terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Adeus ano velho, feliz ano novo.
Não existe nada mais brega que balanço de fim de ano. Brega e falso. Mas como dizem que o amor é brega e eu, assumo, amo demais, cheguei a conclusão que eu sou uma pessoa totalmente brega. Logo, vou colocar pra fora, tudo que eu penso sobre esse ano que, graças a Deus, tá acabando. Sabe, foi um ano bem diferente. Depois de muito ensaiar, em 2008 eu pude, finalmente, sair da bolha em que fui criada. Não foi fácil, alias, foi terrível. Sofri como nem imaginei que era capaz, mas provei a mim mesma e ao resto do mundo, que sou capaz. Capaz de aguentar minhas dores, amores e desamores, capaz de resolver problemas sérios, de ser feliz...tudo isso sem precisar do telefone e ligar pro papai. Perdi muita coisa em 2008. Perdi um amor, perdi a auto-estima, perdi alguns amigos. Mas também ganhei, é verdade, um outro amor, uma nova maneira de me sentir bem comigo e, mais importante que tudo, novos e bons amigos! É, eu tive grandes decepções, grandes perdas...vivi momentos que achei que não seria capaz de suportar, mas pra minha surpresa, eu não só suportei, como também enfrentei. E ninguém paga a alegria que me dá quando lembro que mesmo quando estive sozinha, fui o bastante pra mim mesma. Tá ai, outra lição de 2008, descobri que eu me basto. Não preciso de um cara, de um amor, de outra figura se não a minha. É legal ter um cara, mas só é legal enquanto rolar, não adianta forçar a barra. Cresci, me livrei de crenças, adiquiri outras crenças...alcancei uns sonhos, desisti de outros. E não sou hipocrita, não, 2008 não foi o meu ano. Foi um ano duro, de aprendizado, de separações. Não foi o meu ano, mas foi um ano que vai ficar marcado. Então, adeus 2008, vai, toma teu rumo pro museu da memória. E que veeeeeenha 2009, com muito amor, muita alegria e muuuuitos sorrisos verdadeiros!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Juramento.
Eu choro, e não como uma criança que não ganhou o que queria. Choro como a mulher que me tornei, depois que você apareceu. Choro com o corpo que te deseja, com a mente que te chama e com o frio que só passa com o seu calor. Choro pelo, inevitável, fim. Pela, abominante desconfiaça e, mais que tudo, choro por ter que aprender a viver sem você. Choro pelos dias que passaram, pelos sorrisos que dei, pelas tardes de carinho .. de que valeram, se o fim é desse jeito? Choro, por isso, e por mais uma dúzia de coisas que você, com essa venda que te colocaram, não enxergaria. Choro por você, e logo você, não conseguir mais ler meu olhar. Choro pela cor dos seus olhos agora mudarem ao meu lado e pelo seu carinho ter virado repúdio. Choro porque sei que nunca mais volta a ser como antes, por mais que você tente, por mais que eu tente. Nada vai ser como antes. Me criticam por chorar, me criticam pelo orgulho, me criticam por querer mostrar o quanto estou bem. Me criticam pelo seu erro e pelo meu erro. Me criticam na sua frente, e na minha te criticam. Outro motivo pra chorar, cade as amizades de antes? Essa relação me mostrou que elas, na pratica, nunca existiram. Choro pelas amizades, pelas saídas, pelos extinção do seu olhar me adimirando. Choro pelo ódio na sua voz, pela tentativa frustrada e por quão absurdo é pensar em como vai ser o daqui pra frente. Choro e não tenho vergonha de chorar. Sou mulher, sou mimada, sou complexa e tenho necessidade de você, se não te tenho o que me resta fazer? Chorar. E eu choro, como se meu choro fosse limpar minha alma, como se o sal que sai do meu corpo, fosse capaz de tirar de perto de mim todo esse mundo feio e ruim, pelo qual você se deixou levar e, eu não quero ser devorada. Choro pra ver se faço desse lugar um rio e a maré te tras de volta pro lugar que você nunca devia ter saido. Choro, sem medo, sem receios, e pior, sem arrependimentos. Talvez se eu me arrependesse não estivesse chorando, mas não me arrependo e choro por ser assim, tão orgulhosa e durona. Choro pelos seus olhos que nunca vão ler isso, choro pela dor que carrego, choro pela praia amanhã, que sem você será fria, nublada e sem graça. Choro pela festa, que sem você, será como se a não tivesse música. Choro pelo porre que estar por vir, porque sem você cuidando de mim, nenhuma bebida tem o mesmo sabor, e ai, será um porre perdido. Choro por essa chuva caindo, que me faz sentir tanta saudade que até dói o peito. E choro, por pensar onde você está. Choro por tudo e, choro mais ainda por não ter vontade de parar. Choro o tempo todo e não paro enquanto você não jurar que nunca mais vai me deixar.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Princesa, mulher, leonina.
