terça-feira, 9 de junho de 2009
Só mais uma de amor.
Eu sei, sua intensão nunca é me machucar. Nunca é me deixar em pedaços, com tanta dor na alma que chega doer o corpo. Sua intenção nunca é fazer meu ar não chegar, minha fome ir embora. Eu sei, você não quer me ver encolhida na cama. Nem com o rosto vermelho. Mas você nunca tá aqui mesmo pra ver. Você só fica sabendo, e ficar sabendo não faz diferença pra você. Eu sei, eu sei, você jamais me faria mal por querer. Você gosta de mim, no fundo, no fundo, você gosta. E quando você chega perto é só porque você sente que já pode estar, de novo, preparado pro nosso amor. Mas você nunca tá. E sempre vai embora. E eu sei, que por você essas despedidas não aconteceriam, mas você não pode mandar no coração. E seu coração ativa o sinal de alerta quando estamos perto. Eu fiz por merecer, eu sei. Me desculpe se eu não posso mandar no meu também, se quanto menos você merece, mais eu te amo. Se não posso controlar minha torneirinha de lágrimas e choro cada vez que você vai. Se não posso controlar meus hormonios na TPM e sempre volto a te procurar. Meus hormonios te chamam, meu coração te chama.. mesmo que eu não queira chamar. Acontece que você vai ser sempre o cara que me deu a bicicleta, mas não ficou comigo pra me ensinar a andar. Sempre o cara que me apresentou o maior sentimento do mundo, mas se afastou quando ele começou a amadurecer e virar algo com futuro. Você acabou com nosso futuro. Pensou só no seu e foi em busca dele. Eu ficaria com você na luta, estaria do seu lado nas derrotas e vitórias. Mas não pude. Fiquei com esse amor todo, como uma bicicleta encalhada num canto da caragem. De que me serve a bicicleta, se não me ensinaram a andar? De que me serve tanto amor, se não tenho quem amar? Solidão nunca me assustou, nunca a conheci direito. Sempre foi fácil desviar dela me entregando pra relações sem muito interesse. Só que depois de você, nenhuma pseudo-relação me satisfaz. Nenhum carinho de um dia me agrada. Nenhum beijo sem amanhã me entorpece de felicidade. E é por isso, e por tanto amor, que eu me jogo de cabeça quando você volta. Me entrego como se fosse ser pra sempre. Sabendo que amanhã ou depois essa dor toda volta, mas sempre existe a possibilidade do seu alarme não disparar. De, finalmente, você tirar a bicicleta da caragem, me segurar firme e me ensinar. Não devo me enganar, mas me engano. Não devo alimentar esperanças, mas alimento. E todos os dias serão assim. Por tanto amor, por tanto saber, por tanto querer .. nada passará.
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