Como eu já cansei de dizer aqui: falar de amor, coração partido e etc. já não é tão mais fácil como era antes. Graças a Deus minha vibe mudou muito e quando a gente tá mudando, as coisas de antes passam a fazer bem menos sentido. Claro que eu quero (e sei que vou) me apaixonar outra vez e, consequentemente, porque a vida é assim, um dia eu vou sofrer outra vez, mas por enquanto coração ferrado é coisa do passado.
Mas eu adoro esse lugar aqui, mesmo não recebendo aqui a quantidade de comentários que recebo por inbox, twitter e tal, eu gosto de saber que tem mais gente aqui compartilhando as besteiras que eu penso. Só que o que eu ia continuar falando aqui se o assunto principal esgotou? Resolvi que vou falar de mim... De qualquer coisa que eu quiser. Compartilhar a vida mesmo, os momentos, as fotos, as coisas que encontro por ai... Topam???
Dai eu resolvi que o primeiro assunto aqui vai ser um desabafo bem sincero que, só rindo, ainda é consequência do coração ferrado. Mas também não é só sobre isso.
Eu sempre tive problema com peso. Bem novinha eu era magra (não magrinha, mas comum, sabem?) e me achava gordíssima, era super paranóica, minhas amigas da escola precisavam tomar conta de mim pra eu comer no recreio e eu tava sempre me policiando, me punindo. Com isso desenvolvi coisas bem ruins e uma insegurança terrível. E fui, durante muito tempo, a típica menina bonitinha que escondia a insegurança aprontando um monte por ai. rs Depois comecei a namorar, melhorei um pouco a auto estima, esse assunto ficou esquecido. As vezes eu pilhava, mas depois esquecia, deixava pra lá.
Só que, como todos nós sabemos, o namoro acabou. Acabou de um jeito ruim, vocês sabem, e eu sofri, sofri, chorei, chorei... E comida pra mim sempre foi uma válvua de escape, ou seja, quanto mais eu sofria, mais eu comia. E quanto mais eu comia... Mais eu engordava. E mais destruída minha auto estima foi ficando. Os anos foram passando, eu continuei engordando e cada dia gostando menos de mim. Por fora eu tinha todo uma estratégia pra fingir não me importar (ou fingir não perceber) o meu estado, mas por dentro, eu comigo mesma... A vida tava cada dia pior. Sempre gostei de me vestir bem, mas as roupas passaram a ficar terríveis em mim. Fui, além de tudo, ficando desleixada.
E ai, pra amarrar a tragédia com um laço rosa, eu cismei que o meu peso era culpado por tudo de ruim que me aconteceu. Cismei que meu ex terminou comigo porque eu tava gorda, cismei que ele não voltava comigo porque eu tinha engordado mais ainda, cismei e me puni durante muito tempo por coisas que não faziam o menor sentido. Hoje eu sei. Quer dizer... Se o meu ex terminou ou não, ou deixou de voltar comigo ou não, porque eu ganhei peso, o problema é dele. Eu tenho certeza que mesmo a cima do peso, fui completamente apaixonada por ele e, fazendo uma gracinha sem graça , tinha de amor pra dar o mesmo que tinha de peso extra. rs Babaca foi ele se minha aparência contou tanto assim pro nosso fim. Mas, de novo, hoje eu sei. Antigamente isso era motivo pra eu precisa me entupir de remédios pra conseguir dormir.
Três (ou quatro?) anos se passaram e nesse tempo, aparentemente falando, virei outra pessoa. Me destruí. Acabei com a menina bonitinha que eu fui um dia. Ganhei tanto peso que já até perdi as contas. E agora que meus problemas de coração passaram, olho no espelho e sinto vergonha do que me causei. Quero consertar isso esse ano, e vou!
A partir de hoje vou dividir aqui (também) minha trajetória nessa estrada. Não tenho a ambição de ser uma dessas gostosonas da tv, não quero nada além do comum: voltar a ficar bem nas roupas que eu gosto de usar, voltar a ter a saúde razoável (já que infelizmente minha saúde não é prejudicada só por isso) e deixar, de uma vez por todas, de ter vergonha de mim. Foco, força e fé.
2013 vai terminar completamente diferente do que começou!!!
Agora que já falei de mim, vou deixar um conselho, porque se o blog era sobre coração partido e vocês curtiam, talvez algumas estejam na mesma situação que eu tava.
Por mais que você esteja sofrendo, por mais insuportável que seja conviver com a frustração que você tá vivendo agora... Não desconta isso em você mesma. Não se destrói só porque uma coisa que você queria muito deu errado. Não se afoga em comida, não foge do mundo... Vai passear, começa uma aula nova, muda o cabelo, se dedica a uma religião, a um esporte, a um hobby... Faz qualquer coisa!!!!!! Mas não se entrega a um rotina errada como eu fiz. Correr atras do prejuízo é MUITO mais difícil do que encarar o sofrimento do fim de uma relação.
E se você já entrou nessa, muda junto comigo!!! Juntos, além de ser mais fácil, também vai ser mais divertido.
Beeeijos e espero que vocês continuem vindo aqui e gostando dos assuntos novos!