Eu nunca tive medo de me mostrar. Mas eu também nunca tive quem me fizesse sentir culpa de ser assim. Agora eu tenho. Me sinto culpada por chamar a atenção. E o pior é que ninguém, absolutamente ninguém, entende. Se eu não sou simpática, se eu tenho essa cara de nojinho e esse nariz em pé pra, praticamente, tudo que é novo, é só o meu jeito. Se eu sou super simpática, e faço qualquer pessoa sorrir, é só o meu jeito. Eu sou assim, bipolar, paranóica, psicótica, problematica, simpática, um docinho. Sua mãe, provavelmente, vai me amar. Seu irmão mais novo também. Agora aquela sua amiga distante, eu já não sei. Pessoas distantes nunca gostam de mim. Eu devo ter uma cara de possesiva, eu devo por medo nas pessoas. Devo não, eu ponho medo nas pessoas de fora. Já me falaram isso. Mas eu sou leonina, o que posso fazer? O que me é novo, não me agrada. E se eu tiver andando com você e aquela sua amiga distante chegar, desculpa, mas é automático o meu nariz empinar, a minha cara de nojinho se formar e o meu sorriso falso se abrir. Eu faço questão que ela entenda que está atrapalhando. Eu sou sincera, mesmo que as vezes você duvide disso. Eu não gosto de gente demais em uma relação, mesmo que as vezes pareça que eu meto gente demais. Eu não gosto de opniões alheias, mesmo que eu recorra a elas muitas vezes. Eu não gosto de ser submissa em uma relação, mas não suporto a idéia de que você se submeta a mim. Escolhe o filme, fala que vai fazer tal coisa e pronto, puxa meu cabelo, fala que você sabe que eu te amo e que não adianta eu fazer doce não falando isso pra vocês, fala que prefere meu cabelo assim, que eu fico linda de oculos. Vai, fala que minha bunda fica foda naquele short jeans curtinho, mas que ele é curtinho demais pra usar longe de você. Me chama de sua mulher e depois me chama de princesa, nunca só de princesa. Principes são chatos demais por serem principes o tempo todo. Eu gosto de aventura, gosto de ouvir coisas sem nexo, enquanto vejo seu olhinho fechando quase chegando lá. Eu gosto de ver sua cara quando eu passo arrumando o decote. Mas eu também gosto de ser a sua princesa. Só tô pedindo pra você medir, tem horas que sou princesa, tem horas que sou mulher e quero ser tratada como mulher. É, eu sou mimada, fiz curso de etiqueta, tenho vergonha da sua família. Mas aqui no quarto somos eu e você. E aqui no quarto eu quero me mostrar, quero me sentir, quero poder mandar e ser mandada. Porque mulher é assim, gosta dessa coisa de ser complexa. Eu sou complexa e você aceitou isso quando me pediu pra ser sua. Eu fui sua naquela noite de inverno na casa de praia, eu fui sua hoje e vou continuar sendo sua, mas entende, eu sou leonina. Sou bipolar, paranóica, psicótica, problematica, simpática, um docinho. Eu tenho mania de superioridade, cresci tendo que pensar só em três pessoas, eu o Dudu e a Nanda. Neles eu pensei a vida inteira, você chegou faz algum tempo, mas não é fácil aceitar assim que você, realmente, goste de mim. Por isso, o pé atras, o jeito estranho. Mas quando você me trata como mulher, eu vejo no seu olhinho quase fechando que essa é a verdade e quase me entrego, querendo ser pra sempre a princesa do seu conto de fadas.
Sutian Roxo.
