quarta-feira, 8 de abril de 2009

É a vida.

Eu não gosto de chegar de madrugada em casa. Mesmo que nos ultimos meses essa tenha sido uma rotina certa dos finais de semana, eu definitivamente odeio chegar em casa com o Sol nascendo. Não que eu não goste de balada, mas chegar em casa junto com o Sol me faz lembrar dessa liberdade louca que me sufoca inves de aliviar. Com a chegada da maioridade várias coisas tem mudado, mas a minha preguiça da vida, de sacudir a poeira e seguir em frente, não mudam nunca. E começar a noite depois de uma da manhã e me deitar as sete só me fazem ter mais certeza que eu tenho muita preguiça de gente. Preguiça ou trauma. A unica pessoa que eu me expus de cabo a, literalmente, rabo, achou coisas melhores pra fazer e foi embora. Agora eu tenho preguiça de ter todo aquele trabalho de novo. Foram tantos anos. Vou perder mais tantos pra alguém me conhecer inteira e alguns meses depois disso, esse alguém vai ver que eu não sou nada que ele queria. E vai embora. Ahhhh, que preguiça. Prefiro meu quarto, meus e-books e meu filho peludo.
Eu não gosto de pedir pizza de calabresa pelo telefone. Mesmo que eu tenha passado três anos da minha vida fazendo isso, eu definitivamente não gosto de pedir pizza de calabresa pelo telefone. Ainda mais agora, que é pra comer sozinha. Não sei o que essas atendentes fazem enquanto eu falo meu pedido, mas elas nunca ouvem a parte do 'sem cebola e orégano'. E o cacete da pizza sempre vem com aqueles pedacinhos de planta que parecem bichinhos sujando minha pizza e a maldita da cebola. De brinde ainda colocam umas azeitonas. Eca. Prefiro um balde de pipoca. No meu quarto com meus e-books e meu filho peludo.
Eu tenho medo de escuro, por isso eu durmo com o notebook ligado pra fazer uma luzinha pra mim. Mas eu passei noites inteiras no escuro, bem encolhidinha, com uma respiraçãozinha gostosa no pescoço. Nunca tive medo. Mas agora eu só tenho meu filho peludo e ele não respira. Então eu deixo o notebook ligado, ué.
Não suporto rata de praia, apesar de torrar em Búzios nos ultimos 18 verões, mas em quase todas as manhãs eu acordo numa guerra comigo mesma, onde eu insisto em ir pra praia e nem é por causa do mar, nem do Sol. Uma força maior, muito maior que eu me faz todo santa manhã quase pegar um onibus e ir. Mas uma pequena parte racional me vence e eu vou pro cursinho, e a rata de praia que existe dentro de mim se frustra, mais uma vez.
Não suporto gente que paga paixão descontroladamente, apesar de ter feito esse blog exatamente com esse propósito. E de exatamente nesse momento estar escrevendo mais uma grande pala. Fazer o que? É a vida.

Um comentário:

  1. é a vida. a gente escreve pra expor pra fora todo o sentimento que fica escondido dentro da gente. escrever é uma especie de fuga, uma especie de solução pra não surtar, é uma valvula de escape.

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