quinta-feira, 7 de julho de 2011

Bagunçada.

Sou uma zona. Uma bagunça sem fim. Muito pior do que meu armário. Saio, bebo, danço, caio, faço vergonha, levanto, choro. Falo alto, odeio silêncio, não sou discreta e meu vocabulário inclui alguns muitos palavrões. Tenho o sorriso largo de um jeito não bonito, a voz irritante e vivo mudando a cor do cabelo. Sou um caos e isso não é exagero. Uso lápis de olho borrado, exagero no blush e mudo de esmalte três vezes por dia. Tenho quase 20 anos e raramente penso como uma adulta. Canto desafinando, desenho mal, decepciono as pessoas, sou preguiçosa, esquecida, distraída e escrever, há quem diga, é meu único talento. Sou uma bagunça e não é só por fora: Por dentro tá tudo revirado! Onde foi parar o coração? Quais são meus principios? Quem me mandou pra esse mundo e pior, porque me mandou se eu não sei acertar? O que eu quero da vida, do futuro? O que eu vou ser daqui pra frente? Quem sou eu, afinal? E por que as coisas não saem nunca do jeito que eu quero? Por que eu perco tudo que eu gosto? Por que deixo de gostar de tudo que eu tenho? Não quero mais ser cinica, não quero mais fingir sorriros, amizades, vontades. Quero ser eu, mas se nem eu sei quem eu sou, quem vai saber? Virei uma bagunça sem tamanho e todo mundo sempre vai saber o porquê. O "daqui pra frente" é uma incógnita que pesa nos meus ombros sem nem ter acontecido. E dói. Tudo mundo sempre vai saber a causa, mas ninguém nunca vai entender as consequências. E, por enquanto, é só nisso que eu consigo pensar.

Mesmo sem regredir, lamentar é uma constante.

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