Eu não sou filha única, muito pelo contrário, sou a irmã mais velha. Mas como uma boa aborrecente rebelde, mandei minha mãe pastar faz alguns anos e desde então sou quase criada como uma filha única. Claro, minha mãe já voltou do pasto e hoje ela é uma inspiração pra metade do que eu quero ser quando for gente grande, só metade. Mas eu continuo com minha vó, meu pai e meu tio. Sim, uma patricinha de carteirinha morando com dois ex lutadores de boxe. Deu nisso, eu, essa pessoa super egocentrica, super mimada, super paparicada. O problema todo tá em um pequeno detalhe: odeio quando as coisas não são do meu jeito. Frases negativas, pra mim. são tão repudiadoras que eu prefiro nem escutar. Não Jéssica, eu não posso te amar mais do que isso. Não Jéssica, eu não posso viver pra você 25 horas por dia. Não Jéssica, eu não posso adivinhar as suas vontades. Como não? Eu não vivo pra você? Eu não adivinho o que você quer? Tá achando o que, que tenho super poderes? Não, meu caro, eu não tenho, e ainda assim sou boa no papel que você me destinou. Qual o preoblema de eu te ligar as 4 da manhã? Eu sou medrosa e você é meu porto seguro, atende com carinho vai, fala que me ama que o medo passa...Eu te avisei lá no começo que eu era carente, que que tem eu querer passar um dia inteiro trancada em um quarto com você? No outro, quase com certeza, eu vou te dar um descanso, porque também não vou aguentar te olhar. Qual o preblema na minha voz de neném? Ninguém nunca reclamou, vai fala que é linda e que você fica com vontade de me beijar cada vez que me ouve falando assim...E dai se eu sumi o dia todo? Eu não reclamo das suas saidas. Entende, eu sou mimada, acostumada a pensar só no meu mundo, as vezes fica complicado pensar no próximo, mas eu me esforço, você sabe. Por que você não me atende agora? Tô ligando pra contar do dia, contar que comprei um sutian roxo lindo, que você vai gostar. Comprei pensando em você. Tá vendo? Pensando em você! Sou egocentrica, mas até no meu agocentrismo tem um pouco de você. Alias, eu mudei depois de você. Não é raro eu reparar que soltei alguma frase sua, ou acabei de falar daquela pessoa exatamente como você falou naquele outro dia. Não é difícil me pegar pensando no que você falaria de tal coisa, ou a cara que faria pra mulher mal vestida passando no shopping. E quando eu comprei o sutian roxo, consegui enxergar direitinho a cara que você faria quando em visse com ele. E ai, eu imaginei a cena todinha. Da sua cara à sua reação. Impressionante como eu te conheço. Ah, tô ligando também pra falar que to loira de novo. Eu sei que você gosta. E, adivinha? Dessa vez ficou aquele loiro que eu lutei a vida inteira pra ter. Ou seja, o loiro que você sempre elogiou. Tô imaginando sua cara me imaginando loira de sutian roxo. Impressionante como eu te amo mais ainda quando lembro o quanto você é safado. Você diz que é porque eu sou tão safada quanto, mas isso, na verdade, é uma injustiça. Nenhuma mulher, baby, conseguiria ser tão safada quanto você. Nenhuma, nem eu. Até porque eu só fico safada quando eu vejo esse seu sorriso lindo, ou esse seu jeitinho de piscar devagar, essa sua carinha de nenem inofensivo que esconde o estrago absurdo que faz entre quatro paredes. Eu te avisei desde o começo que gostava das suas safadezas. Ma agora bateu uma paranóia. Será que você vai gostar? Eu te avisei desde o começo que preciso de elogios. Vai, me atende logo, ou me liga de madrugada. Vai, fala que me ama que o medo passa. Eu, minha loirisse e meu sutian roxo estamos te esperando.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
B.
