quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Meia noite e vinte quatro.

Faz uns quatro dias eu abro essa página, escrevo, escrevo, escrevo e depois fecho tudo. Faz sentido falar do que eu não sei? Mas se eu escrevo pra aliviar, porque não escrever sobre o que mais me deixa enjoada? Ou porque eu não consigo simplesmente escrever e pronto? Tá tudo tão complicado que nem isso tem fluído mais. Só que complicado de um jeito diferente, sabe? Complicado de um jeito quieto, calado, totalmente sem voz. No fundo, acho que sempre fui calada. Calada pra não magoar ninguém, calada pra não contrariar os outros, calada pra não arrumar intriga. E de tanto calar, me julgaram "influenciável". Era só por precaução, por pesar minhas vontades e as consequências do que viria a acontecer se eu não calasse, sempre optei pelas amizades e me manti calada. No fim, não ganhei nada, só perdi. Perdi esperança, confiança e até um pouquinho de dignidade. Mas passa, uma hora passa.... Tudo passou até hoje. E quem me julga por coisas assim, bom, não merece consideração, preocupação, nada. Um dia eu aprendo.
E ai ficou tudo meio vazio, meio preto, meio sem ar. Porque a gente vai se decepcionando aos poucos com todo mundo que tá em volta e mais ainda com a gente, que se deixou enganar por tão pouco. Ficam várias perguntas e nenhuma resposta.
Só resta zerar e começar outra vez. Sem nada, sem ninguém. Mas com uma vontade enorme de ser melhor, de fazer diferente e de acertar agora. Não sou nem metade da mulher que sonhei que seria aos vinte anos, mas com certeza não sou a mesma menina que vivia sonhando em ser gente grande. "Ser gente grande" já começou e eu preciso trilhar o caminho todo sozinha, pras vitórias serem minhas e não de quem quiser.

Um comentário:

  1. Que orgulho dessa madrinha que eu escolhi pra minha filhota! Você sempre sabe o que falar mesmo? Tava lendo aqui desde 7 horas da noite, fui naquele passado negro e voltei e só consigo pensar no quanto VOCÊ É MARAVILHOSA e em como você se superou quando ninguém mais achava que você ia conseguir. Te quero tão bem que nem sei, minha irmã-cumadre.

    E de todas as mudanças lindas aqui do blog, a que eu mais gostei foi a que tá aqui do ladinho, na sua descrição "Vinte anos, um coração em pedacinhos já colados". Aos poucos você consegue, minha vidinha, e eu tô aqui pra todas as horas, duvido que você já não saiba disso.
    TEAMO.

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