quarta-feira, 1 de julho de 2009

Pedra mole em água dura... não faz nada.

Eu acordei atrasada, tive que me arrumar correndo e meu cabelo não fica muito bonito quando me arrumo correndo. Eu tive que comprar um Toddynho na padaria e eu odeio o atendente da manhã lá da padaria. Eu cheguei no cursinho atrasada e só tinha lugar lá atras, e mesmo de óculos, eu não enxergo nada lá de tras. Mas nada disso me deixou puta, nem triste. Na hora de pegar o onibus pra casa, eu esqueci de olhar pro lado e só quando entrei, vi que o Gustavo tava no ponto do meu lado, e eu ali, sem nem poder dar um abracinho nele. Eu fui depilar a perna e a mulher me queimou um pouco com a cera que tava mais quente do que qualquer coisa quente que eu já tenha sentido na vida, e tudo bem, talvez isso tenha me deixado um pouco puta, mas quando eu cheguei em casa, já tinha passado. A dor e a putisse. Assisti novela, ouvi música, estudei. E eu tava bem, me sentindo bonita e essas coisas.. Mas inventei de te deixar um recado, um oi qualquer, só pra fazer você pensar em mim um pouco. E aí, foi a vida que me lembrou que não sou mais porra nenhuma. O impressionante é a sua hipocrisia! Sabe, não que eu imaginasse que você tivesse concorrendo a uma vaga de santo, mas... sei lá, não existe um mas. A pessoa a mais aqui sou eu. O problema é que você mantem isso numa boa. Se fosse o contrário, se eu estivesse ai no seu confortável papel e você, no exato momento que eu vi as coisas que vi, estivesse no meu, a essa altura você já teria em chamado de todas aquelas coisas que você sempre chama e falado que nunca mais queria olhar pra mim. É fácil quando não é com a gente. Na hora eu só pensei em beber água. Bebi uns quatro copos d'água. Muita água pra ver se isso tudo desce mais fácil, e ai vim aqui escrever. É só o que eu faço, escrever que não quero mais, escrever que agora chega, escrever que você não é nada do que eu sonhei pra mim, escrever que com quase dezoito anos eu deveria parar de agir como a menina de doze que se apaixonou por você... e chorar. E aí, depois de uma manhã e de uma tarde me sentindo uma pessoa legal, eu vou passar a noite me odiando. E planejando o futuro, e querendo vingança. Porque, você e todos sabem, eu sou super orgulhosa, super vingativa, ninguém passa por cima de mim, ninguém me enrola e fica bem. Mas você vai aparecer e nada do que eu pensei vai fazer sentido. Porque, ah, a gente não tem nada mesmo. Só que alguma vozinha aqui dentro grita que se fosse o contrário nem toda água do mundo resolveria. Então eu juro, mais pra voz do que pra mim, que na próxima não tem jeito, acabou mesmo. Mas a próxima já veio tantas vezes..

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