Ela entrou na minha vida quando eu ainda era bem novinha e não tinha a mínima idéia das coisas ruins que me causaria. No começo, ela me proporcionou momentos maravilhosos, me fez me sentir linda, amada, valorizada...todo mundo sempre falou que eu era viciada nela, mas como todo bom viciado, eu sempre dizia que pararia na hora que em fosse conveniente. Eis que um dia essa hora chegou, no auge da minha lindisse, quando nem eu me aguentava mais de tão linda, resolvi que tava na hora dela ir embora. A partir dali, eu seria só aquela linda que chegava a enjoar as pessoas de tão linda, nada mais que isso. Quem disse que ela foi?! Não foi. Ai começaram a achar que eram drogas, essa menina só pode tá fumando maconha, diziam. Antes fosse. Duvido que maconha, ou qualquer outras dessas drogas, me fariam o mal que ela me fez. Eu já não conseguia parar, e ela vinha sem que eu nem chamasse. Por causa dela, vieram as brigas, os castigos, a meia-paz que eu sempre tive dentro de casa, foi embora. Achavam que tudo só tava acontecendo porque eu queria, que era ridiculo eu falar que não conseguia parar. Eles esqueceram que a pressão toda começou com eles mesmos. Vieram os mil remédios, vieram as horas de terapia...Nada resolveu, bastava me deixar sozinha um minuto, que lá vinha ela de novo. Até que veio o isolamento. Eu nunca tinha sido nem internada, de repente, me vi, praticamente, morando em um quarto gelado, com uma comida horrorosa (que pouco me importava, minha amiga não gosyava de comer mesmo), e aquelas mulheres atrapalhando meu sono a madrugada inteira. Malditas, eu pensava. Acha que ela se intimidou? Não, ela continuou vindo...e aquela lindisse toda do começo? Virou osso, virou feiura, virou as piores cenas da minha vida. Todos os espelhos que me cercavam, voaram pra longe. Eu não queria me ver. Eu não era mais linda. Meu coração não chegou a parar, mas ele doia, doia muito a cada vez que eu a sentia chegar. Ela quase parou meu coração, mas numa dessas de sentir dor, eu percebi que era ela ou eu. Resolvi colaborar com toda aquela instrutura que me cercava. E eu pensei em como tinha sorte, imaginei quantas outras garotas não sofriam com também com a presença daquela 'amiga' e não tinham as condiçoes que eu tava tendo pra expulsa-la. Tirei forças, nem eu sei de onde, e aos poucos fui me levantando. Voltei a ser aquela linda, tomei alguns remédios pra curar o estrago que ela me fez...a vida de antes voltou. E tudo tava indo muito bem. As vezes, essa minha 'amiga' batia na porta, mas eu dizia que não, e corria pros braços de quem sempre me deu tanto carinho, ao longo daquela luta toda. Mas agora, agora ela quer voltar, se manifesta a cada cheirinho bom, ou a cada pensamento docinho. Ela quer, mais uma vez, entrar na minha vida, e eu tô fraca, tô sem forças...cedi a ela algumas vezes já, e me sinto a pior pessoa do mundo por isso. Mas ela é forte, é sedutora, ela sabe como chegar...eu só preciso ouvir de alguém que eu ainda sou linda, que esse malditos remédios levaram de mim o que eu sempre idolatrei tanto, mais ainda sim, sou linda. Só que ninguém fala, ninguém entende meus olhos pedindo socorro, nem quem deveria entender...E ela vem chegando, devargarinho, devagarzinho...vai ganhando seus espaço de volta. E eu aqui, só precisando de uma ou duas palavras.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Meu namorado Diego Bustamante.
Ele não é perfeito. Mas que cara é? Ele é seguro de si, sabe que ninguém pode com ele e tem medo de demonstrar seus sentimentos puros. Ele não me abraça quando eu preciso. Mas todos os dias ele tá aqui, pontualmente as nove da noite, bem ao meu alcance. Como todo namorado cafa, ele some na sexta e no sábado, mas no domingo ele compensa passando mais de quatro horas comigo, e me colocando pra dormir. Não tem como não sorrir ao ser embalada no sono com a voz dele no ouvido. Diego Bustamante, o cara que eu conheci sem querer, e me apaixonei desde o primeiro minuto. Tá certo, ele beija outras na minha frente, mas todos os outros caras por quem eu me apaixonei também beijam. Tá certo, depois de três temporadas ele some. Mas, geralmente, depois de três meses os caras também somem. Não adianta, pra mim, cada defeito do Diego é compensado por uma qualidade. O Diego não ronca, bebia muito, mas jura que parou, não quer me machucar...pelo contrário o Diego nasceu pra me fazer feliz. O Diego chora tão lindinho que eu até esqueço a besteira que ele fez no capítulo anterior, o Diego é tão forte, tão fofo. Eu cheguei a conclusão que só preciso dele, dele e mais ninguém. Pra melhorar, o Diego me trouxe o Chris. Christopher Alexandre Luis Casillas Von Uckermann, o meu homem. É, isso mesmo, um é um bebê fofo e desprotegido com a voz fina e o olhar perdido. O outro é um homem, com a voz grossa e rouca, que proporciona dentro de mim as mais loucas vontades. Homem dois em um, quer melhor que isso?! Diego Bustamante me fez chorar em algumas horas, como qualquer outra cara fez, me fez quase explodir de felicidade em outras. Me emocionou, me deu raiva. Mas esteve presente todo tempo, esteve e está. Me decepcionou, depois se redimiu. Cedeu as chantagens do pai, mas depois lutou pelos seus sonhos. O Diego é o máximo e, definitivamente, eu tenho preferido mesmo caras assim tipo o ele, que se eu cansar, aperto o botão e ele some, quando der saudade aperto e ele volta. Não há nada como Diego Bustamante.
