação tão boa que quase beira a loucura.
Mas não termina.
Os dois juntos são bons, terminar agora não combina.
Continua, investe mais e puxa o cabelo de novo.
O vidro embaça.
Quer que pare?
Tá achando que vou pedir pra parar?
E pega, e faz, e puxa, e grita, e geme, e não para nunca.
Forte, devagar, tortura que parece não ter fim.
Levanta, encosta na parede e continua.
Pelo que arrepia, mão que tortura, língua que invade.
Delirio que faz sair da Terra.
E só porque nada é perfeito logo chega, bem baixinho e devagar:
"Eu te amo...."
É amor mesmo. E faz falta.
Mas é sua, pra sempre sua.

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