segunda-feira, 6 de abril de 2009

Entre o tudo e o nada, eu fico com você.

É complicado, é chato, é desgastante tentar explicar pros outros o que somos um do outro. Como vou dizer nada, se você representa quase tudo? Como vou dizer tudo, se oficialmente não podemos ter nada? E a vida segue o ritmo que escolheu pra si. Eu, assim, sendo levada pela maré, até nossos mares se encontrarem no meio do oceano. As vezes demora tanto, e em outras é tão rápido que nem dá tempo de sentir falta. Muita gente critica, é meio estranho mesmo, um casal com a nossa história toda, de repente ser um pseudo-casal, vivendo um pseudo-amor. Mas o que eu posso fazer se esse nosso tudo-nada é o maior e melhor motivo que eu encontro, a cada manhã, pra continuar acordando e enfrentando o mundo? Que que eu posso fazer se a esperança de um dia ser, de novo, o seu tudo é o que me alimenta? Se quando eu penso em desistir você faz como agora e me lembra porque eu te amo tanto? Você é tão bobo que em quinze minutos colore o espaço de três dias cinzas. Você é tão lindo que eu sinto necessidade de mostrar pro mundo que apesar de não ser nada sua, nada é ainda é alguma coisa. E ser qualquer coisa sua já me dá alegria de viver. Eu poderia te achar um grande filho da puta. Poderia me revoltar a cada vez que você me dá esperança e depois some, mas eu te amo tanto que só consigo achar lindo o jeito que você vai embora, e quando volta, vem mais desesperado ainda de sede de mim. Eu acho lindo o jeito que você finge não precisar de mim, como eu preciso de você. Mas você precisa. Você precisa do meu não-comprometimento com a vida pra aliviar a pressão que você impõe a si mesmo. Você precisa da minha risada alta pra espantar seu mau-humor. Precisa da minha irresponsabilidade pra se sentir realmente responsavel por alguém. Você precisa dos meus mimos pra te lembrar que ainda pode ser menino, mesmo que o tempo te diga que já é homem. Precisa da minha voz de criança pra se divertir. Precisa das nossas lembranças boas pra deitar a cabeça no travisseiro e dormir tranquilo. Você precisa de mim na sua vida, pra não surtar. E eu preciso de você na minha, pra não chutar o mundo pro alto e desistir. A gente já foi casal-gemeo, tudo absolutamente igual. Depois viramos o casal imã, opostos que, realmente, se atraiam/atraem. Agora, somos um pseudo-casal equilíbrio. O que te falta me pertence e vice-versa, o que nenhum dos dois tem, a gente fabrica quando se mistura. E mesmo que o próximo passo seja a coisa mais incerta das nossas vidas, eu quero terminar esse texto falando a coisa da qual eu tenho certeza que nunca vai mudar: eu te amo muito.

Um comentário:

  1. AAAAAAAAAAAAAAH. você define tudo o que eu sinto, e escondo, ou não consigo expressar.
    Essa esperança é o que me faz ficar aqui, esperando que nem uma boba. Essa esperança no meio de tanta incerteza... e se for pra ser???? Tenho que pensar nessa possibilidade, né? Tenho que esperar por ela, afinal que outra opção eu tenho?
    Nunca consegui amar alguém dessa forma... tão autruista. Amar, sem esperar em troca, até que chegue a hora certa!
    Aí, ele volta, eles voltam... afinal sempre voltam, ne?

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