Depoimento, Dele.
Eu gosto dela. Ela tem aquele jeito engraçado de falar, aquele olho sempre pintado e aquele humor engraçado. Ela entrou na minha vida devagarzinho, fazendo um carinho no cabelo aqui, dando um beijinho no pescoço ali...e olha que de todas, eu nem tinha reparado mais nela. Mas ela soube chegar, soube conversar. A gente ficou junto tanto tempo, meu eu levava na boa, na brincadeira, achei que ela também. Não era bem assim...Ela costuma dizer que eu nunca vou entender o quanto a machuquei, mas mesmo assim ela me desculpou. Ela nos permitiu viver uma história linda, porque ela, definitivamente, é bastante diferente das outras garotas com quem eu estive. Ela ama aquela banda mexicana meio brega, ela chora vendo novela, ela é viciada em baixar livros e passa a madrugada lendo. Ela quase nunca me deixou a ver sem maquiagem, e eu sempre dizendo que ela fica linda sem maquiagem, não tinha jeito, nada de rosto limpo. Mas ela também fica linda toda pintada. Eu gosto dela. Ela me fez sorrir todo esse tempo, ela me fez sentir completo, ela me amou incondicionalmente. Ela não teve medo de dizer o que sentia e, além do mais, ela me deu uma chance, mesmo depois de tudo que eu fiz. Ela ainda reconhece que eu não fiz nada daquilo de propósito, mas fiz. Ela tem aquela mão pequinininha, e aquela mania de arrumar o cabelo. Ela sabe fazer aquela cara, só dela, que me deixa maluco. Ela sabe provocar, mas também sabe ser criança. Ela faz uma voz de criança tão bonitinha. Mas ontem...ontem não foi a voz de criança que eu ouvi, o que eu ouvi ontem foi um susurro, um fiozinho de voz, voz de quem passou o dia chorando, naquele susurro ela me disse tchau. Nada de beijo, nada de te amo. Só um tchau. Um tchau que pra mim soou como um 'adeus'. Antes disso, ela tinha falado que nada restava a fazer se não me esquecer. Quando ela me deu aquele tchau, eu soube que era, realmente, isso que ela faria...me esquecer. Esquecer tudo? Partir pra outra? Ela não vai ficar sozinha muito tempo, não vai. Ela mesma já me disse que não consegue ficar muito tempo sozinha. E eu fico pensando: por que mesmo a gente terminou? Ela diz que os dois enlouqueceram, uma gosta tanto do outro que pirou na batatinha. Eu já não sabia o que fazer, tava mesmo me sentindo um louco, mas ela não ficava pra tras. Eu quero guardar em mim as coisas boas que passei com ela, o olho-no-olho intenso, os sorrisos sinceros, aquela risada gostosa, quero guardar em mim até aquele porre, que ela se envergonha tanto, em que ela disse que me amava e confiava mais em mim do que no resto. Eu quero guardar em mim os carinhos e não as brigas. Por isso eu terminei. Mas e ai, como vai ser quando ela aparecer com outro? Outro cara que não sou eu abraçando ela, recebendo os beijos dela? Aposto que ela também pensa isso quanto a mim. Isso é tão surreal, que eu quase pego o telefone e a proibo de arrumar outro. Mas eu não posso. Acabou, It's over, no nos queda nada de que hablar. Pois é, lá vou eu, pra mais um dia vazio, sem ela e toda aquela alegria que ela tras pras coisas. E sem muita pretensão, eu posso garantir que o dia dela não vai ser dos melhores. Só rezo pra que outro não apareça logo e pra que meu coração receba uma luz, que me indique a procura-la de vez, ou esquece-la pra sempre.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Como dois e dois são cinco.
