quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha." (Caio F.)

Sexta-feira de madrugada eu te mando uma mensagem. A gente tinha se falado a semana inteira, mas eu não botei banca de sair com você no meio dos seus amigos. Ai eu mandei uma mensagem despretenciosa pro seu celular, se você quisesse, nem ficaria feio não responder. Mas você disse que queria me ver. E que ia me encontrar. E você foi. Eu nem lembrava a última vez que alguém tinha feito eu me sentir assim. Mas você fez assim que chegou. E a gente ficou junto até de manhã, no meio da rua. Beijando e falando nada. Sua bebedeira foi passando, a minha nem tinha começado. Quanto mais a gente se conhecia, mais queria se conhecer. Tinha uma sombra nos rondando, a gente fingiu não ver. E quando o dia clareou, você me deixou ir pra casa preocupado com a minha saia curta.
No sábado a gente saiu junto. Tava tudo bem. A gente se diverte. Se entende. Fala a mesma língua. A noite foi uma droga, mas a gente tava junto, então foi tudo bem. O resto da semana foi meio mudo, meio falado, meio estranho. E eu enjoada de tanta agonia. Quando você apareceu, a sombra tava contigo e a partir dali não dava mais pra ela ser ignorada. Você disse que eu te confundi, eu digo que você me balançou. O que vem agora é obscuro e provavelmente quem vai se ferrar sou eu.
Mas se alguém perguntar se valeu a pena, eu digo que sim.
Pelo menos, eu já sei que ainda sou capaz de sentir.

Um comentário:

  1. sempre vale a pena a gente sentir, mesmo que passe rápido; sentir nos prova que ainda há esperança!

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