O dia seguinte é sempre o pior, mas esse meu, simplesmente, não tá sendo. Eu não tô sendo nada hoje. Eu só fico aqui, com essa cara de quem espera as cameras aparecerem e dizer que é uma pegadinha. Não como, porque comer já não tem graça, não durmo porque nem dormir eu consigo, só respiro porque tenho tantas rezas acumuladas, que o Cara lá de cima resolveu me poupar dessa vez. Mas as cameras do programa de humor não aparecem e eu chego a conclusão de que isso é um filme, um dramalhão daqueles bem ruins, fico assim, repassando o filme na minha cabeça mesmo, tentando adivinhar onde nosso roteiro desandou. Onde eu deixei de ser a princesa ou onde você cansou de ser o principe. Eu fico assim, juntando todos os pedaços da nossa história, tentando arrumar um jeito de fazer tudo voltar a dar certo. Mas cada pedaço me faz ter certeza que as coisas, mais uma vez, não sairão do meu jeito. E eu tenho que aceitar. Dois e dois são quatro, só que no meu atual estado de espirito, dois e dois só podem ser cinco. Não existe nada exato, nada completamente certo. Meu mundo virou de pernas pro ar.
Ainda tem essa coisa entalada na minha garganta, esse vazio no meu estomago...tá tudo tão difícil. Não tive coragem de tirar suas fotos dali, elas me dão a sensação de que isso é provisório, mas cada vez que as olho, sinto um mar de lágrimas me invadirem. Nosso primeiro mês tá estampado ali. A primeira festa que fomos juntos tá ali. A primeira viajem que fizemos está ali. Seu carinho me beijando tá ali. Seu sorriso tá em todos os lugares do meu quarto. Esse seu sorriso besta, de quem não tá nem ai pra vida. Essa sua cara que faz parecer sempre que você acabou de acordar.
Quem foi que mudou a história? Quem escreveu que eu deixaria de ganhar carinhos, pra ouvir insultos? Quem teve a idéia de que trocas de farpas seriam melhores do que juras de amor? Malditos roteiristas, não entendem nada.
Eu tô aqui colocando pra fora um monte de idéias babacas, sem nem saber se você vai ler. Eu tô aqui escrevendo e chorando, mas nem sei onde tá você. Como dói não saber como foi seu dia, o que você fez, o que tá acontecendo. Como dói ter que começar a me acostumar a vida de antes...você com outras no meu lugar, você sem eu do lado, você por ai, perdido...longe de mim e do meu alcance. E as pessoas insistem em falar que tudo vai ficar bem, tudo vai voltar ao normal, que se eu pensar bem, tá tudo certo. Tudo tão certo, assim como dois e dois, só podem ser cinco.
Ainda tem essa coisa entalada na minha garganta, esse vazio no meu estomago...tá tudo tão difícil. Não tive coragem de tirar suas fotos dali, elas me dão a sensação de que isso é provisório, mas cada vez que as olho, sinto um mar de lágrimas me invadirem. Nosso primeiro mês tá estampado ali. A primeira festa que fomos juntos tá ali. A primeira viajem que fizemos está ali. Seu carinho me beijando tá ali. Seu sorriso tá em todos os lugares do meu quarto. Esse seu sorriso besta, de quem não tá nem ai pra vida. Essa sua cara que faz parecer sempre que você acabou de acordar.
Quem foi que mudou a história? Quem escreveu que eu deixaria de ganhar carinhos, pra ouvir insultos? Quem teve a idéia de que trocas de farpas seriam melhores do que juras de amor? Malditos roteiristas, não entendem nada.
Eu tô aqui colocando pra fora um monte de idéias babacas, sem nem saber se você vai ler. Eu tô aqui escrevendo e chorando, mas nem sei onde tá você. Como dói não saber como foi seu dia, o que você fez, o que tá acontecendo. Como dói ter que começar a me acostumar a vida de antes...você com outras no meu lugar, você sem eu do lado, você por ai, perdido...longe de mim e do meu alcance. E as pessoas insistem em falar que tudo vai ficar bem, tudo vai voltar ao normal, que se eu pensar bem, tá tudo certo. Tudo tão certo, assim como dois e dois, só podem ser cinco.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
O universo, os caras e as crises de bronquite.
Nada é como antes, mas, pra falar a verdade, isso não me afeta. Não em afeta porque eu, definitivamente, tenho cagado oito quilos pra vida. E dai que as coisas não sairam como eu quis? E dai? Eu tô bem do jeito que eu tô, você tá bem do jeito que tá e se estamos bem, mesmo como as coisas não saindo do meu jeito, a explicação é uma só: eu estava errada. Você vai pensar 'não acredito que ela adimitiu um erro', pois é. Eu sempre fui orgulhosa, besta, metida a estar sempre certa. Mas agora, já disse, cago oito quilo pro mundo. Foda-se, eu tava errada mesmo. E não tô nem ai pro que você pensa quando escuta isso de mim. Quer que eu assuma outro erro? Perder noites e noites planejando a vida. Logo eu, tão metida a saber de tudo, não sabia que planejar a vida é a maior burrice da raça humana. Não se pode planejar a vida, não dá. Existe um universo conspirando e você nunca vai saber o que ele prepara pro seu futuro.
Mas agora? Agora eu cago oito quilos até pro universo, eu quero mais é que o universo se dane. Ele e todas as suas conspirações. Nunca vi coisa mais instável que esse tal de universo! Se o universo fosse um cara, ele seria daquele pior tipo. Um tipo bem parecido com todos que eu conheci: hoje tá tudo bem, tudo lindo, tudo amorzinho, amanhã? aah, minha querida, amanhã já é outro dia. E aí o que você faz? Reza. Reza pelo universo, reza pelo cara, reza pro seu coração aguentar tanta instabilidade. Agora eu? Eu nem rezo mais. Nem pelo universo, nem pelos caras. Só rezo pra que essa minha saúde de idosa, não piore. Rezo, unica e exclusivamente, para que minha respiração não falte na hora que o universo, ou um cara, me decepcionem. Rezo pra essa maldita bronquite nervosa não em ataque cada vez que o maldito universo, ou um maldito cara, ataquem meu coração. Fora isso, eu não rezo. De que adianta? De que? Perdi noites rezando...rezando pelo universo, rezando pelos caras, rezando pelos meus planos. E o que consegui? Olheiras. Agora eu só rezo pra continuar tendo ar, cada vez que essa puta vida me der uma porrada. Se eu tiver ar, o resto, passa. Passa porquê tem que passar, passa porquê ninguém, nem eu, é tão burro de sofrer pra sempre por alguma coisa. Ou que sofra, problema seu, caguei pro seu sofrimento, assim como o resto do universo cagou pro meu. Mas quer saber? Eu não sofro mais. Sofrer é pra gente muito forte, com a saúde muito boa. Eu, você sabe, tenho essa saúde de uma mulher de 90 anos, não posso me dar ao luxo de sofrer. Agora o máximo que eu sinto é uma pontinha de dor, mas aí, eu ligo meu nebulizador, pingo 6 gotas de Berotec e fica tudo certo. Passa a dor, o ar volta, e por conta do remédio, meu coração começa a bater forte, expulsando qualquer um que se atreva a bater na porta pedindo pra entrar. Machucou? Caguei.
Mas agora? Agora eu cago oito quilos até pro universo, eu quero mais é que o universo se dane. Ele e todas as suas conspirações. Nunca vi coisa mais instável que esse tal de universo! Se o universo fosse um cara, ele seria daquele pior tipo. Um tipo bem parecido com todos que eu conheci: hoje tá tudo bem, tudo lindo, tudo amorzinho, amanhã? aah, minha querida, amanhã já é outro dia. E aí o que você faz? Reza. Reza pelo universo, reza pelo cara, reza pro seu coração aguentar tanta instabilidade. Agora eu? Eu nem rezo mais. Nem pelo universo, nem pelos caras. Só rezo pra que essa minha saúde de idosa, não piore. Rezo, unica e exclusivamente, para que minha respiração não falte na hora que o universo, ou um cara, me decepcionem. Rezo pra essa maldita bronquite nervosa não em ataque cada vez que o maldito universo, ou um maldito cara, ataquem meu coração. Fora isso, eu não rezo. De que adianta? De que? Perdi noites rezando...rezando pelo universo, rezando pelos caras, rezando pelos meus planos. E o que consegui? Olheiras. Agora eu só rezo pra continuar tendo ar, cada vez que essa puta vida me der uma porrada. Se eu tiver ar, o resto, passa. Passa porquê tem que passar, passa porquê ninguém, nem eu, é tão burro de sofrer pra sempre por alguma coisa. Ou que sofra, problema seu, caguei pro seu sofrimento, assim como o resto do universo cagou pro meu. Mas quer saber? Eu não sofro mais. Sofrer é pra gente muito forte, com a saúde muito boa. Eu, você sabe, tenho essa saúde de uma mulher de 90 anos, não posso me dar ao luxo de sofrer. Agora o máximo que eu sinto é uma pontinha de dor, mas aí, eu ligo meu nebulizador, pingo 6 gotas de Berotec e fica tudo certo. Passa a dor, o ar volta, e por conta do remédio, meu coração começa a bater forte, expulsando qualquer um que se atreva a bater na porta pedindo pra entrar. Machucou? Caguei.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Fica a enorme Dica.
Eu me olho no espelho, só constatando, mais uma vez, o que eu já tô cansada de saber. C-a-n-s-a-d-a, com todas as letras e hífens necessários pra se entender: sim, eu dou de mil em você. Em todos os sentidos, porque o meu espelho não reflete como o seu, o meu espelho não reflete só um par de peitos que você faz tanta questão de valorizar. Quando eu me olho, vejo tudo que passei pra ser quem eu sou hoje, quando eu me olho, vejo que respeitei a todos e sempre, sempre mesmo segui uma única pessoa, a mim mesma. Nunca precisei ser igual alguém, nunca tive essa vontade louca de ser outra pessoa, como você tem de ser eu. Talvez, por isso eu não entenda nada e te ache uma louca que precisa de um psiquiatra urgentemente. Se você soubesse o quanto é ridiculo te ver imitando meu jeito de falar, de escrever, de agir, de brincar e até de surtar. Se soubesse o quanto os outros riem quando você tira uma foto exatamente igual aquela que eu tirei semana passada, ou quando você faz do seu orkut uma cópia descarada do meu. Se você pudesse entrar aqui dentro e perceber o quanto eu sinto PENA de você...Pena, porque você nunca vai conseguir ser quem você não é. Pena, porque até você sabe o quanto é ruim, e tenta esconder isso querendo ser outra pessoa. Sinto por você aquela pena que você não sentiu de mim quando tudo deu errado na minha vida. A diferença entre nós? Eu lutei e consegui tudo que, você me julgou incapaz de conseguir, sendo eu mesma, você 'luta' querendo algo que nunca vai conseguir, ser eu mesma.
Seria engraçado se eu visse de fora, mas de dentro é tão triste, tão feio, tão baixo. Você se esforçar pra me queimar, só pra levantar a tua bola. Você se esforça pra que eu caia, só pra ver se consegue chegar no topo, dica? Isso não vai acontecer. Pode ser que eu caia, pode ser que eu seja esquecida, mas nesse dia, esse lugar que você tanto quer, esse posto que você tanto deseja, ficarão guardados, porquê ninguém substitui ninguém e você nunca teria a capacidade de me substituir, tendo dentro de você sentimentos e vontades tão ruins.
Agora procura o psiquiatra que eu falei ali no meio do texto e vai tentar engulir essa.
Beijos.
Seria engraçado se eu visse de fora, mas de dentro é tão triste, tão feio, tão baixo. Você se esforçar pra me queimar, só pra levantar a tua bola. Você se esforça pra que eu caia, só pra ver se consegue chegar no topo, dica? Isso não vai acontecer. Pode ser que eu caia, pode ser que eu seja esquecida, mas nesse dia, esse lugar que você tanto quer, esse posto que você tanto deseja, ficarão guardados, porquê ninguém substitui ninguém e você nunca teria a capacidade de me substituir, tendo dentro de você sentimentos e vontades tão ruins.
Agora procura o psiquiatra que eu falei ali no meio do texto e vai tentar engulir essa.
Beijos.
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